Como desmontar ódio social?

Estamos constatando que vigora atualmente muito ódio e raiva na sociedade, seja pela situação particular de corrupção  no Brasil, seja  pela situação geral de insatisfação que perpassa a humanidade, mergulhada numa profunda crise civilizacional, sem que ninguém nos passa dizer como seria a sua superação e para onde este voo cego nos poderia conduzir. O inconsciente coletivo detecta este mal-estar como já antes Freud o descrevera em seu famoso texto O mal estar na cultura (1929-1930) e que, de alguma forma, previa os sinais de uma nova guerra mundial.

O nosso mal-estar é singular e se deriva das várias vitórias do PT com suas políticas de inclusão social que beneficiaram 36 milhões de pessoas e elevaram 44 milhões à classe média. Os privilegiados históricos, a classe alta e também a classe média se assustaram com um pouco de igualdade conseguida por aqueles que estavam fora. O fato é que, por um lado vigora uma concentração espantosa de renda e, por outro, uma desigualdade social que se conta entre as maiores do mundo. Essa desigualdade, segundo Marcio Pochmann no segundo volume de seu Atlas da Exclusão social no Brasil (Cortez 2014) diminuiu significativamente nos últimos dez anos mas é ainda muito profunda, fator permanente de desestabilização social.

Como notou bem o economista e bom analista social, do partido do PSDB, Luiz Carlos Bresser Pereira, o que foi assumido em sua coluna dominical ((8/3) por Verissimo, tal fato “fez surgir um fenômeno nunca visto antes no Brasil, um ódio coletivo da classe alta, dos ricos a um partido e a um presidente; não é preocupação ou medo; é ódio…; a luta de classes voltou com força; não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia insatisfeita”.

Estimo correta esta interpretação que corrobora o que escrevi neste espaço com dois artigos”O que se esconde atrás do ódio ao PT”. É a emergência de milhões que eram os zeros econômicos e que começaram ganhar dignidade e espaços de participação social, ocupando os lugares antes exclusivos das classes beneficiadas. Isso provocou raiva e ódio aos pobres, aos nordestinos, aos negros e aos membros da nova “classe média”.

O problema agora é como desmontar este ódio? Uma sociedade que deixa esse espírito se alastrar, destrói os laços mínimos de convivência sem os quais ela não se sustenta. Corre o risco de romper o ritmo democrático e instaurar a violência social. Depois das amargas experiências que tivemos de autoritarismo e da penosa conquista da democracia, devemos, por todos os modos, evitar as condições que tornem o caminho da violência incontrolável ou até irreversível.

Em primeiro lugar, na linha sábia de Bresser Pereira, faz-se urgente um novo pacto social que vá além daquele criado pela constituição de 1988, pacto que reuna empresários, trabalhadores, movimentos sociais, meios de comunicação, partidos e intelectuais que distribua melhor os onus da superação da atual crise nacional (que é global) e que, claramente convoque os rentistas e os grandes ricos, geralmente articulados com os capitais transnacionais a darem a sua contribuição. Eles também devem ser um Simão Cireneu que ajudou o Mestre a carregar a cruz.

Deve-se mudar não apenas a música mas também a letra. Em outras palavras, importa pensar mais no Brasil como nação e menos nos partidos. Estes devem dar centralidade ao bem geral e unir forças ao redor de alguns valores e princípios fundamentais, buscando convergências na diversidade, em função de um projeto-Brasil viável e que torne menos perversa a desigualdade, outro nome, para a injustiça social.

Estimo que amadurecemos para esta estratégia do ganha-ganha coletivo e que seremos capazes de evitar o pior e assim não gastar tempo histórico que nos faria ainda mais retardatários face ao processo global de desenvolvimento social e humano na fase planetária da humanidade.

Em segundo lugar, creio na força transformadora do amor como vem expresso na Oração de São Francisco:”onde houver ódio que eu leve o amor”. O amor aqui é mais que um afeto subjetivo; ele ganha uma feição coletiva e social: o amor a uma causa comum, amor ao povo como um todo, especialmente, àqueles mais penalizados pela vida, amor à nação (precisamos de um sadio nacionalismo), amor como capacidade de escutar as razões do outro, como abertura ao diálogo e à troca.

Se não encontrarmos nem escutarmos o outro, como vamos saber o que pensa e pretende fazer? Então começamos a imaginar e a projetar visões distorciadas, alimentar preconceitos e destruimos as pontes possíveis que ligam as margens.

Precisamos dar mais espaço à nossa “cordialidade” poisitiva (pois há também a negativa) que nos permite sermos mais generosos, capazes de olhar para frente e para cima e deixar para trás o que ficou para trás e não deixar que o ressentimento alimente a raiva, a raiva o ódio e o ódio, a violência que destrói a convivência e sacrifica vidas.

As igrejas, os caminhos espirituais, os grupos de reflexão e ação, oz partidos especialmente a midia e todas as pessoas de boa-vontade podem colaborar no desmonte desta carga negativa. E contamos para isso com a força integradora dos contrários que é o Espírito Criador que perpassa a história e a vida pessoal de cada um.

Leonardo Boff escreveu: A oração de São Francisco: uma mensagem de paz para o mundo atual, Vozes 2013.

52 comentários sobre “Como desmontar ódio social?

  1. Grande Leonardo Boff. Sempre preocupado com os mais humildes , desprotegidos e excluídos do Sistema…

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  2. Grande pensador, humanista e teólogo da libertação Leonardo Boff. Permita-me fazer minhas as suas palavras, mas, infelizmente, creio que esse ódio de classes que se abate sobre os brasileiros mais abastados,foi fomentado pelo espírito do capitalismo, da Casa Grande que nunca foi extinta e pela mídia educadora dos pós-militarismo que ainda vige na mente dos que viveram o regime e o aplaudiram e têm seus milhões de discípulos ignorantes da história recente do país. Eu me cansei de lutar e estou quase entregando os pontos.

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    • Prezado Colega. Faço minhas as palavras do nosso Leonardo e as Suas também. Não desista. Só pelo simples fato do nobre colega ter essa consciência já o coloca numa posição de guerreiro e de luta.

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  3. Leonardo, estou de acordo com a essência desta mensagem, porém não se pode deixar que os fatos que a cada dia brotam de todos os lados, isentar um partido político que age de forma a manter-se no poder custe o que custar… Não só de pão vive o homem, necessita também ser tratado como um Ser Humano ao invés de um dado estatístico ou mais um voto na urna (Não dê o peixe mas ensine a pescar)

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    • Marcelo, permita-me dizer que a parte que vc escreve “isentar um partido político que age de forma a manter-se no poder custe o que custar” não pode aplicar-se somente ao PT no plano federal, pois no estado de São Paulo o PSDB age assim há mais 30 anos e sua corrupção foi varrida para debaixo do tapete ( rombo no Metrô, na SABESP, na construção do Rodoanel, envolvendo empreiteiras e empresa como a francesa Alstom etc etc). O que Boff diz é sobre um partido que tem governado buscando enxergar as classes mais pobres e se isso for continuado, que fique esse partido com suas coligações por mtos mais anos no poder, entende? O tema é o ódio da classe alta e média alta e outros menos instruídos contra a ascenção dos pobres a bens nunca antes conquistados.

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  4. A estimativa do problema foi muito bem traçada, mas a solução desejada está muito distante da realidade:

    “Em primeiro lugar, na linha sábia de Bresser Pereira, faz-se urgente um novo pacto social que vá além daquele criado pela constituição de 1988, pacto que reuna empresários, trabalhadores, movimentos sociais, meios de comunicação, partidos e intelectuais que distribua melhor os onus da superação da atual crise nacional (que é global) e que, claramente convoque os rentistas e os grandes ricos.”

    A mídia tradicional se reuniu em torno de um pacto macabro: destruir o Governo ou no mínimo fazê-lo sagrar até a quase-morte. Jogaram às favas a estabilidade econômica e a governabilidade. Não se importam se estão fomentando uma guerra civil nunca antes vista neste país e, ao mesmo tempo, estão formando uma massa de cães raivosos, sanguinários e cheios de ódio. O confronte é iminente, irreversível. Essa massa de sangue nos olhos não irá arriscar um Lula em 2018. Eles querem a derrocada da Dilma, e querem agora, custe o que custar.

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  5. Sou parte do 1%. E durante essas últimas eleições sofri muito. A polarização, os discursos de ódio pareciam me mostrar, mais que uma guerra de classes, um conflito entre pragmatismo e idealização. Pela 1a vez votei na direita. Não pelo medo da subida das classes mais baixas, por mais que tenha repetido mais de uma vez para minha mãe que a melhora da qualidade de vida de uma mãe solteira no Maranhão em nada ameaçava os seus confortos e regalias. Votei no “outro” para dizer que o PT quebrou o meu sonho de uma sociedade mais justa construída com dignidade. Os escândalos de corrupção colocam o PT junto com qualquer outro partido e colocam seus ganhos sociais como manobras políticas para a manutenção do poder, pelo poder. Isso me traz tristeza, não ódio.
    Acredito na importância dos caminhos escolhidos, da caminhada, do processo em si. Então, volto meu olhar para a força da sociedade civil e sua capacidade de se auto-construir e auto-gerir. Aí construo meus sonhos, aí atuo.

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    • Luciana, concordo contigo. Não vejo ódio, vejo perplexidade em face ao que o PT fez de seu discurso. Os ladrões e corruptos devem ser presos e expostos aos urubus… mas a sociedade brasileira (ricos e pobres) está atingindo o seu limiar de tolerância… isto é o que demonstram as manifestações recentes, logicamente há os extremistas, mas estes são a minoria… a maioria quer mais e melhores condições, mais saúde, mais educação tudo isto sem corrupção ou com o mínimo de corrupção, não o que aí se apresenta, um mar de lama podre, fétida e sem fim.

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  6. A presidente Dilma deve fazer um pacto com os 5.570 prefeitos. Deve solicitar que eles elaborem ou revisem os Planos Diretores, de acordo com as diretrizes do Estatuto da Cidade, principalmente no que se refere à AMPLA participação da população. Somente é possível mudar o todo (que é o Brasil) se mudarmos as partes (que são os municípios).

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  7. Frei Leonardo.
    O Sr é inteligente e tenaz, são qualidades inatas, respeitáveis… mas …
    Julgo que seus leitores, igualmente, não seja desprovidos de capacidade intelectual.
    A verdade vos libertará ! são palavras DELE que se aplicam no caso.
    O ódio propalado ao PT existe nos radicais da extrema direita, mas é menor, é um tipo de ódio…. franciscano… diria.
    A grande maioria quer é ver respeitada a Constituição, ou seja, quer que os governantes de q.u.a.l.q.u.e.r partido ou ideologia atuem de modo lícito.
    Assim, discordo de sua proposta, a de haver ódio incrustado na classe média… contra os pobres e a classe trabalhadora.. Até lhe lembro que SE tem alguma classe que trabalha muito, além da dos trabalhadores, são, os igualmente trabalhadores da classe média… com a diferença que enquanto àqueles carregam estes carregam e tocam o piano, ao gerarem os empregos e fazerem a ponte entre os realmente ricos e os mais pobres.
    Se PT quer representar os pobres, deveria vestir as sandálias da humildade e reconhecer os erros e desmandos lulistas, a incompetência dilmista e o fracasso dos últimos anos… A destruição da Petrobrás e muitas outras que surgirão ainda…
    Mas nada disto acontece. Não se faz o “mea culpa”.
    O PT tem que desconstruir-se para sobreviver. O PT, em seus líderes é uma reunião de facínoras, um bando de corruptos… que mentem TODOS os DIAS aos brasileiros, veja que, até a Marta (até a Marta) está saindo (tudo bem que não vale grande coisa, mas é fundadora).
    Uma inverdade repetida a exaustão é sempre uma inverdade.
    Seu texto tem um cuidado constrangedor, de tapar o sol com a peneira… o que é desnecessário, pois, a verdade SEMPRE aflorará, e cedo ou tarde, o roubo e a verdadeira face do PT surgirá.
    O espinho quando nasce, já trás a ponta…a cor vermelha do PT é um tom dissonante com as cores da nossa bandeira. O Brasil é maior que o PT. O Brasil e seu povo, apesar de tudo, pensa.
    São Francisco também disse…. pratique sempre o Evangelho, SE precisar use palavras…
    O exemplo do PT é vergonhoso, e olhe, que eles também falam muito.
    Paz e Bem

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  8. Frei, não faço parte do grupo que alimentam o ódio pelo atual “poder”, no entanto, não fico na “caverna” vendo a banda passar e percebo que se faz necessário clareza e seriedade no atual governo. Não sou partidária, mas defendo uma política séria de inclusão social, e sei que o PT teve boas intenções com esse projeto, mas que se perdeu nas “estradas da vida”,ou melhor dizendo, nas estradas que levam ao poder! Tenho conhecimento por meio de amigos que trabalham na vara da família (psicólogos, assistentes sociais…) que defendem o programa social atual, pois percebem que a qualidade de vida de famílias excluídas, hoje tem frutas à mesa. Devo lembrar, que são profissionais não partidários, mas, sensíveis aos problemas que vivenciam diariamente. Alguns devem até pensar que ter frutas à mesa é uma esmola, ou melhor dizendo,uma compra de votos, pode até ser, mas para quem tem fome, não consegue perceber isso, o que lamento profundamente. Minha pergunta é: Sr. ainda acredita que a atual política social é a mesma idealizada por os fundadores do PT? Abraço sincero!

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  9. Sr Leonardo Bom dia!
    Estive em sua palestra aqui em Bauru no SESC, adorei!
    Mas não estou concordando com esses critérios. Primeiro porque sou da classe média e não estou contente com muitas coisas que vem acontecendo em nosso país principalmente com a demasiada falta de vergonha dos políticos corruptos que acham que o povo é cego, Não somos!
    Segundo que estou evoluindo como pessoa e tendo minha dignidade ampliada desde que ganhei um apartamento do programa minha casa minha vida, e quando ingressei na universidade através do Fies. Tenho dois filhos 5 e 8 anos, sou mãe solteira pois meu relacionamento com o pai deles não deu certo, hoje tenho 28 anos, e cultivo um sonho utópico que esse país possa ser um dia um lugar digno pra se viver, com qualidade de vida pra todos sem exceção!
    Vejo que se a nossa política continuar alimentando uma classe sem vergonha (parlamentares), que estão dispostos somente à regalias, não evoluiremos, precisamos de gente do bem no comando, e gente com vontade de fazer o Bem!
    Não gosto de nenhum partido, até porque eu acho que nenhum me representa e a maioria das pessoas que conheço pensam assim. Não temos raiva de ninguém que tenha evoluído, temos sim nojo daqueles que não querem evoluir e só querem receber e não ter que correr atrás, tendo que trabalhar o dia todo, ficar longe dos filhos de noite também pra poder estudar, como eu faço. Pessoas que recebem assistência do governo pras crianças e utilizam de outra forma, e deixam de trabalhar pra não perder o beneficio, isso pra mim é safadeza!
    Essas pessoa não vão querer que nada mude mesmo. Mais eu quero!!!
    Que mude pra melhor! estudando arquitetura e urbanismo eu posso enxergar que isso pode e deve acontecer, que muita coisa podemos e devemos fazer pra isso acontecer. Não é utopia querer ver um Brasil cada vez mais verde, com saneamento em seus quatro cantos, estradas dignas pra veículos e ferrovias que funciones pra transporte de cargas, ciclovias, captação de água de chuva nas casas, compostagens, reciclagens, praças dignas, bosques urbanos, escolas decentes, atendimento de saúde com qualidade….. e se for continuar escrevendo daria pra escrever bastante!! Olha quanta coisa podemos mudar pra melhor!!!
    Só não sei como, porque a nossa política está cheia de bandido e a nossa constituição só defende bandido, direitos humanos favorece bandido, esses que não respeitam os direitos alheios e não sabe onde o direito dele acaba e começa o do outro.
    Não quero desistir do BRASIL e ir embora daqui como os meus antepassados italianos fizeram fugindo da Itália.

    Obrigada pela atenção te admiro

    Gianni

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  10. Leonardo, procurei pelo amor instruir o outro sobre as maldades da manipulação.

    Recebi ódio.

    Há um dito comum entre os espíritas – se chega a Deus pelo amor ou pela dor.

    Infelizmente há dois mil anos o amor tem servido de justificativa para matanças em seu nome e, ao que tudo indica, será em nome do amor ao Brasil que cristãos vão aniquilar o PT e os petistas.

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    • Cristãos? Vão aniquilar? O PT está se aniquilando por si próprio, não são cristãos e não cristãos que podem ser responsabilizados pela permissividade com que o partido foi dirigido. Me preocupa, de verdade, quem realmente vem incitando o ódio, e de que forma isso está sendo feito.

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  11. Senti profundamente esse ódio quando fui a São Paulo em outubro passado e acompanho seu crescimento nas redes sociais. Mas o que não consigo entender são as pessoas que vieram do povo para a classe média fazerem parte disso! Seria uma maneira de auto convencimento de que nasceram em berço de ouro?! Serão elas como Amleto, personagem de Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo, enveronhadas de uma origem humilde e incapazes de se orgulhar de serem quem são?

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  12. Muito profunda esta reportagem, vale um retiro. Obrigada Leonardo pela suas palavras iluminadas, Vou partilhar.

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  13. O ódio é uma fôrça destruidora. Muitos se dizem cristãos, entretanto na hora de repartir o pão com nossos irmãos necessitados, muitos se recusam com medo de perder seus privilégios e vantagens acumulados. O respeito, a disciplina e o amor ao semelhante na prática é diferente para muitos que se dizem Cristãos. Silvério.

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  14. Bom dia Frei. Tenho um filho de 15 anos que recentemente entrou para a ordem franciscana, como a qual também me simpatizo com a teologia da libertação, sou seu fã.

    Agora quanto ao texto, o ódio ao PT claramente se verifica nas redes sociais, criou-se até o Partido Anti-PT, e por quê?

    No livro “1984” George Orwell, já previa isto ao dissertar que desde o início do mundo sempre houve três classes: a Alta, a Média e a Baixa, a média sempre tentando conquistar a alta, puxando a baixa com as promessas de igualdade social mas, quando a média conquista a alta, remete a baixa novamente ao seu lugar, tornando-se o ditador do momento. Somente a baixa nunca consegue qualquer êxito em seus ideais, e assim conclui: “DO PONTO DE VISTA DA BAIXA, NENHUMA MODIFICAÇÃO HISTÓRICA SIGNIFICOU MAIS DO QUE UMA MUDANÇA DO NOME DOS AMOS.” (pg. 146)

    Porém, no Brasil, realmente, houve uma mudança na perspectiva da classe baixa, a qual saiu da linha da miséria e começou a usufruir do conhecimento (PROUNI, ENEM…), até aqui em minha cidade (Três Pontas) capital mundial do café, o “pobre” não precisa e não quer apanhar café, pois, saiu da classe submissa e esta em pé de igualdade ou até melhor de que a classe média atual. E a média/alta ao se deparar com a presença da baixa em seu ambiente exclusivo REALMENTE SE SENTE AMEAÇADA, bem como assim escreveu o poeta “Ze Geraldo”, na sua música “Como diria Dylan”:

    “Toda força bruta representa nada mais do que um sintoma
    de fraqueza.”

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    • Sr Adriano
      Discordo do seu ponto de vista. Eu sou da classe média…. e julgo que não há ódio na classe média, há perplexidade. O ódio que o Frei Leonardo insiste em apontar, é criado e remasterizado, peremptoriamente, pelo factoide lula, que sempre que se vê encurralado mente descaradamente ao povo, jogando pobres contra ricos.
      O fato, ou melhor, um fato relevante já começa a ocorrer… com a crise que se instalou no país (fruto dos gastos irresponsáveis do des.governo dilma e da mão leve dos petistas entre outros ) começa a haver desemprego…
      O pt estimulou o consumo e por isto as famílias estão endividadas…
      Agora acabou a grana, e os programas sociais começam a fraquejar.. e onde está a classe média… ?
      Trabalhando … COMO SEMPRE TRABALHA e os pobres ? apertados mas com um carro na garagem e mais 60 prestações a pagar, o que fez a alegria das montadoras…. e o transporte público ? e a educação ? e os hospitais ?
      Tenha certeza, o pobre ficará feliz SE houver vaga na “apanha” do café… Nenhum trabalho é inglório…
      Colocar isto como submissão, como o Sr cita, isto é fomentar o tal ódio… e isto é a marca de uma invenção, ou uma repetição, um mantra de quem lê os fatos e tenta provar seu ponto de vista, mesmo que para tal, perca o constrangimento e minta.
      As pessoas fazem o que é necessário e possível para o momento. Isto é liberdade.
      A liberdade de decidir se vai ou não trabalhar pelo salário proposto… ainda bem que posso optar ? tem trabalho !
      O Brasil vai superar o momento, oxalá os corruptos sejam presos, seus bens tomados e devolvidos para o povo… O lula será desmascarado e boa parcela do pt também…. é uma questão de tempo.
      Mas o povo sairá mais forte, sempre é assim.
      Não há demônios, há sim, falta de fraternidade… esta é, uma alternativa ao ódio subjacente, inato e gratuito … seu e do Frei Leonardo.
      Que seu filho seja um franciscano verdadeiro, pois naquele não havia espaço para o ódio e muito menos para a mentira ou, indução à mentira.
      Paz e Bem

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      • Mario, vc está trocando as bolas. Eu critiquei a elite econômica e financeira que detém 45% do PIB (são so 5 mil familias segundo dados do IPEA). Esta não mostra nenhuma solidariedade para com os humildes,como disse,pouco antes de morrer, Ermirio de Moraes. Mostra sim raiva dos pobres que sobemm e ameaçam seus espaços. Não estou falando de ódio em geral.Leia a literatura que citei nos meus artigos que confirmam o fato.A ignorância nunca faz bem a ninguém. lboff

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      • Boa tarde Mário.

        Tenho consciência do que está ocorrendo no Brasil, leia a matéria de Frei Betto publicada na Folha de São Paulo, com o título: “A Fábula Petista” (http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/11/1545106-frei-betto-a-fabula-petista.shtml)

        Logo após reflita do que escrevi, e verá que no texto do Frei Betto disseca que o PT abandonou a sua bandeira ideológica para manter-se no poder, portanto, retorna o que escreveu George Orwell, em sua obra “1984”, ou seja, o pobre sempre volta para a classe baixa, porém, houve uma ruptura da linha da miserabilidade para a classe baixa, houve um aumento real da dignidade da pessoa humana, razão pela qual o pobre pôde estudar e prestar concursos públicos, e nunca, pelo menos em Minas Gerais, se teve notícia de tanta gente que era pobre e foi aprovada em concurso público, seja estadual, federal ou municipal, ou seja, o que antes era “exclusividade” da classe média/alta, passou a ser explorada pela baixa, que deixou de ser baixa.

        Acho que o sol nasce para todos, agora impor a culpa a este ou aquele pelo ódio disseminado na última eleição é ficar batendo na mesma tecla.

        Eu também, como qualquer outra pessoa, estou insatisfeito com o rumo político atual, porém, no passado, nunca tínhamos visto uma perseguição tão incisiva da mídia sobre este ou aquele partido.

        Antes de mais nada, devemos utilizarmos da nossa visão crítica, porém, comparando o antes e o agora, se antes era melhor ou pior em geral, e não somente a nível de uma determinada camada social, se antes o pobre tinha casa, carro, ou não, ou se comia carne todos os dias.

        Política é igual futebol, cada um torce pro seu lado, eu particularmente torço pelo bem comum.

        Abraço.

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    • Banco Mundial aponta que Brasil praticamente erradicou a pobreza

      “Entre 2001 e 2013, o percentual da população vivendo em extrema pobreza caiu de 10% para 4%”, informa o estudo

      PUBLICADO EM 23/04/15 – 21h00
      Mariana Kaipper Ceratti
      Fonte:Banco Mundial

      Quando eu era jovem, os pobres não tinham nenhuma oportunidade. Hoje, acho que o Brasil está menos desigual. Dois dos meus netos, por exemplo, conseguiram fazer faculdade e agora estão formados”, conta a empregada doméstica aposentada Maria de Souza Moreira, 80 anos, enquanto espera um ônibus na rodoviária de Brasília, a apenas 3km do palácio presidencial.

      A impressão é comprovada em números e análises em um novo relatório do Banco Mundial. “Prosperidade Compartilhada e Erradicação da Pobreza na América Latina e Caribe” mostra que o Brasil conseguiu praticamente erradicar a extrema pobreza, e o fez mais rápido que os países vizinhos. Para completar, o país acabou puxando para cima o desempenho da região como um todo.

      “Entre 2001 e 2013, o percentual da população vivendo em extrema pobreza caiu de 10% para 4%”, informa o estudo. “De 1990 a 2009, cerca de 60% dos brasileiros passaram a um nível de renda maior. Ao todo, 25 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema ou moderada. Isso representa uma em cada duas pessoas que saíram da pobreza na América Latina e no Caribe durante o período.”

      Os autores lembram que, até 1999, os índices de extrema pobreza no país e no resto da região eram parecidos, em torno de 26%. Foi em 2012 que se observou uma redução maior no percentual brasileiro: 9,6%, ante os 12% regionais. Também chamam a atenção os indicadores de mobilidade social nesse período. Atualmente, os do Brasil ficam em terceiro lugar na região, atrás do Chile e da Costa Rica.

      O bom desempenho brasileiro se explica por três motivos. Primeiro, pelo crescimento econômico a partir de 2001, bem mais estável que o registrado nas duas décadas anteriores. Segundo, pelas políticas públicas com foco na erradicação da pobreza, como Bolsa Família e Brasil sem Miséria. Terceiro, pelo mercado de trabalho nacional: no período da pesquisa, aumentaram as taxas de emprego e o percentual de empregos formais (60% em 2012). O relatório ainda aponta a evolução do salário mínimo, que fortaleceu o poder de compra dos brasileiros.

      Desigualdade acima da média

      A tarefa de eliminar a miséria, no entanto, ainda não acabou. O Brasil e o México respondem por metade da população latino-americana extremamente pobre, mais de 75 milhões de pessoas.

      “18 milhões de brasileiros ainda vivem na pobreza e 1/3 da população não conseguiu ingressar na classe média, ficando em uma condição de vulnerabilidade econômica, sem ter a formação e a empregabilidade necessárias para sair dessa condição”, descreve o estudo.

      Também chama a atenção o fato de 60% dos brasileiros pobres viverem em cidades, o que reflete o alto nível de urbanização do país (84,8%).

      Já a desigualdade continua acima da média latino-americana e caribenha. “O 1% mais rico da população brasileira fica com 13% da renda, mais do que os 11% recebidos pelos 40% mais pobres.”

      Entre os principais motivos para a persistência desses problemas, estão a baixa qualidade dos serviços públicos (como saúde e educação, embora muitos indicadores tenham melhorado) e o que os autores chamam de “estagnação da produtividade”.

      O que é isso? É uma combinação de baixo nível de investimento, infraestrutura precária, pouca especialização dos trabalhadores e um ambiente de negócios que não favorece o setor privado ou a competição.

      O fardo dos impostos

      E se, nos últimos anos, o crescimento econômico respondeu por 2/3 da redução da pobreza no Brasil, como fazer agora que o país terminou 2014 estagnado, e ameaça fechar 2015 com queda de 0,7% do PIB?

      Continuar enfrentando a pobreza em meio ao baixo crescimento econômico é um desafio não só para o Brasil, mas para o resto da região. O tema aparece neste e emoutros estudos lançados pelo Banco durante as Reuniões de Primavera, e todos mostram que não há uma fórmula única para os países latino-americanos e caribenhos.

      Especificamente no caso brasileiro, não há mais espaço para aumentar os impostos: a arrecadação hoje equivale a 33% do PIB nacional e é uma das mais altas do mundo. Por isso, os autores sugerem ajustes fiscais para promover um gasto público eficiente, que permita estimular a competitividade, melhorar a infraestrutura e os serviços públicos e dar continuidade aos programas sociais.

      Uma reforma tributária também favoreceria os mais pobres porque, no país, muitas taxas estão embutidas nos preços dos produtos, tornando-os mais caros. Como a maior parte da renda dessas pessoas é gasta com a compra de itens básicos, o fardo dos impostos acaba pesando ainda mais.

      fonte: http://www.otempo.com.br/capa/brasil/banco-mundial-aponta-que-brasil-praticamente-erradicou-a-pobreza-1.1028610

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  15. Belas considerações, mestre Boff. As políticas de inclusão social, ações afirmativas e distribuição de renda incomodam muito porque propicia acesso real àqueles que nunca tiveram efetivados direitos e garantias fundamentais, como manda a Constituição. Há também o incômodo do acesso aos espaços antes dominados pelas classes mais abastadas economicamente. Hoje, eles dividem o espaço no trânsito, aeroportos, restaurantes e Universidades. Isso realmente incomoda, e muito! Sou prova viva deste incômodo, pois graças as ações afirmativas (vagas para estudantes de escolas públicas) e a adoção do ENEM (prova que melhor atende a igualdade de oportunidades) hoje estou cursando Direito numa Universidade Federal. Sabemos que este curso se restringia às elites, por isso, certamente entrei na vaga de algum “riquinho”, e isso, Incomoda demais! Sou fã de sua postura enquanto filósofo e mestre e acompanho seu trabalho desde muito tempo. Fiquei honrado pela breve visita que o senhor fez ao meu blog. Esteja à vontade para visitar, seguir e, se achar cabível, comentar. Comentários, dicas e, até mesmo, críticas vindas do senhor, contribuirão e muito para uma melhora gradativa do meu trabalho. Muito obrigado!

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  16. Sr. Leonardo Boff, por favor venha logo para o século XXI.
    Seu diagnóstico está totalmente errado. Nós não odiamos pobres, negros e nordestinos porque melhoraram um pouquinho de vida. Pelo menos aqui em São Paulo nos damos muito bem e trabalhamos lado a lado. E a maioria de nós odiamos o que o governo federal está fazendo com suas mentiras, seu cinismo e sua incompetência. E não adianta vir com PSDB porque ele também não nos representa. Votamos em qualquer um que possa tirar o PT porque acreditamos que a alternância no poder nos seria menos danosa. Se vocês não
    perceberem que estão descobrindo um santo para vestir outro e que estão matando a galinha dos ovos de ouro vão acabar por destruir tudo…Mas pode deixar…depois agente volta e reconstrói tudo…sempre fazemos o que é possível.
    Tiago

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  17. Essa “carga negativa”, infelizmente também se encontra aninhada nas igrejas e instituições religiosas, clero, lideranças e afins. A obra mais difícil é a reforma do próprio indivíduo. O egoísmo, a ilusão do poder, de tal modo dominam o ser humano moderno que as pessoas perderam a noção de diálogo e do ser, para apenas desejarem o ter. A banalização do rito religioso, a descrença pelo transcendente, o esfacelamento da família, o papel irresponsável da mídia, a ambição desenfreada, tudo isso contribui para esvaziar o sentido de humanidade, deixando o campo livre para a disseminação do ódio. O ser humano caiu no abismo. As instituições. principalmente as religiosas, precisam esquecer seus umbigos prepotentes e se dedicarem a olhar o homem na sua totalidade, não só como um valor numérico para alimentar sua fome de status.

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  18. Caro Boff,

    creio que a resposta para os males que você aponta e que estão visíveis como nunca é de simples entendimento, porém difícil execução. As ideias de Jaques Fresco, com relação à EBR (Economia Baseada em Recursos) são a chave para um melhor aproveitamento dos recursos que temos, em seu projeto chamado Projeto Vênus, ele apresenta as bases para esse novo modelo de sociedade, muitas pessoas ao redor do mundo já vem discutindo as formas de conseguir uma transição para esse projeto e acredito que a América Latina está em um caminho de encontro com as ideias apresentadas.
    Seguem alguns links para conhecimento do assunto.

    Espero que seja de grande proveito. Tenho muita confiança nesse projeto.

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  19. ÓDIO CÍCLICO E AMOR CIRCULAR
    Ódio e amor expressam a dialética e bipolaridade relacional e poética. Já nos salmos o ódio consumado e absoluto era expressado contra os que se afastavam de Deus. Nos evangelhos Jesus não usa a palavra ódio, mas expressa sua ira contra raças de víboras e fariseus hipócritas. O amor é a nova identidade dos discípulos de Cristo. A mensagem apostólica retorna com o ódio ao mal e a durabilidade do amor que jamais acaba. O poeta Mario de Andrade em sua ODE AO BURGUÊS destila “ÓDIO CÍCLICO AO BURGUÊS”. Os Jesuítas que criaram o núcleo europeu que originou a cidade São Paulo tiveram boas intenções ao batizar o colégio com o nome apostólico. Saulo e Paulo expressam a dialética
    do GRANDE E PEQUENO e a cidade dos bandeirantes está seguindo o curso do Tietê e Ipiranga com altos e baixos no percurso. Dois traços característicos deste percurso são: provincianismo e dependência cultural (principalmente dos EUA). Amor e ódio seguem o
    percurso dos altos e baixos do gigante adormecido que se transforma em BABEL de confusão onde macunaímas, jecas e aventureiros juntamente com piratas, exploradores e tipos sofisticados de toda parte do mundo trazem os retalhos das divisões que se alastram pelo solo brasileiro.

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  20. parabéns pelo seu texto Boff. Parece que o povo está muito ligado ao imediatismo, vê as coisas, as situações de uma forma muito limitada e por isso tem dificuldade de dar um passo adiante no sentido de permitir que as classes sociais menos favorecidas possam melhorar de vida e isso cria uma trave que dificulta essa compreensão e aceitação, É preciso realmente viver e celebrar o amor de uma forma mais profunda e abrangente para que o ódio dê lugar ao a or verdadeiro que liberta e une as pessoas.

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  21. Caro Leonardo, a intensificação da globalização econômica financeira sob a tutela do neoliberalismo perpassa os Estados Nacionais e muitas de suas políticas públicas. O processo civilizador iniciado a partir do Renascimento avançou na direção dos direitos civis, políticos e sociais, principalmente com o advento do Iluminismo, mas ao mesmo tempo, concentrou riqueza e poder político nas mãos dos hábeis capitalistas e suas oligarquias políticas. Com o desastre causado pela depressão dos anos de 1930 e os horrores da Segunda Grande Guerra os antagonismos foram apaziguados pelo Estado de Bem Estar Social capitaneado pela Europa central e escandinava, mas sofreu um reverso a partir do esgotamento fordista de produção, que trouxe uma queda na produtividade cíclica do capitalismo. O liberalismo trajado de véu democrático liberal burguês surge como a panacéia que forja sorrisos a desregulamentação e a liberalização das forças produtivas e do seu avassalador mercado financeiro multifacetado, que bate as portas do século vinte e um rumo a terceira revolução industrial da Era da Informação. A concentração da renda e da riqueza chega em 2015 a proporções absurdas, onde 1% dos habitantes da Terra detém 50% da riqueza e os demais 99% dos indivíduos agarram-se com a outra metade. A crise econômico-financeira de 2008 capitaneada pelos Estados Unidos e o projeto de moeda única na Europa estão conduzindo as economias, mesmo nos países desenvolvidos, ao naufrágio; e a solução, como sempre, aos olhos dos grupos neofascistas é o Estado forte repleto de restrições para os pobres e absurdamente aberto a possibilidades de sonegação de impostos, diminuição de direitos trabalhistas e parcerias público-privadas, quase sempre a serviço da classe dominante, mesmo diante de um campo minado de lutas políticas, econômicas e ideológicas.

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  22. NAO CONFUNDA A INDIGNACAO DE PESSOAS QUE LUTAM E TRABALHAM BRAVAMENTE DIA A DIA PARA SOBREVIVER E SAO LESADOS PELOS ALTOS IMPOSTOS QUE ENCHEM O BOLSO DOS CORRUPTOS…POR ISTO A REJEICAO A ELES E AO PARTIDO A QUE PERTENCEM (NAO QUE OS OUTROS PARTIDOS SEJAM MUITO MELHORES) COM ODIO DE CLASSES.!!! O POVO BRASILEIRO E UM SO, POBRES OU NAO , SOMOS UMA RACA -HUMANA E JAMAIS NOS INCOMODARIA PAGAR IMPOSTOS SE FOSSEM EMPREGADOS PARA UMA REAL MELHORIA NA CONDICAO SOCIAL DOS CARENTES -O QUE SE VE E A ESCRAVIZACAO DE PESSOAS HUMILDES, REFENS DE UMA ESMOLA USADA COMO ISCA ELEITORAL!! ELES JAMAIS DEIXARAO DE SER POBRES SENDO BENEFICIADOS COM ESMOLAS..ISTO TEM QUE ACABAR!!!

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  23. From: medeiroscnl@hotmail.com To: comment+eytf020_4uj8ap4wlkc42pv@comment.wordpress.com Subject: RE: [Novo post] Como desmontar ódio social? Date: Mon, 30 Mar 2015 23:20:30 -0300

    From: medeiroscnl@hotmail.com To: comment+eytf020_4uj8ap4wlkc42pv@comment.wordpress.com Subject: RE: [Novo post] Como desmontar ódio social? Date: Mon, 30 Mar 2015 23:18:54 -0300

    Date: Tue, 31 Mar 2015 02:01:27 +0000 To: medeiroscnl@hotmail.com

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  24. Concordo em parte com o exposto por Leonardo boff, é necessário repensar a própria sociedade como um todo, mas estigmatizar o ódio pela classe menos favorecida vejo um pouco de exagero. O que intriga à população de uma forma mais abrangente é o mau exemplo das lideranças, especialmente as que estão no governo. A humanidade e proposta de mudança foi enganosa por parte dos líderes que agem para indignar qualquer pessoa de boa fé. A própria classe mais alta acreditou em uma proposta que seria diferente e não ocorreu. O poder lançou seus líderes na mesma vala comum de antes, com o agravo de serem piores e que demonstram claramente que querem o poder simplesmente. A indignação está aí. O outro fator indigesto é o comportamento externo que em detrimento de benefícios internos, há desmandos fora dos limites da nação que desagrada a maioria. Essa lógica não é clara para nação a não ser acenos de vontades ideológicas que no momento não agrada a maioria.

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  25. Prezado Leonardo Boff, peço que aceite meus comentários: vejo que o seu pensamento vai bem enquanto explana as questões sociais sem citar o PT. A maioria dos brasileiros é a favor em atender as emergências para resguardar a sobrevivência, haja visto que: Federação, Estados, Municípios, igrejas, ONGs, Comunidades, iniciativa privada e pessoas em geral colaboram para suprir essa necessidade,… veja quão necessário é distribuir os méritos. Fora isso, quero dizer também, que o PT e os demais partidos não são confiáveis para representar a população que quer a Nação melhor, basta atentar para: as mentiras e maldades das eleições; os desvios de recursos públicos; os conchavos políticos; até a dignidade do beneficiário do bolsa família foi trocada por voto através da propaganda,… Não sou a favor do regime econômico e político socialista a “democracia” nesse regime nivela a sociedade por baixo e alimenta a tirania do grupo de poder; ela só dá certo, em tese, nos corredores das Universidades,… Imagino que é possível resolver a miséria através do Capital,… da Educação,… sem regime político fechado,…

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  26. Sr.Leonardo Boff , penso que ,seria urgente para elucidação de tudo o que está acontecendo e, naturalmente para desmontar esse ódio social que se percebe no ar, que houvessem muitas e muitas discussões a respeito da atualidade brasileira, para que os” espertinhos” do momento não se aproveitem do clima atual de ódio para insuflar no espírito das pessoas menos esclarecidas inverdades que estão beneficiando a quem? O senhor sabe a resposta , e está fazendo a sua parte dentro do quadro social . Por exemplo: muita gente ainda não se apercebeu do que está por detrás da delação premiada.
    Ainda bem que pessoas como o senhor aí estão para trazer luz às coisas. Abençoado seja!
    Um grande abraço,
    Fernanda Souza

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  27. Precisamos de mais lucidez com a sua, sem dúvida. Além de lucidez, precisamos vencer o conservadorismo que prevalece na sociedade brasileira, visto em todas as suas camadas. Somos conservadores, elegemos políticos com este perfil e perpetuamos os problemas decorrentes disso. Esse conservadorismo pode ser visto até nas camadas mais desprovidas, entre os pobres. Não é só uma questão de educação: há os que entendem essa relação de poder entre trabalhadores X burgueses, porém são conservadores em opiniões em diversos temas. Temos que mudar nossa essência, resgatar valores e nossa civilidade, querer o progresso e aceitar a mudança. Coisa do ser humano, mudanças individuais que contribuem para o coletivo. Parabéns pelo texto.

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  28. O que me parece terrível, nem é tanto o ódio dos muito ricos (baseado no medo de perder regalias), mas o fato de duzentos mil nem tão ricos , mas que como Maria-vai-com-as -outras, absorvem a ideologia e saem fazendo barulho sem entender a quem estão favorecendo. Que falta faz uma Educação Crítica !

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    • Sim, Idalina! É urgente uma Educação Crítica. Sem isso, os mais simples do povo ficam prejudicados acreditando em tudo o que qualquer um da mídia diz. E daí a tirar conclusões
      precipitadas é só um passo. Ainda bem parece-me que mais e mais pessoas estão se apercebendo da real importância da Petrobrás para o nosso país, que já foi no passado remoto e nem tão remoto assim ,tão roubado e vilipendiado por gente de” bons princípios”, e ainda mais o “olho gordo” de outros países em nossa Petrobrás, Amazônia , etc…Tenhamos cuidado com isso! O que me parece também lamentável ,é que qdo. determinadas pessoas dizem certas coisas , a tendência é acreditar porque “foi o doutor que falou”…Então a solução é” abrir o olho do povo!”
      Grande .abraço,,
      Fernanda Souza

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  29. Sobre o amor, acredito que seja necessário treino. Primeiro, aprender a amar a si mesmo e depois aprender a aceitar os outros, como são. Essas afirmações não são teóricas, estou passando por esse processo há algum tempo. Então, aprender a dar alguma coisa que você tenha, como tempo, conhecimento e aí automaticamente, vai-se ficando amoroso, mas com recaídas. Então, levanta-se e começa-se tudo de novo. É mesmo um processo contínuo.

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  30. ÓDIO E NOJO PELAS DITADURAS! PRESIDENTA? NEM POR DECRETO. MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS COM PODER A QUEM PRECISA: PODER EDUCATIVO, PODER DEFENSIVO E PODER CURATIVO.

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  31. Feliz Páscoa a todos que curtem o blog e a seu autor.
    A discussão é saudável, desde que sem ódios….

    Paz e Bem

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  32. Caro Frei Leonardo
    Não tenho nenhum partido político de preferência, mesmo por que não vejo diferenças grandes nos seus princípios aqui no Brasil. Vejo a política como uma nobre tarefa para mentes superiores que tem o bem comum de seus representados.
    Sobre o comunismo sabemos que não é terreno propício para criação de riquezas, mas sabe distribuir igualmente a pobreza. Comunismo é uma utopia, poderia ser bom num mundo perfeito com líderes perfeitos. O capitalismo gera riquezas mas não as distribui no tempo que se necessita, com o tempo através da história vemos que para prosperar o capitalismo tem que distribuir riquezas de maneira crescente pois senão assim fizer também não prosperará .
    Sobre o ódio de classes, fiquei espantado com algumas declarações do Lula tentando jogar uns contra os outros dividindo a nação entre os trabalhadores e os exploradores.quem são os trabalhadores afinal? Quem não concorda com o PT?
    Um fato curioso foi na último protesto do povo reunidos na Paulista e tantas outras cidades num domingo a tarde pois não poderiam perder dia de serviço. E o grupo de apoio ao PT Partido dos trabalhadores reunir numa sexta de manhã com MST pessoal da CUT e afins. Afinal quem são os trabalhadores os que reuniram no domingo?
    Não se pode negar que os avanços sociais nestes doze anos foram imensos com muita gente entrando na classe média como nunca antes neste país. O PT seria lembrado daqui a 500 anos por este feito. Mas a associação que fez com bandidos com as notícias diárias de tanta corrupção está destruindo o partido. Muitos falam que sempre se roubou neste país desde o descobrimento, no que concordo plenamente. Brasil sempre foi como uma galinha dos ovos de ouro todos buscavam subtrair um ou outro ovo em benefício próprio até então mas o PT e seus sócios mataram a galinha.
    Sobre as prisões e processos atuais e suas acaloradas discussões entre os partidos penso que não se deveria falar em partidos, mas localizar os corruptos e ladrões e aplicar a lei de maneira exemplar. Penso que não deveria existir imunidade parlamentar todos iguais perante a lei.
    Sobre o populismo de se distribuir bolsas da maneira que é feito perpétua a pobreza e votos cativos. Penso que é sim dever da sociedade em amparar os desassistidos com suas necessidades isto é o básico. Mas doar milhões de cestas não retira ninguém da pobreza, somente mantém o pobre alimentado. Para retirar da pobreza se deveria investir em educação, dar condições materiais , trabalho para que por meios próprios possam subsistir , somente assim se acaba com a pobreza, educação e trabalho digno.
    A luta entre classes da maneira que Lula fala, existe somente na sua cabeça
    Dizer que outros roubaram não inspira o povo acreditar nos que estão roubando atualmente.
    Sobre a situação política atual que tudo isto gerou penso que todo poder emana do povo, está escrito na carta magna e o mesmo povo que elegeu pode sim destituir se não estiver de acordo com o que está se vendo.
    O PT não deveria temer isto, pois se o próprio Lula diz que é a minoria a zelite que estão em contra o partido a grande massa que são os trabalhadores e os assistidos estariam apoiando o PT. Será mesmo assim?
    Com tanto desmando com o dinheiro público, dos impostos que gostaríamos que estivesse aplicado nos rincões menos assistidos sendo desviados em todas esferas, me tornei descrente com o PT assim como me tornei descrente dos políticos a tempos.
    O PT veio com uma proposta das mais humanitárias mas desviou do caminho e não faz a mãe culpa.
    Quando Dieceu foi condenado junto com outros no mensalão, pensei. A presidência do PT vai expulsá-los do partido. Mas o que aconteceu foi o contrário foram tratados como se fossem presos políticos. Depois disso comecei a desconfiar que alguma coisa estava errado com o partido, inversão de valores morais, com a defesa que haviam distribuído às bolsas família, que muita gente havia ingressado na classe média. Será que estes feitos dão o direito de roubar o povo? Argumentos esdrúxulos escutei, pensei que a honra e moral não são para todos.
    Quando pensei que estava tudo perdido, surge nomes que nos honram como Joaquim Barbosa, e Sérgio Moura com sua equipe. O poder emana do povo, ando muito pelo Brasil. Façam uma pesquisa sobre o trabalho destes homens do judiciário e constatem o que estão temendo. O povo não tolera mais tanta corrupção
    Ninguém além dos integrantes do PT está destruindo o partido. O povo quer que se faça justiça. Não existe classes em guerra somos todos brasileiros e queremos o melhor para nosso país.
    Desculpe-me Frei , uma pessoa pode se aprofundar muito em um assunto e se tornar um especialista, mas se não consegue ver todos lados da questão nunca será sábio

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