Em tempos de Trump esperam-nos tempos dramáticos e trágicos

Leonardo Boff

         Se tomarmos a sério o projeto imperial de Donald Trump sob o lema”America First(em entendido só a América) não é impensável que tempos dramáticos e até trágicos possam ocorrer. Seu propósito básico é usar o poder para todos os âmbitos é da vida. Compreendamos bem o tipo de poder. Não como expressão da cidadania, mas o poder como dominação no sentido que os pais fundadores da modernidade, Galileu,Galilei,Descartes.Newton, especialmente Francis Bacon conferiram a poder: é a vontade de potência/dominação sobre a natureza, sobre os povos (colonização) sobre as classes, sobre a matéria até o  último topquark, sobre a vida até seu último gene. Esse projeto formulado na Europa, com o qual dominaram o mundo, foi radicalizado por Trump. E talvez tenha chegado também ao seu fim.

         Percebendo o império norte-americano em  ocaso, assume o poder como dominação na sua maior radicalidade. Passa por cima da ONU, da OMC, OMS, de acordos internacionais, não respeite lei nenhuma, rompe com os próprios amigos como os europeus. Tenta o diálogo, senão  faz funcionar uso da força e da rendição do adversário. Nesse afã de poder bem no estilo de Hobbes,  grande teórico do poder, se propõe agregar aos USA o Canadá,se apropriar da Groenlândia e ocupar o canal da Panamá.

         Talvez a dimensão mais desumana e cruel seja a expulsão de milhões imigrantes indocumentados, dividindo famílias, negando cidadania americana a nascidos nos USA, de filhos de imigrantes. Sua arrogância de fazer “a América Novamente Grande”(MAGA) o levou  a impor altas tarifas a produtos importados e ameaçando com pesadas penas econômicas e políticas aos países que se negarem a atender a suas pretensões. Deixa claro que os USA é o único país cujos interesses são globais e se dá o direito de intervir para fazer a América Grande Novamente.

         Todos os acordos mundiais acertados para minorar o efeito estufa foram por ele abandonados e considerados ridículos como o Acordo de Paris de 2015. Incentiva exploração de energias fósseis e de carvão, principais causadores dos bilhões de toneladas de CO2 e metano lançados anualmente na atmosfera. É um negacionista radical,negando a ciência, fazendo cortes profundos à pesquisa notoriamente avançada nos USA. Levar a efeito tal propósito que vai contra a corrente mundial preocupada com o aquecimento global, com os efeitos extremos que revelam que  a Terra está mudando e até já  mudou, faz-se um inimigo da vida e da Humanidade. Possui uma mente assassina   e ecocida,obcecado pelo poder absoluto, submetendo todo o planeta como seu fosse o seu quintal ampliado do qual pode dispor como quiser.

         Logicamente a todo poder absoluto se opõe outro poder  que lhe resiste e rejeita a  estratégia de dominação mundial. O que Trump quer conservar com unhas e dentes  é considerar se país o único poder a conduzir os destinos do planeta. Opõe-se radicalmente a mundo multipolar, pois potências poderosas como a China e a Rússia  e eventualmente os BRICs estão na mesma arena política, disputando poder no cenário mundial.

         Como Noam Chomsky e outros analistas da geopolítica mundial têm observado depois de uma guerra econômica segue uma guerra militar. Observa ainda Chomski que há suficientes loucos no Pentágono que arriscariam uma guerra letal segundo a fórmula 1+1=0, vale dizer, um destrói totalmente o outro e leva junto toda a humanidade. Se isso ocorrer, será o fim de grande parte da humanidade o céu ficará branco pelas particulas, a fotosíntese das plantas e florestas será praticamente impossível, haverá perda das safras,  grande fome, doenças derivadas do terror  nuclear e morte de milhões.Foi o  sonho prognóstico de C.G.Jung antes de morrer.

         Tal tragédia não é impossível porque os dados estão aí e nossa cultura insana que instaurou a ditadura da razão analítica sem qualquer consciência e compaixão pelas consequências daí derivadas; criou o princípio de auto-destruição; salvaguarados todos os benefícios que essa razão, inegavelmente trouxe para a vida humana. Mas tudo isso pode perder-se.

         Outros analistas aventam a possibilidade que não haverá guerras letais mas total redição da potência que chegou atrasas do desenvolvimento da IA autônoma, capaz de controlar cada pessoa,toda a estrutura energética e toda a vida de um país. Por isso há uma desesperada corrida pela IA tipo DEEP Seek, pois quem chega primeiro paralisaria o pais do concorrente e tornaria totalmente ineficaz seu aparato bélico. Seria a abominação da desolação, em termos bíblicos, um drama atrás do outro e, quem sabe, o fim trágico do experimento humano. Depois que assassinamos o Filho de Deus quando se encarnou em nossa existência, nada mais trágico poderia acontecer, segundo a crença crista.

Nos perguntamos, por que  não temos desenvolvido a Emoção Radical, já que esta é a milhões de anos mais ancestral e mais fundamental em nos, que a Inteligência? Esta jamais seria negada por ser um característica essencial de nossa existência, mas com a incorporação da Emoção Artificial que prefiro chamar de Radical, por ser a raiz de nosso ser profundo e ser onde  razão continuamente molha suas sizes, outra seria a atual situação humana: imperaria mais amor que ódio,mais cooperação que competição,mais cuidado que devastação da natureza.

         A vida passou por imensas crise e sempre sobreviveu, não será agora que vai desaparecer miseravelmente pela nossa falta de cuidado e de justa medida.

Leonardo Boff escreveu A busca a justa medida: como equilibrar o planeta Terra, Vozes 2024.

Die Erde gehört allen – Erde und Menschheit bilden eine Einheit

                Leonardo Boff            

In jüngster Zeit sind wir in verschiedenen Teilen der Welt Zeugen schrecklicher Konflikte und Kriege um Territorien geworden, insbesondere im Gazastreifen, im Sudan und in der Ukraine. Aus ökologischer Sicht erscheint uns das alles ziemlich lächerlich.

 Bereits 1795 schrieb der Philosoph Immanuel Kant (1724-1804) in seinem berühmten Text „Zum Ewigen Frieden“, dass die Erde der Menschheit gehört und ein gemeinsames Gut für alle ist. Niemand besitzt die Erde oder hat vom Schöpfer eine Besitzurkunde erhalten.  Deshalb gibt es für uns keinen Grund, uns untereinander zu streiten, wenn alles uns gehört. Heute würden wir diese Lesart Kants dahingehend ergänzen, dass die Erde der Gemeinschaft des Lebens gehört, der Natur, der Flora und Fauna und den Abermillionen unter der Erde verborgenen Mikroorganismen, Bakterien, Pilzen und Viren. Ihnen allen gehört die Erde, denn sie sind durch sie entstanden und brauchen sie zum Leben.

 Gäbe es ein Mindestmaß an Vernunft in den Köpfen der Menschen, wäre dies offensichtlich, und wir würden alle in ewigem Frieden auf der gleichen Erde als Unserem gemeinsamen Zuhause leben. Aber da wir sowohl weise als auch verrückt sind, Träger der Vernunft und des Wahnsinns, überwiegt zu bestimmten Zeiten der Wahnsinn und zu anderen Zeiten die Weisheit. Heute scheint der allgemeine Wahnsinn zu überwiegen. Daher auch die Landstreitigkeiten, die zu tödlichen Kriegen führen. Aber sehen wir uns einige Daten an.

 Das Universum existiert seit 13,7 Milliarden Jahren. Die Sonne seit 5 Milliarden Jahren. Die Erde entstand vor 4,45 Milliarden Jahren. Der primitive Mensch vor 7-8 Millionen Jahren. Der Homo sapiens sapiens, von dem wir abstammen, vor 100.000 Jahren. Wenn wir die 13,7 Milliarden Jahre auf ein kosmisches Jahr reduzieren, wie es der Kosmologe Carl Sagan getan hat, wurden wir am 31. Dezember um 23 Stunden 59 Minuten 59 Sekunden geboren. Wir sind also ein fast unmerklicher Moment im kosmischen Ablauf, ein winziges Sandkorn in der Gesamtheit der Wesen. Aber unsere Größe liegt in der Erkenntnis, dass wir das sind und dass wir unseren Platz und unsere Verantwortung im Verhältnis zu allen Wesen kennen.   

 Vom Mond aus, so bezeugen die Astronauten, erscheint die Erde als ein strahlend blauer und weißer Planet, der in die Handfläche passt, ein winziger Körper in der dunklen Unermesslichkeit des Universums.

Es ist der dritte Planet von der Sonne aus, eine Vorstadtsonne, ein durchschnittlicher Stern der fünften Größenklasse, eine unter zweihundert Milliarden Sonnen in unserer Galaxie, der Milchstraße. Diese Galaxie ist eine von hundert Milliarden anderen Galaxien sowie unzähligen Galaxienhaufen. Das Sonnensystem liegt 28.000 Lichtjahre vom Zentrum der Milchstraße entfernt auf der Innenseite des Orion-Spiralarms.

 Das Zeugnis des Astronauten Russell Schweikart, der die Erde von außen sehen konnte, fasst die Schilderungen seiner Begleiter zusammen: „Von außen betrachtet, wird einem klar, dass alles, was für einen von Bedeutung ist, die ganze Geschichte, die Kunst, die Geburt, der Tod, die Liebe, die Freude und die Tränen, all das in diesem kleinen blau-weißen Punkt steckt, den man mit dem Daumen abdecken kann. Und aus dieser Perspektive erkennen Sie, dass sich alles an Ihnen verändert hat, dass es etwas Neues gibt, dass die Beziehung nicht mehr dieselbe ist wie vorher“ (The Overview Effect, Boston 1987, S.200).

Isaac Asimov, ein großer russischer Verbreiter kosmologischer Daten, erklärte auf Anfrage des New York Times Magazine am 9. Oktober 1982 anlässlich des 25. Jahrestages des Starts des Sputniks, mit dem das Weltraumzeitalter eingeleitet wurde: „Das Erbe dieses Vierteljahrhunderts der Raumfahrt ist die Erkenntnis, dass Erde und Menschheit aus der Perspektive eines Raumfahrzeugs eine Einheit bilden.“ Beachten Sie, dass er nicht sagt, dass sie eine aus einer Reihe von Teilen resultierende Einheit bilden. Darin heißt es weiter, dass wir eine Einheit bilden, das heißt ein einziges Wesen, komplex, vielfältig, widersprüchlich und mit großer Dynamik ausgestattet.

Eine solche Behauptung setzt voraus, dass das Menschsein nicht nur auf die Erde beschränkt ist. Er ist kein wandernder Pilger, kein Passagier, der aus anderen Teilen kommt und anderen Welten angehört. Nein. Er, als Homo (Mensch), kommt vom Humus (fruchtbaren Boden). Er ist Adam (was auf Hebräisch „Sohn der fruchtbaren Erde“ bedeutet), der aus Adamah (fruchtbare Erde: Gen 2:7) geboren wurde. Er ist der Sohn und die Tochter der Erde. Darüber hinaus ist er die Erde selbst in ihrem Ausdruck von Bewusstsein, Freiheit und Liebe. Durch sie betrachtet sie das Universum.

In der Enzyklika zur ganzheitlichen Ökologie „Laudato Sì: Über die Sorge für das gemeinsame Haus“ (2015) von Papst Franziskus heißt es: „Die gegenseitige Abhängigkeit aller Geschöpfe ist von Gott gewollt. Die Sonne, der Mond, die Morgenröte und die Blume, der Adler und der Spatz: Der Anblick ihrer zahllosen Verschiedenheiten und Ungleichheiten bedeutet, dass kein Geschöpf sich selbst genügt; Sie existieren nur in Abhängigkeit voneinander, um sich im gegenseitigen Dienst zu ergänzen“ (Nr. 86).

Das Universum brauchte 13,7 Milliarden Jahre, um dieses bewundernswerte Werk zu erschaffen, das wir Menschen als Gärtner pflegen und als treue Wächter bewahren müssen. Wir teilen das gleiche Schicksal, die Erde-Menschheit, denn wir gehören zusammen. Leider haben wir unsere Mission nicht erfüllt und wissen nicht, was uns von nun an erwartet. Hoffen wir auf etwas Segensreiches: die Erde für alle.

Leonardo Boff

Übersetzung von Bettina Goldhartnack

La Tierra es de todos. Tierra y Humanidad son una sola cosa

Leonardo Boff*

En los últimos tiempos estamos presenciando horrorizados conflictos y guerras en varias partes del planeta, luchando por partes de sus territorios, especialmente en la Franja de Gaza, en Sudán y en  Ucrania. Desde un punto de vista ecológico, todo eso nos parece un tanto ridículo.

           Ya en 1795 en su famosos texto La Paz Perpetua el filósofo Immanuel Kant (1724-1804) escribía que la Tierra pertenece a la humanidad y es un bien común de todos. Nadie es dueño de la Tierra o recibió del Creador una escritura de propiedad de ella. Por esta razón no hay porqué luchar entre nosotros, si todo es nuestro. Hoy enriqueceríamos esta lectura de Kant diciendo que la Tierra pertenece a la comunidad de vida, a la naturaleza, a la flora y a la fauna y a los trillones de trillones de microorganismos escondidos en el subsuelo, bacterias, hongos y virus. La Tierra es de todos ellos, pues han sido generados por ella y la necesitan para vivir.

           Si hubiese un mínimo de sensatez en la cabeza de los humanos, esto sería una evidencia y todos viviríamos en la misma Tierra como en Nuestra Casa Común en una paz perpetua. Pero como somos al mismo tiempo sapientes y dementes, portadores de razonabilidad y de demencia, hay épocas en las que la insensatez predomina y en otras, la sensatez. Hoy parece predominar la demencia generalizada. De ahí la disputa por tierras debido a las cuales se entablan guerras letales. Pero veamos algunos datos.

           El universo existe desde hace 13.700 millones de años. El sol hace 5.000 millones de años. La Tierra hace 4.450 millones de años. El ser humano primitivo hace 7-8 millones de años. El homo sapiens sapiens, de quien descendemos, hace 100 mil años. Si reducimos los 13.700 millones de años a un año cósmico, como hizo el cosmólogo Carl Sagan, nosotros nacimos el día 31 de diciembre, a las 23 horas 59 minutos y 59 segundos. Somos por tanto un momento casi imperceptible del curso cósmico, un minúsculo grano de arena en el conjunto de los seres. Pero nuestra grandeza reside en tener conciencia de que somos eso y de que sabemos nuestro lugar y nuestra responsabilidad frente al conjunto de los seres.                   

           Desde allí arriba, desde la Luna, confirman los astronautas, la Tierra emerge como un planeta esplendoroso, azul y blanco, que cabe en la palma de la mano, un cuerpo pequenísimo en la inmensidad oscura del universo.

           Es el tercer planeta del Sol, un sol de suburbio, estrella media de quinta grandeza, uno entre otros doscientos mil millones de soles de nuestra galaxia, la Vía Láctea. Esta galaxia es una entre cien mil millones de otras galaxias junto con conglomerados incontables de galaxias. El sistema solar dista 28 mil años luz del centro de la Vía Láctea, en la cara interna del brazo espiral de Orion.

         El testimonio del astronauta Russel Scheweickhart que pudo ver la Tierra desde fuera de la Tierra, resume los relatos de sus compañeros: “Vista desde fuera, percibes que todo lo que nos es significativo, toda la historia, el arte, el nacimiento, la muerte, el amor, la alegría y las lágrimas, todo eso está en aquel pequeño punto azul y blanco que puedes tapar con el dedo pulgar. Desde esa perspectiva se entiende que en nosotros cambió todo, que empieza a existir algo nuevo, que la relación ya no es la misma que era antes” (The Overview Effeckt,Boston 1987,p.200).

Como declaró Isaac Asimov, gran difusor ruso de datos cosmológicos, el día 9 de octubre de 1982 a solicitud de la revista New York Times, celebrando los 25 años del lanzamiento del Sputnik que inauguró la era espacial: “el legado de este cuarto de siglo espacial es la percepción de que, en la perspectiva de las naves espaciales, la Tierra y la humanidad forman una única entidad”. Nótese que no dice que forman una unidad, resultante de un conjunto de partes. Afirma mucho más, que formamos una única entidad, es decir, un único ser, complejo, diverso, contradictorio y dotado de gran dinamismo.

Tal afirmación presupone que el ser humano no está solo sobre la Terra. No es un peregrino errante, un pasajero venido de otras partes y perteneciente a otros mundos. No. Él, como homo (hombre) viene de húmus (tierra fértil). Él es Adam (que en hebreo significa el hijo de la Tierra fértil) que nació de Adamah (Tierra fecunda: Gen 2,7). Es hijo e hija de la Tierra. Más aún, es la propia Tierra en su expresión de conciencia, de libertad y de amor. A través de él ella contempla el universo.

           Como lo afirma la encíclica de ecología integral del Papa Francisco Laudato Sì: como cuidar de la Casa Común (2015): “La interdependencia de todas las criaturas es querida por Dios. El sol y  la luna, el cedro y la florecilla, el águila y el gorrión, las  innumerables diversidades y desigualdades significan que ninguna criatura se basta a sí misma; que no existen sino en interdependencia unas de otras, para complementarse y servirse mutuamente” (n.86).

           El universo caminó 13.700 millones de años para producir esta admirable obra que nosotros, los seres humanos, recibimos como herencia para cuidar como jardineros y preservar como guardianes fieles. Tierra-humanidad tenemos el mismo destino, pues nos pertencemos mutuamente. Lamentablemente no hemos cumplido nuestra misión y no sabemos lo que os espera de aquí en adelante. Ojalá algo bienventurado: la Tierra para todos.

*Leonardo Boff ha escrito La Tierra en la palma de nuestra mano, Vozes 2016.

China-Brasilien jenseits der Wirtschaft -die alte Weisheit

          Leonardo Boff

            China ist einer der wichtigsten Handelspartner Brasiliens. Mit der deutlichen Abkehr von der westlichen Vorherrschaft entwickelt es sich zur wichtigsten Macht des 21. Jahrhunderts. Der chinesische Stil unterscheidet sich deutlich vom westlichen Stil, der sich nicht nur für den Besten und Stärksten hält, sondern ihn auch weltweit vermarkten muss. Die Chinesen sind zurückhaltend und schätzen Stille, mittlere und lange Zeiträume. Sie wissen, wie man auf die Zeit wartet, um zu reifen. Das von Xi Jinping vorgeschlagene große Ideal ist: Eine Gemeinschaft mit einer gemeinsamen Zukunft für die Menschheit, auch übersetzt als Schicksalsgemeinschaft. Dies ist ein großzügiges Ideal, das es zu verwirklichen gilt.

Unter Analysten der Weltgeopolitik wird oft gesagt, dass auf einen Wirtschaftskrieg, wie er von Trump vor allem gegen China geführt wird, ein Krieg folgen wird. Die angelsächsische West-Achse wird niemals aufgeben, der einzige Pol zu sein, der den Kurs der Welt steuert und den Dollar als einzige Referenzwährung hat. Es bedurfte nur der arroganten Entscheidung Trumps, 500 Milliarden Dollar für die Produktion neuer, möglichst leistungsfähiger KI-Chips bereitzustellen, damit China aus seinem Schweigen erwachte und die Deep-Seek-Plattform mit ihren Billionen von Algorithmen ankündigte, die billiger und für jeden zugänglich ist. Das hat die stolzen Besitzer der großen bekannten Plattformen in die Knie gezwungen, die aufgrund der immensen Überlegenheit Chinas an einem einzigen Tag eine Billion Dollar an Marktwert verloren haben. Sollte es zu einem Krieg kommen, wird China ihn gewinnen, aber nur mit KI oder sogar mit taktischen Atomwaffen, nicht mit strategischen, die das Ende der menschlichen Spezies bedeuten würden.

Es ist klar, dass die Beziehungen zwischen China und Brasilien eine strategische Bedeutung haben, die über den reinen Handel hinausgeht. Brasilien kann von der Öffnung gegenüber Chinas alten kulturellen Werten und der Weisheit der Vorfahren nur profitieren. China zeichnet sich durch sein unersättliches Streben aus, Gegensätze zu integrieren und kosmische und psychische Kräfte zu harmonisieren. In einem so gespaltenen Land wie dem unseren wäre dies ein Heilmittel.

Wir Westler sind die Erben einer linearen Denkweise, die ständig mit dem Prinzip von Identität und Widerspruch arbeitet, das später durch das dialektische Denken bereichert wurde. Unsere anthropologische Haltung hat uns zu Imperialisten und Beherrschern aller Völker und zu Zerstörern aller Unterschiede gemacht. Sie werden entweder in die westliche Gleichheit integriert oder subalterniert und sogar vernichtet. Das ist die Tragödie des Westens, der sich jetzt in seiner Dämmerung befindet. Deep Seek prangerte an, dass der Neoliberalismus des westlichen Wirtschaftsmodells „menschlich untragbar und historisch überholt“ sei. Es ist dazu bestimmt, zu verschwinden. Dies untergräbt die Grundlagen der derzeitigen westlichen Unipolarität.

Die chinesische Weisheit versucht immer, Gegensätze einzubeziehen. Diese Haltung wird durch den berühmten Kreis ausgedrückt, in dem zwei kleine Fische, einer im Schatten, der andere im Licht, ineinander verschlungen sind. Es ist die Präsenz der beiden universellen Kräfte Yin und Yang (Himmel und Erde, Licht und Schatten, Männlich und Weiblich), die in die Zusammensetzung aller Wesen einfließen. Yin-Yang konkretisiert Qi/Chi, die ursprüngliche und geheimnisvolle Energie, die alles erhält, auch Tao genannt. Das Tao wird auf tausend Arten interpretiert, aber die eindrucksvollste ist für mich der konventionelle Weg. Tao wäre die Energie, durch die wir den Weg bauen, Energie, die jeglicher Realität zugrunde liegt. Das Tao steckt in allem, sagt Zhuangzi, vom Mist auf dem Feld bis zum Kopf des Kaisers. Der Taoismus ist keine Religion, sondern ein Weg der Weisheit. Die bestehenden Religionen sind Reaktionen auf die Wahrnehmung des Tao, ebenso wie Küche, Kunst, Politik und Ethik.

Als ich zusammen mit anderen auf offizielle Einladung China besuchte, beeindruckte mich vor allem diese ganzheitliche Vision der allgemeinen Kultur. Es durchdrang die Menschen und das tägliche Leben und machte den einfachen Chinesen pragmatisch, fleißig und detailorientiert, wie in Gemälden, und gleichzeitig nachdenklich, ernst und gelassen, wie in den Figuren der Meister. Diese Konvergenz der Gegensätze führte zu einer Kultur der Fürsorge, die für das chinesische Ethos von grundlegender Bedeutung ist. Sorgfalt zielt immer darauf ab, Energien auszugleichen, auch gegensätzliche. Daraus resultiert eine fast heilige Haltung des Respekts gegenüber jedem Wesen, da sie Träger der Energie des Tao sind. Die chinesische Medizin, zu deren Produkten Tees, Akupunktur und Massagen gehören, steht für die Aktivierung dieser Energie. Gesundheit bedeutet, im Einklang mit den Energien und dem Tao zu sein.

Der wichtigste Wert in der chinesischen Tradition und auch in der Politik ist die Freundschaft. Dabei handelt es sich weniger um ein subjektives Gefühl als vielmehr um die ehrfürchtige Akzeptanz von Andersartigkeit. Freundschaft zeigt sich im Teilen und Unterstützen. „Teilen ist fair“ ist eine Maxime der chinesischen Ethik. Für uns gehört das Teilen zur Ordnung der „Unentgeltlichkeit, dessen, was sein kann oder nicht.“ Wenn in China eine Gruppe willkommen geheißen wird, wird ihr als Zeichen der Freundschaft ein reichhaltiges Bankett angeboten. Für die Chinesen gehört das Teilen zur objektiven Ordnung des Seins. Teilen und Solidarität zeigen bedeutet, Yin und Yang koexistieren zu lassen. Dann werden die Rechte aller respektiert und es herrscht Gerechtigkeit.

Ein weiterer wichtiger Wert ist der Konsens, im Gegensatz zu unserer politischen Kultur, die nach Hegemonie strebt. Konsens bedeutet nicht, alle Unterschiede auf eine einzige Position zu reduzieren. Es ist die akzeptierte Koexistenz ihres Reichtums, die gemeinsam eine höhere Konvergenz schafft, die für alle Beteiligten von Vorteil ist.

Schließlich stellt die Heimat einen sehr hohen Begriff dar. Sie ist die archetypische Darstellung von Himmel und Erde, sie ist das Zelt des Tao, die soziale Verwirklichung von Ying und Yang. Heimat sind die Vorfahren, deren Asche die Familien über Jahrhunderte begleitet. China ist ein Land, in dem Regierungen geteilt sein können und das auch passieren kann. Aber China bleibt immer, heißt es.

Schließlich ist das Motto der Ausrufung der Republik im Jahr 1911 durch den Christen Sun Yat Sen großartig: „Die Liebe ist universell und der Himmel gehört allen“, das auf den Anstecknadeln oder Buttons zu finden ist. Angesichts des Aufstiegs Chinas auf der Weltbühne könnte Brasilien und andere Länder viel von den alten Weisheiten Chinas lernen und seine eigene Kultur durch diesen Austausch bereichern.

Leonardo Boff schrieb Jesus und His Abba:A little Chritologie,Orbis Boo