A urgência de um pacto social planetário

Leonardo Boff

Reinam demasiada inconsciência e profundo negacionismo no mundo, tão graves que podem custar nossa vida nesse planeta.O fato é que estamos numa nova fase da Terra e da humanidade:a fase da irrupção da Casa Comum. O Covid-19 deu-nos a lição que ainda não aprendemos: ele não respeitou os limites e soberanias das nações.Mostrou que há uma única Casa Comum e que pode ser toda ela afetada. Mas não tiramos nenhuma lição desse fato. Bem disse o italiano Antonio Gramsci, o grande teórico da política: a história nos dá lições, mas ela quase não tem alunos.Pouquíssimos frequentaram essa escola e os mais omissos foram  e são os poderosos deste mundo,pensando mais em suas economias do que em salvar a vida humana e da natureza.

Viemos de um tempo já bem passado e obsoleto aquele do Tratado de Westfália de 1648 que criou a soberania dos Estados.Depois disso, a Terra e a humanidade mudaram profundamente.Os povos dispersos pelos continentes estão voltando do milenar exílio e criando a Casa Comum, na qual todos cabem dentro (com seus mundos culturais particulares). Grande parte das tensões e guerras atuais são feitas dentro deste quadro ultrapassado das soberanias nacionais. Não despertamos para o novo tempo, da unificação do mundo e da espécie humana junto com a natureza, até para salvar-nos.

É urgentíssimo fazermos um pacto social mundial planetário,como fizemos o pacto social de nossas sociedades  e aquele da Westfália: um pacto cujo fim é a salvaguarda da vida e da biosfera,ameaçadíssimas pela razão que enlouqueceu, pois, criou os instrumentos de sua própria auto-destruição.É imperativo um centro plural,democrático,representando os povos da Terra para administrar os problemas planetários e da natureza e encontrar,democraticamente, uma solução para nós e para a natureza.

A Terra e humanidade são parte de um vasto universo em evolução e possuem o mesmo destino. A Terra forma com a humanidade uma única entidade complexa e sagrada, o que torna-se claro quando a vemos do espaço exterior como foi testemunhada pelos astronautas. Além disso, a Terra é viva e se comporta como um único sistema auto-regulado formado por componentes físicos, químicos, biológicos e humanos que a tornam propícia à produção e reprodução da vida e que por isso é nossa Grande Mãe e nosso Lar Comum.

A ciência nos tem mostrado  que a Mãe Terra é composta pelo conjunto de ecossistemas nos quais gerou uma multiplicidade magnífica de formas de vida, todas elas interdependentes e complementares, formando a grande comunidade da vida. Existe um laço de parentesco entre todos os seres vivos porque todos são portadores do mesmo código genético de base que funda a unidade complexa da vida em suas múltiplas formas. Portanto,  reina uma real irmandade entre todos os seres especialmente entre os humanos, coisa belamente descrita pelo Papa Francisco em sua encíclica Fratelli tutti(2025),todos,natureza e seres humanos, como irmãos e irmãs.  A humanidade como um todo, é parte da comunidade da vida e o momento de consciência e de inteligência da própria Terra, fazendo com que através do ser humano, homem e mulher, sejamos a própria Terra que fala, pensa, sente, ama, cuida e venera.

Importa, entretanto, observar que o contrato social atual ganhou um papel inflacionado e exclusivista. Foi ele que  propiciou o antropocentrismo, denunciado pela encíclica Laudato sí do Papa Francisco.Ele instaurou estratégias de apropriação e dominação da natureza e da Mãe Terra criando imensa riqueza para poucos e humilhante pobreza para a maioria. O modo de produção vigente nos últimos séculos, atualmente globalizado,cindiu a humanidade entre o que têm e comem e os que não têm e não comem. Quer dizer,  não conseguiu responder às demandas vitais dos povos dividindo em dois a humanidade. Eis um motivo a mais para fundarmos um contrato social planetário   que englobe a todos, permitindo-lhe uma vida decente e rica em virtualidades criativas.

A consciência da gravidade da situação crítica da Terra e da humanidade torna imprescindíveis mudanças nas mentes (cuidar da Terra como Gaia) e nos corações (estabelecer um laço afetivo e cordial com todos os seres) e forjar uma coalizão de forças em torno de valores comuns e princípios inspiradores que sirvam de fundamento ético e de estímulo para práticas que busquem um modo sustentável de vida.A Carta da Terra,sob a coordenação de M.Gorbachev e um grupo de cerca de 20  pessoas de vários saberes (tive a honra de participar) fizeram durante anos uma consulta a todos os estratos sociais para levantar tais princípios e valores. Resultou num documento de grande beleza e profundidade que  pode ser lido na internet. Assumida pela UNESCO em 2003 se propõe,além de outros fins pedagógicos, criar as bases de um contrato social planetário. Hoje é divulgada e estudada num sem número de países,criando um novo espírito face à Terra e à vida. Chegará o dia em que poderá ser  o fundamento do que estamos procurando urgentemente:um contrato social planetário que garanta a todos um bem viver e conviver dentro da Casa Comum.

Confira: https://cartadaterrainternacional.org; veja também O Bem Comum da Terra e da Humanidade, elaborado por Miguel d’Escoto Brockman, enquanto era Presidente da Assembleia da ONU 2008-2009 e Leonardo Boff em: https:// mst.org.br como base para uma nova configuração da ONU.

Warum wir nicht aufhören, Kriege zu führen

            Leonardo Boff

Wir erleben derzeit dramatische Zeiten mit höchst tödlichen Kriegen, in der Ukraine, im Kongo, schrecklicherweise im Gazastreifen mit einem Völkermord unter freiem Himmel, mit der Gleichgültigkeit jener Nationen, die uns die Menschenrechte, die Idee der Demokratie und den Menschen als Zweck und niemals als Mittel vermacht haben. Besonders tragisch ist der Krieg zwischen Israel und dem Iran, der sich, wenn er nicht eingedämmt wird, zu einem totalen Krieg ausweiten könnte, mit dem Risiko, die Biosphäre und unsere Existenz auf diesem Planeten zu beenden.

Die Frage, die ich stellen möchte, ist beunruhigend und sehr realistisch: Welcher Friede ist unter den heutigen Bedingungen der Menschheit möglich? Können wir von einer Herrschaft des Friedens träumen? So wie wir strukturiert sind: als Menschen, als Gemeinschaften, als Gesellschaften, welche Art von Frieden ist nachhaltig? Wir weisen die Aussage zurück: Wenn du Frieden willst, bereite dich auf Krieg vor.

Ich möchte einige Überlegungen anstellen, die realistisch sind und unseren politischen Willen zum Frieden herausfordern. Denn Frieden ist nicht selbstverständlich. Frieden ist das Ergebnis eines Prozesses all derer, die den Weg der Gerechtigkeit suchen und gegen eine Welt protestieren, die es Menschen nicht erlaubt, menschlich miteinander umzugehen – Palästinensern wie Israelis.

Ich möchte zunächst einige Daten aus den Bio- und Geowissenschaften in Erinnerung rufen, da sie uns zum Nachdenken anregen. Was sagen sie uns? Dass wir alle, das gesamte Universum, aus einer gewaltigen Explosion vor 13,7 Milliarden Jahren entstanden sind. Es gibt Instrumente, die das Echo dieser gewaltigen Explosion in Form einer winzigen magnetischen Welle einfangen können. Und sie erzeugte enormes Chaos. Wir kamen aus dem Chaos, aus der anfänglichen Verwirrung; doch das Universum – durchdrungen von Wechselwirkungen – begann sich auszudehnen und zeigte, dass Chaos nicht nur chaotisch ist, sondern auch kreativ sein kann. Chaos erzeugt Ordnung in sich selbst. Der kosmogene Prozess schafft Harmonie, und während er sich ausdehnt und Raum und Zeit schafft, schuf er den Kosmos; Kosmos, von dem das Wort „Kosmetik“ stammt, das jeder kennt. Es ist Schönheit und Ordnung. Doch Chaos begleitet uns wie ein Schatten. Deshalb entsteht Ordnung immer gegen Unordnung und aus Unordnung. Doch beides, Ordnung und Unordnung, Chaos und Kosmos, koexistiert stets nebeneinander.

Und wie erscheinen sie auf der menschlichen Ebene? Sie erscheinen in zwei Dimensionen: der Weisheit und der Verrücktheit. Wir sind Homo sapiens sapiens, intelligente Wesen, und gleichzeitig Homo demens demens, wahnsinnige Wesen, die das richtige Maß verleugnen. Aber vor allem sind wir intelligente, weise Wesen, das heißt, wir tragen Bewusstsein. Wir sind soziale, kooperative Wesen. Wesen, die sprechen, Wesen, die sich kümmern, Wesen, die Kunst schaffen, Gedichte verfassen und in Ekstase geraten können.

Wir bewohnen bereits 83 % unseres Planeten, waren bereits auf dem Mond und haben sogar das Sonnensystem mit einem Raumschiff verlassen. Würde ein intelligentes Wesen dieses Raumschiff betreten – das das Sonnensystem verlassen hat und drei Milliarden Jahre lang das Zentrum unserer Galaxie umkreisen wird –, würde es darin Friedensbotschaften in über hundert Sprachen lesen können, ebenso wie ein weinendes Kind, den Klang zweier sich küssender Liebender und wissenschaftliche Formeln. Das Wort Frieden ist in über hundert Sprachen geschrieben, wie zum Beispiel Mir, Frieden, Shalom, Pax eine Botschaft, die wir dem Universum hinterlassen wollen.

Wir sind Wesen des Friedens, aber gleichzeitig auch Wesen der Gewalt. In uns leben Grausamkeit, Ausgrenzung und Ahnenhass, etwas, das wir in unserem Land erleben, insbesondere im Krieg gegen die Palästinenser im Gazastreifen und im Krieg zwischen Israel und dem Iran. Wir haben gezeigt, dass wir homozidal sein können: Wir töten Menschen. Wir können ethnozidal sein: Wir töten ethnische Gruppen, Völker – wie die 61 Millionen indigenen Völker Lateinamerikas; es ist unser selten erwähnter Holocaust. Wir können biozidal sein: Wir können Ökosysteme zerstören, wie große Teile des Atlantischen Regenwalds, Teile des Amazonasgebiets und die riesigen Wälder des Kongo. Und heute können wir geozidal sein: Wir können unseren lebendigen Planeten, die Erde, schwer verwüsten.

All dies könnte der Satan der Erde sein. Und hier stellt sich die quälende Frage: Wie können wir Frieden schaffen, wenn wir die Einheit dieses Widerspruchs sind – von Chaos und Kosmos, von Ordnung und Unordnung, von Weisheit und Wahnsinn? Welches Gleichgewicht können und sollten wir in dieser widersprüchlichen Bewegung suchen, um in Frieden leben zu können? Doch die Evolution selbst hat uns geholfen, sie ist weise und hat uns ein Zeichen gegeben. Sie sagt uns, dass das, was den Menschen menschlich macht – anders als andere Arten – unsere Fähigkeit ist, kooperativ und sozial zu sein, ein Wesen der Sprache, des Dialogs und der Gegenseitigkeit.

Als unsere Vorfahren auf die Jagd gingen, taten sie dies nicht wie Schimpansen. Diese Schimpansen sind unsere nächsten Verwandten und haben 98 % unserer biologischen Eigenschaften gemeinsam.

Doch wie kam es zum Sprung von der Tierwelt in die Menschenwelt? Als unsere Vorfahren auf die Jagd gingen und ihr Wild nicht privat aßen – wie andere Tiere –, sondern es an gemeinsame Orte brachten und alles, was sie als Nahrung erbeuteten, geschwisterlich untereinander teilten. Der Sprung erfolgte durch Kommensalität, durch unsere Fähigkeit, kooperativ und sozial zu sein. Und aus unserer kooperativen und sozialen Fähigkeit entstand die Sprache, die eine der Definitionen des Menschseins ist. Nur wir sprechen. Deshalb ist es das Wesen des Menschseins, ein gesprächiges, unterstützendes, fürsorgliches und kooperatives Wesen zu sein.

Worin besteht die Perversität des Systems, unter dem wir alle leiden? Es ist ein global integriertes System unter der Ägide der Marktwirtschaft und des Spekulationskapitals. Es ist ausschließlich wettbewerbsorientiert und keineswegs kooperativ. Es ist ein System, das den Sprung zur Menschheit noch nicht geschafft hat; es lebt die Politik des Schimpansen, in dem jeder privat anhäuft und nicht teilt, was seinen Mitmenschen gemeinsam ist.

Da wir aber beide Dimensionen in uns tragen – Wahnsinn und Intelligenz, Konkurrenzdenken und Kooperation –, liegt es in der Natur des Menschen, dem Konkurrenzdenken Grenzen zu setzen. Es geht darum, alle Energien zu stärken, die in Richtung Kooperation, Solidarität und Fürsorge gehen. Dadurch stärken wir das Authentische in uns und schaffen die Grundlage für einen möglichen und nachhaltigen Frieden.

Es liegt in der Natur des Menschen, sich zu kümmern. Ohne Fürsorge ist das Leben nicht geschützt, es kann sich nicht ausbreiten, es verkümmert und stirbt. Daher sind Zusammenarbeit und Fürsorge die beiden Grundwerte, die jedem Projekt zugrunde liegen, das Frieden schafft. Es geht nicht darum, die Hände zu schließen, sondern darum, dem anderen die Hand zu reichen. Es geht darum, die Hände miteinander zu verschränken und eine Kette des Lebens, der Zusammenarbeit und der Solidarität zu schaffen – die Voraussetzungen für Frieden zwischen Menschen.

Wenn wir uns umeinander kümmern, haben wir keine Angst mehr; wir fühlen uns sicher. Wir fühlen uns sicher in unseren Häusern, in unserer Umgebung, in unserem Privatleben. Um die Angst auszutreiben, lasst uns Fürsorge üben. Deshalb sagte Gandhi, der große humanistische Politiker, dass es in der Politik darum geht, sich um die Dinge der Menschen zu kümmern. Es ist eine liebevolle Geste gegenüber dem Gemeingut. In der Politik geht es nicht darum, die Wirtschaft oder die Währung zu steuern; es geht darum, sich um die Menschen und die Menschen selbst zu kümmern, um die großen Anliegen, die ihr Leben prägen.

Und Gott sei Dank wurde in unserem Land eine Politik eingeführt, die der Bekämpfung des Hungers unserer Bevölkerung eine zentrale Bedeutung beimisst; sie macht die Eigentumsübertragung an die Ländereien der Ureinwohner und der Slumbewohner zu einer grundlegenden Aufgabe.

Unser Land kann, wenn es gut gepflegt wird, den Hunger aller Brasilianer und der Menschheit stillen, denn so groß ist die Größe unserer fruchtbaren Böden. Deshalb müssen wir Präsident Lulas Worte in allen Foren erklingen lassen:

„Wir brauchen keinen Krieg, wir brauchen Frieden. Wir brauchen keine Milliarden Dollar, um eine Todesmaschine zu bauen. Wir können dieses Geld umlenken, um Leben zu ermöglichen, Leben zu verlängern und dem Leben eine Zukunft zu geben. Statt Konkurrenz setzen wir auf Zusammenarbeit. Statt Angst setzen wir auf Fürsorge. Statt der Einsamkeit der Leidenden setzen wir auf Mitgefühl, das sich vor den Gefallenen verneigt, mit ihnen leidet, sie vom Boden aufrichtet und an ihrer Seite geht.“

Auf unserer Suche nach Frieden wollen wir das Wort Feind auslöschen, alle Menschen zu Verbündeten machen, alle, die weit weg sind, uns nahe bringen und diejenigen, die uns nahe stehen, zu Brüdern und Schwestern machen.

Als der Meister Jesus gefragt wurde: „Wer ist mein Nächster?“, antwortete er nicht. Er erzählte eine Geschichte, die jeder kennt: die vom barmherzigen Samariter. Dann macht Jesus klar, wer der Nächste ist: „Der Nächste ist der, zu dem man kommt.“ Es liegt an uns, alle Menschen – Männer und Frauen unterschiedlicher Herkunft, Herkunft und ideologischer Zugehörigkeit – zu unseren Nächsten zu machen. Sie nicht zu Feinden, sondern zu Verbündeten und Gefährten zu machen.

Wir erscheinen als Menschen, wenn wir das Brot teilen. Brot zu teilen bedeutet, ein Gefährte (Kum-pane) zu sein, wie der Ursprung des Wortes schon sagt: cum panis, jemand, der das Brot teilt, um mit einem anderen in Gemeinschaft zu treten. Wir sind als Wesen des Miteinanderteilens geboren. Was ist unsere Herausforderung? Das, was unsere dynamische Natur verlangt, als persönliches und politisches Projekt zu übernehmen: eine Gesellschaft der Zusammenarbeit, der gegenseitigen Fürsorge aufzubauen. Papst Franziskus hat uns eine strenge Warnung mit auf den Weg gegeben: „Wir sitzen alle im selben Boot; entweder wir retten uns alle oder niemand rettet sich selbst“.

Die Erd-Charta wiederum warnte auch, dass wir „eine globale Allianz bilden müssen, um für die Erde zu sorgen, um füreinander zu sorgen, sonst riskieren wir, uns selbst und die Vielfalt des Lebens zu zerstören“; eine Allianz der Zusammenarbeit mit der Natur und nicht gegen die Natur; eine Entwicklung, die gemeinsam mit der Natur und nicht auf Kosten der Natur durchgeführt wird.

Frieden lässt sich aufbauen. Nicht bloße Befriedung, wie Präsident Donald Trump sie propagiert, sondern Frieden, wie ihn die Erd-Charta definiert: „als die Fülle, die aus der richtigen Beziehung zu mir selbst, zu anderen, zur Gesellschaft, zu anderen Lebewesen, zu anderen Kulturen und zu dem Ganzen, dessen Teil wir sind, entsteht.“ Kurz gesagt: Frieden als Prozess der Gerechtigkeit, Zusammenarbeit, Fürsorge und Liebe. Dies ist die Grundlage, die uns die Wahrnehmung vermittelt, dass Frieden möglich und dauerhaft sein kann.

Es ist wichtig, nicht nur den Krieg zu bekämpfen, sondern auch den Frieden zu gewinnen. Frieden erfordert Engagement, und wir wollen darin Kräfte wecken, auch solche, die unsere Kräfte übersteigen. Das Universum ist ein unermessliches Netzwerk von Energien, die alle aus jener ursprünglichen Quelle schöpfen, aus der alles kommt und die Kosmologen „den Abgrund, der alle Wesen hervorbringt“ nennen und die Christen den Schöpfer nennen. Wir wollen, dass der Frieden des Schöpfers die Suche nach Frieden für die Menschheit stärkt. Dann wird das scheinbar Unmögliche möglich, eine freudige und glückliche Realität.

Leonardo Boff Autor von: Cuidar da Casa Comum:como protelar o fim do mundo, Vozes 2024.

Übersetzung Bettina Goldharnack

L’unione dell’ecologia interiore con la esteriore: il Cantico a Frate Sole di Francesco d’Assisi

Leonardo Boff

Nel 1967, nel suo articolo ampiamente diffuso “Le radici storiche della nostra crisi ecologica“, lo storico Lynn White Jr. accusò il giudeo-cristianesimo, a causa del suo viscerale antropocentrismo, di essere il fattore principale della crisi che ora è diventata di dominio pubblico. Inoltre, egli ha riconosciuto che questo stesso cristianesimo aveva un antidoto nel misticismo cosmico di San Francesco d’Assisi.

Per rafforzare questa idea, suggerì di proclamarlo “patrono degli ambientalisti”, cosa che Papa Giovanni Paolo II fece il 29 novembre 1979. Infatti, tutti i suoi biografi, come Tommaso da Celano, San Bonaventura, la Leggenda della Perugina (una delle fonti più antiche) e altre fonti contemporanee, attestano “l’unione amichevole che Francesco stabilì con tutte le creature…”. Diede i dolci nomi di fratelli e sorelle a tutte le creature, agli uccelli del cielo, ai fiori del campo e persino al feroce lupo di Gubbio.

Stabilì fraternità con i più discriminati, come i lebbrosi, e con tutte le persone, come il sultano musulmano Melek el-Kamel in Egitto, con il quale intrattenne lunghi dialoghi. Pregavano insieme. San Francesco assunse il titolo più alto che i musulmani attribuiscono ad Allah, “Altissimo”. Il Cantico delle Creature inizia con l’”Altissimo”.

Nell’uomo di Assisi, tutto è circondato dalla cura, simpatia e tenerezza. Il filosofo Max Scheller, professore di Martin Heidegger, nel suo celebre studio “L’Essenza e le forme della simpatia” (1926) dedica pagine brillanti e profonde a Francesco d’Assisi. Egli afferma: “Mai nella storia dell’Occidente è emersa una figura con una simile forza di simpatia ed emozione universale come quella che troviamo in San Francesco”. Mai più è stato possibile preservare l’unità e l’integrità di tutti gli elementi come in San Francesco, nelle sfere della religione, dell’erotismo, dell’azione sociale, dell’arte e della conoscenza” (1926, p. 110). Forse per questo Dante Alighieri lo definì “il sole di Assisi” (Paradiso XI, 50).

Questa esperienza cosmica prese forma brillante nel suo “Cantico di Frate Sole” o “Il Cantico delle Creature”. Lì troviamo una sintesi completa tra ecologia interiore (gli impulsi della psiche) ed ecologia esteriore, la relazione amichevole e fraterna con tutte le creature. Stiamo celebrando l’800° anniversario del Cantico di Frate Sole in un contesto così lamentevole come quello attuale. Per quanto possa sembrare strano, ha senso perché, in mezzo a un dolore fisico e spirituale insormontabile, Francesco d’Assisi ebbe un momento di illuminazione e creò e cantò con i suoi frati questo inno, che è pieno di ciò di cui abbiamo più bisogno: l’unione del cielo con la Terra, il significato sacramentale di Frate Sole, della Luna, dell’acqua, del fuoco, dell’aria, del vento e della Madre Terra, visti come segni del Creatore e, infine, la pace e la gioia di vivere e coesistere in mezzo alle tribolazioni che stava sperimentando e da cui anche noi siamo travolti.

Consideriamo innanzitutto il contesto in cui nacque l’inno. La Legenda Perugina ne contiene un resoconto dettagliato. Due anni dopo la stigmatizzazione sul Monte della Verna, Francesco fu colto da un grande amore, che, nel linguaggio di Bonaventura, significava una morte senza morte. Francesco era quasi cieco. Egli non poteva vedere questo sole. Sofferenze interiori ed esteriori lo affliggevano ripetutamente. L’ordine che aveva fondato stava diventando un’istituzione e non più un movimento di rigorosa osservanza del Vangelo. Questo lo faceva soffrire molto.

Era la primavera del 1225. Il luogo era la piccola cappella di San Damiano, dove vivevano Chiara e le sue consorelle. Pieno di dolore, non riusciva a trovare pace. Trascorse cinquanta giorni in una cella buia, incapace di vedere la luce del giorno o il fuoco della notte. Il dolore agli occhi gli impediva di dormire o riposare. Quasi disperatamente, egli pregò: “Aiutami, o Signore, nella mia malattia, affinché io possa sopportarla pazientemente”. Non chiese di esserne liberato, ma solo di poterla sopportare.

Mentre pregava, il suo biografo Tommaso da Celano annota che Francesco entrò in agonia. In mezzo a questa situazione, udì una voce dentro di sé: “Felice, fratello, e felice in mezzo alle tue afflizioni e malattie. In futuro, sarai al sicuro come coloro che sono nel mio regno.”

Francesco rimase pieno di una gioia incredibile. Il giorno sorse nella notte oscura. Si sentì trasportato nel regno di Dio, simbolo dell’illimitata riconciliazione della creazione decadente con il disegno del Creatore.

Allora Francesco si alzò, mormorò alcune parole e cantò l’inno a tutte le cose: “Altissimu, omnipotente, bon Signore“. Chiamò i suoi frati e cantò con loro il Cantico che aveva appena composto.

Altissimu, onnipotente, bon

Signore, tue sole laude, la gloria

e lhonore et onne benedictione.

Ad Te solo, Altissimu, se konfane

e nullu homo ène dignu Te

mentovare.

Laudato sie, miSignore, cum

tutte le Tue creature, spetialmente

messor lo frate sole, lo qual è

iorno, et allumini noi per lui. Et ellu

è bellu e radiante cum grande

splendore: de Te, Altissimo, porta

significatione.

Laudato si, miSignore, per sora

luna e le stelle: in celu l’ài formate

clarite e pretiose e belle.

Laudato si, miSignore, per frate

vento e per aere e nubilo e sereno

et onne tempo, per lo quale a le

Tue creature dài sustentamento.

Laudato si, miSignore, per

soraqua, la quale è multo utile et

humile e pretiosa e casta.

Laudato si, miSignore, per frate

focu, per lo quale ennallumini la

notte, et ello è bello e iocundo e

robustoso e forte.

Laudato si, miSignore, per sora

nostra matre terra, la quale ne

sustenta e governa, e produce

diversi fructi con coloriti flori et

herba.

Laudato si, miSignore, per quelli

ke perdonano per lo Tuo amore, e

sostengo infirmitate e tribulatione.

Beati quelli ke l sosterrano in

pace, ka da Te, Altissimo, sirano

incoronati.

Laudato si, miSignore, per

sora nostra morte corporale,

da la quale nullu homo vivente

pò skappare: guai a quelli ke

morrano ne le peccata mortali;

beati quelli ke trovarà ne le tue

santissime voluntati, ka la morte

secunda no l farrà male.

Laudate e benedicete miSignore

e ringratiate e serviateli cum

grande humilitate”.

Come ha dimostrato il francescano Éloi Leclerc (1977), sopravvissuto ai campi di sterminio nazisti, per Francesco elementi esterni come il sole, la terra, il fuoco, l’acqua, il vento e altri non erano solo realtà oggettive, ma realtà simboliche, emozionali, veri e propri archetipi che forniscono energia alla psiche nel senso di una sintesi tra l’esteriore e l’interiore, e un’esperienza di unità con il Tutto. Francesco canta il sole, la luna, le stelle e gli altri esseri, incapace di vederli perché, alla fine della sua vita, era praticamente cieco. Egli include nella sua lode la cosa più difficile da integrare: la morte. Nella biografia di Celano, la morte è resa ospite di Francesco. Egli dice giovialmente: “Benvenuta, mia sorella Morte”.

San Francesco, per la sua tenerezza e la sua illimitata fratellanza, è diventato un uomo universale. Realizza pienamente il progetto umano di armonia con tutto il creato, sentendosi parte di esso come un fratello. Egli suscita in noi la speranza di poter vivere in pace con la Madre Terra.

Leonardo Boff, ha scritto “Francisco de Assis: ternura e vigor”, Vozes 1982.

(Traduzione dal portoghese di Gianni Alioti)

Por qué no paramos de hacer guerras

Leonardo Boff*

En estos momentos estamos viviendo tiempos dramáticos con guerras de gran letalidad en Ucrania, en Congo, terribles en la Franja de Gaza con un genocidio a cielo abierto, ante la indiferencia de aquellas naciones que nos legaron los derechos del humanos, la idea de democracia y el ser humano como fin y nunca como medio. Particularmente trágica es la guerra entre Israel e Irán que, si no es contenida, podría generalizarse en una guerra total, con el riesgo de poner fin a la biosfera y a nuestra existencia en este planeta.

La pregunta que quiero plantear es inquietante y muy realista: ¿qué paz es posible dentro de la condición humana tal como se presenta hoy día? ¿Podemos soñar con un reino de paz? Según estamos estructurados como personas, como comunidades, como sociedades, ¿qué tipo de paz? Rechazamos la afirmación: si quieres la paz, prepara la guerra.

Traigo aquí algunas reflexiones que exigen realismo y desafían nuestra voluntad política de construir la paz. Porque la paz no viene dada, la paz es resultado de un proceso de todos los que buscan el camino de la justicia, que protestan contra un tipo de mundo que no deja a los seres humanos ser humanos unos para otros, un israelí con un palestino.

Empiezo recordando algunos datos de las ciencias de la vida y de la Tierra, pues ellas nos ayudan a pensar. ¿Qué nos dicen? Que todos nosotros, el universo entero, venimos de una gran explosión ocurrida hace 13.700 millones de años. Hay  instrumentos que pueden captar el eco de esa inmensa explosión en forma de una minúscula onda electromagnética. Aquella produjo un caos enorme. Nosotros venimos del caos, de la confusión inicial, pero el universo –impregnado de interrelaciones– empezó a expandirse y mostró que el caos no es solo caótico sino que puede ser también creativo. El caos genera dentro de sí órdenes. El proceso cosmogénico crea armonía y, al expandirse creando espacio y tiempo, creó el cosmos. Cosmos, de donde viene la palabra cosmético que todos conocen, es belleza y orden. Pero el caos nos acompaña como una sombra. Por eso el orden es siempre creado contra el desorden y a partir del desorden. Pero ambos, orden y desorden, caos y cosmos siempre van juntos, coexisten juntos.

Y, llegando al nivel humano, ¿cómo aparecen? Aparecen bajo dos dimensiones de sapiencia y de demencia. Nosotros somos homo sapiens sapiens, seres de inteligencia y, simultáneamente, somos homo demens demens, seres de demencia, de negación de la justa medida. En primer lugar somos seres de inteligencia, de sapiencia, es decir, somos portadores de consciencia. Somos seres societarios, cooperativos. Seres que hablan, seres que cuidan, seres que pueden crear arte, hacer poesía y entrar en éxtasis.

Ocupamos ya el 83% de nuestro planeta, ya hemos ido a la luna y a través de una nave espacial hemos ido más allá del sistema solar. Si algún ser inteligente abordara esta nave –que ha salido del sistema solar y va a circular durante tres mil millones de años por el centro de nuestra galaxia– podrá ver mensajes de paz escritos en ella, en más de cien lenguas, como también el llanto de un niño, el sonido de un beso de dos enamorados y fórmulas científicas. La palabra paz está escrita en más de cien lenguas, como mir, peace, shalom, pax, mensaje que nosotros queremos hacer llegar al universo.

Somos seres de paz, y simultáneamente somos seres de violencia. Dentro de nosotros existe crueldad, exclusión, odios ancestrales, cosa que estamos presenciando en nuestro país y principalmente en la guerra contra los palestinos de la Franja de Gaza y en la guerra entre Israel e Irán. Hemos demostrado que podemos ser homicidas, matamos a personas. Podemos ser etnocidas, matamos etnias, pueblos, como los 61 millones de pobladores indígenas de América Latina; es nuestro holocausto, raramente mencionado. Podemos ser biocidas, podemos matar ecosistemas, como gran parte de la Floresta Atlántica, parte de la Amazonia y las grandes selvas del Congo. Y hoy podemos ser geocidas, podemos devastar salvajemente nuestro planeta vivo, la Tierra.

Todo eso podemos ser, el Satán de la Tierra. Y aquí surge la angustiada pregunta: ¿Cómo construir la paz, si somos la unidad de esa contradicción, del caos y del cosmos, del orden y del desorden, de la sapiencia y la demencia? ¿Qué equilibrio podemos buscar, y debemos buscar, en ese movimiento contradictorio para que podamos vivir en paz? La propia evolución nos ha ayudado, ella es sabia y nos ha dado una señal. Ella nos dice que aquello que hace al ser humano ser humano –diferente de otras especies– es nuestra capacidad de ser cooperativos, seres sociales, seres de lenguaje, de diálogo y de reciprocidad.

Cuando nuestros antepasados salían a cazar, no hacían como los chimpacés. Estos, los chimpancés, son nuestros parientes más cercanos, con un 98% de carga biológica en común.

¿Y cómo se dio el salto del mundo animal al mundo humano? Cuando nuestros antepasados salían a cazar no comían privadamente su caza –como hacen los otros animales–, la llevaban a sitios comunes y dividían fraternalmente entre ellos todo lo que recogían como alimento. El salto se dio por la comensalidad, por nuestra capacidad de ser cooperativos y sociales. Y por el hecho de ser cooperativos y sociales surgió el lenguaje, que es una de las definiciones del ser humano. Sólo nosotros hablamos. Por eso, la esencia del ser humano es ser un ser hablante, solidario, cuidadoso y cooperativo.

¿Cuál es la perversidad del sistema bajo el cual todos nosotros sufrimos? Un sistema mundialmente integrado bajo el dominio de la economía de mercado y del capital especulativo. Es un sistema solo competitivo y nada cooperativo. Es un sistema que no ha dado todavía el salto a la humanidad, vive la política del chimpancé, donde cada uno acumula privadamente y no pone en común para otros semejantes suyos.

Pero ya que tenemos las dos dimensiones dentro, de demencia e inteligencia, competitividad y cooperación, es propio del ser humano imponer límites a la competitividad. Es reforzar todas las energías que van en dirección a la cooperación, a la solidaridad, a cuidarnos unos a otros. Haciendo así, reforzamos lo auténticamente humano en nosotros y creamos las bases para una paz posible y sostenible.

Es propio de los seres humanos cuidar. Sin cuidado no se puede salvaguardar la vida, no se expande, fenece y muere. Entonces, la cooperación y el cuidado son los dos valores fundamentales que están en la base de cualquier proyecto productor de paz. No es cerrar la mano, es extender la mano en dirección a otra mano. Es entrelazar las manos creando la corriente de la vida, de cooperación y solidaridad, que son las condiciones que podrán generar la paz entre los humanos.

Cuando cuidamos unos de otros, no temos ya miedo; tenemos seguridad. Seguridad de vivienda, del medio ambiente, de la vida personal. Para exorcizar el miedo apliquemos cuidado. Por esta razón, ya Gandhi –ese gran político humanista– decía que la política es el cuidado de las cosas del pueblo. Es el gesto amoroso con las cosas que son comunes. Política no es gerenciar la economía, las monedas, es cuidar a las personas y al pueblo, es cuidar las grandes causas que hacen la vida del pueblo.

Y, gracias a Dios, en nuestro país, se inauguró una política que da centralidad al cuidado del hambre de nuestra población, que pone como fundamental la titulación de las tierras de los pueblos originarios y de los que viven en favelas.

Nuestro país, bien cuidado, puede ser la mesa puesta para el hambre de todos los brasileros y para el hambre de la humanidad, tal es la grandeza de nuestros suelos productivos. Entonces, debemos dejar resonar el discurso del presidente Lula en todos los foros:

“No necesitamos guerra, necesitamos paz. No necesitamos miles de millones de dólares para construir la máquina de muerte, podemos reordenar ese dinero para propiciar vida, expandir la vida, dar futuro a la vida. En lugar de la competición poner la cooperación. En lugar del miedo poner el cuidado. En lugar de la soledad de quien sufre, la compasión de quien se inclina sobre el caído, sufre con él, lo levanta y camina con él”.

En nuestra búsqueda de paz queremos borrar la palabra enemigo; hacer de todos los seres humanos, aliados; hacer de todos los que están lejos, próximos y a los próximos hacerlos hermanos y hermanas.

Cuando preguntaron al maestro Jesús “quién es mi prójimo”, él no respondió. Contó una historia que todos conocemos, la del buen samaritano. Ahí Jesús deja claro quién es el prójimo. “Prójimo es aquel de quien estoy próximo”. Depende de nosotros hacer a todos los humanos –hombres y mujeres de las distintas razas, procedencias, inscripciones ideológicas– hacerlos nuestros prójimos. No dejar que sean enemigos, sino aliados y compañeros.

Nos mostramos como seres humanos cuando compartimos el pan. Compartir el pan es ser com-pan-ñero, como el propio origen de la palabra sugiere: cum panis, aquel que comparte el pan para entrar en comunión con el otro. Nacemos como seres de com-pan-ñerismo. ¿Cuál es nuestro desafío? Asumir como proyecto personal, proyecto político aquello que nuestra naturaleza en su dinámica pide: construir una sociedad de cooperación, de cuidado de unos a otros. El Papa Francisco nos legó esta seria advertencia: “estamos todos en el mismo barco: o nos salvamos todos o no se salva nadie”.

La Carta de la Tierra a su vez también advirtió que debemos “formar una alianza global, para cuidar de la Tierra y cuidar unos de otros, en caso contrario nos arriesgamos a nuestra destrucción y a la de la diversidad de la vida”. Una alianza de cooperación con la naturaleza y no contra la naturaleza; un desarrollo que se hace con la naturaleza y no a costa de la naturaleza.

La paz puede ser construida. No una mera pacificación como propone el presidente Trump, sino la paz tan bien definida por la Carta de la Tierra “como la plenitud que resulta de la correcta relación consigo mismo, de la correcta relación con el otro, con la sociedad, con otras vidas, con otras culturas y con el Todo del cual somos parte”. En una palabra, la paz como un proceso de justicia, de cooperación, de cuidado y de amorización. Ese es el fundamento que nos da la percepción de que la paz es posible y que puede ser perpetua.

Importa no sólo oponernos a la guerra sino conseguir la paz. Entonces la paz exige compromiso; para él queremos invocar fuerzas, también aquellas que van más allá de nuestras fuerzas. El universo es una inconmensurable red de energías, todas ellas beben en la Fuente originaria de donde todo viene y proviene a la cual los cosmólogos llaman El abismo generador de todos los seres y los cristianos llamamos Creador. Queremos que la paz del Creador refuerce la búsqueda de la paz humana. Entonces lo que parece imposible se vuelve posible, una sonriente y feliz realidad.

*Leonardo Boff ha escrito Cuidar de la Casa Común: cómo retrasar el fin del mundo, Vozes 2024.

Traducción de MªJosé Gavito Milano