As multidões nas ruas: como interpretar?

 

         

 

      Um espírito de insurreição de massas humanas está varrendo o mundo todo, ocupando o único espaço que lhes restou: as ruas e as praças. O movimento está apenas começando: primeiro no norte da África, depois na Espanha com os “indignados”, na Inglaterra e nos USA com os “occupies” e no Brasil com a juventude e outros movimentos sociais.    Ninguém se reporta às clássicas bandeirtas do socialismo, das esquerdas, de algum partido libertador ou da revolução. Todas estas propostas ou se esgotaram ou não oferecem o fascínio suficiente para mover as massas. Agora são temas ligados à vida concreta do cidadão: democracia participativa, trabalho para todos, direitos humanos pessoais e sociais, presença ativa das mulheres, transparência na coisa pública, clara rejeição a todo tipo de corrupção, um novo mundo possível e necessário. Ninguém se sente representado pelos poderes instituídos que geraram um mundo politico palaciano, de costas para o povo ou manipulando diretamente os cidadãos.

 

Representa um desafio para qualquer analista interpretar tal fenômeno. Não basta a razão pura; tem que ser uma razão holística que incorpora outras formas de inteligência, dados aracionais, emocionais e arquetípicos e emergências, próprias do processo histórico e mesmo da cosmogênese. Só assim teremos um quadro mais ou menos abrangente que faça justiça à singularidade do fenômeno.

 

Antes de mais nada, importa reconhecer que é o primeiro grande evento, fruto de uma nova fase da comunicação humana, esta totalmente aberta, de uma democracia em grau zero que se expressa pelas redes sociais. Cada cidadão pode sair do anonimato, dizer sua palavra, encontrar seus interlocutores, organizar grupos e encontros, formular uma bandeira e sair à rua. De repende, formam-se redes de redes que movimentam milhares de pessoas para além dos limites do espaço e do tempo. Esse fenômeno precisa ser analisado de forma acurada porque pode representar um salto civilizatório que definirá um rumo novo à história, não só de um país mas de toda a humanidade. As manifestações do Brasil provocaram manifestações de solidariedade em dezenas e dezenas de outras cidades no mundo, especialmente na Europa. De repente o Brasil não é mais só dos brasileiros. É uma porção da humanidade que se indentifica como espécie, numa mesma Casa Comum, ao redor de causas coletivas e universais.

 

Por que tais movimentos massivos irromperam no Brasil agora? Muita são as razões. Atenho-me apenas a uma. E voltarei a outras em outra ocasião.

 

Meu sentimento do mundo me diz que, em primeiro lugar, se trata de um efeito de saturação: o povo se saturou com o tipo de política que está sendo praticada no Brasil, inclusive pelas cúpulas do PT (resguardo as políticas municipais do PT que ainda guardam o antigo fervor popular). O povo se beneficiou dos programas da bolsa família, da luz para todos, da minha casa minha vida, do crédito consignado; ingressou na sociedade de consumo. E agora o que? Bem dizia o poeta cubano Ricardo Retamar: “o ser humano possui duas fomes: uma de pão que é saciável; e outra de beleza que é insaciável”. Sob beleza se entende educação, cultura, reconhecimento da dignidade humana e dos direitos pessoais e sociais como  saúde com qualidade minima e transporte menos desumano.

 

Essa segunda fome não foi atendida adequadamente pelo poder publico seja do PT ou de outros partidos. Os que mataram sua fome, querem ver atendidas outras fomes, não em ultimo lugar, a fome de cultura e de participação. Avulta a consciência das profundas desigualdades sociais  que é o grande estigma da sociedade brasileira. Esse fenômeno se torna mais e mais intolerável na medida em que cresce a consciência de cidadania e de democracia real. Uma democracia em sociedades profundamente desiguais como a nossa, é meramente formal, praticada apenas no ato de votar (que no fundo é o poder escolher o seu “ditador” a cada quatro anos, porque o candidato uma vez eleito, dá as costas ao povo e pratica a política palaciana dos partidos). Ela se mostra como uma farsa coletiva. Essa farsa está sendo desmascarada. As massas querem estar presentes nas decisões dos grandes projetos que as afetam e que não são consultadas para nada. Nem falemos dos indígenas cujas terras são sequestradas para o agronegócio ou para a indústria das hidrelétricas.

 

Esse fato das multidões nas ruas me faz lembrar a peça teatral de Chico Buarque de Holanda e Paulo Pontes escrita em 1975:”A Gota d’água”. Atingiu-se agora a gota d’água que fez transbordar o copo. Os autores de alguma forma intuiram o atual fenômeno ao dizerem no prefácio da peça em forma de livro:O fundamental é que a vida brasileira possa, novamente, ser devolvida, nos palcos, ao público brasileiro…Nossa tragédia é uma tragédia da vida brasileira”. Ora, esta tragédia é denunciada pelas massas que gritam nas ruas. Esse Brasil que temos não é para nós; ele não nos inclui no pacto social que sempre garante a parte de leão para as elites. Querem um Brasil brasileiro, onde o povo conta e quer contribuir para uma refundação do pais, sobre outras bases mais democrático-participativas, mais éticas e com formas menos malvadas de relação social.

 

Esse grito não pode deixar de ser escutado, interpretado e seguido. A política poderá ser outra daqui para frente.

 

 

 

Leonardo Boff é autor de Depois de 500 anos: que Brasil queremos?  Vozes, Petrópolis 2000.

 

124 comentários sobre “As multidões nas ruas: como interpretar?

  1. O problema está em como fazer as mudanças, acredito mesmo que estas ficarão apenas no papel, pois os mesmo corruptos viciados continuarão exercendo o poder neste país.

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    • Quanto negativismo.Pense e aja para frente e para cima meu irmão, para não romper um elo desta corrente do bem que demoramos a construir….ou Você quer realmente o contrário???Deus a tudo vê e ele é o bem e nós temos obrigação de sermos do bem e venceremos simmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

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    • O correto a fazer agora é marchar sobre brasília, e entrar no congresso e expulsar a todos de lá, para o bem geral da nação, e para que se faça uma depuração lá, pois se eles continuarem lá, não vão mudar nada, pois ladrões não gostam de mudanças para melhor, e o nivel de comprometimento deste congresso e alarmante, e absurdo, e só o povo tem legitimidade para faze-lo.

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  2. O povo não confia mais em nenhum governante que se apresente, estamos sem Líder que possa dar jus ao nosso suado salario que os impostos consomem sem retorno desta fome.

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    • Não precisamos de um messias ou líder agora, nós temos que fazer a Reforma Política Já, só o povo fará o que precisa ser feito, eles políticos não vão cortar na própria carne. Sistema Parlamentarista e unicameral, voto distrital, voto facultativo, corte no número de deputados, financiamento só público, candidaturas avulsas sem financiamento, campanha na TV com tempo igual entre partidos,

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  3. É realmente maravilhoso o povo ter “acordado”, mas isso não significa que o brasil vai mudar para melhor, é preciso, antes de mais nada, aprender a interpretar a politica, caso contrario, facilmente podem utilizar estas manifestações como ferramenta para mudar os governates, mas não o governo.

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  4. Olá Leonardo Boff, é com satisfação que leio este artigo pois esperava curiosa por ele! Uma parte da população brasileira sente-se saciada do pão, no entant, a massa está percebendo que as marcas de expressão estão ficando cada vez mais profundas tirando todo o brilho e beleza de nosso povo. O rio que corre dentro de cada um de nós já não tem peixes; já não sentimos a brisa da mata que hidrata a nossa alma, e os sons dos passarinhos já não são ouvidos com frequência, ou melhor, não são percebidos, pois a falta de sensibilidade está tomando conta de todos. É assim que nós brasileiros estamos ficando: Feios! Feios da educação, da saúde, do transporte, da VERDADE! O prato do brasileiro está farto de corrupção, mentiras…”A Gota d’água”!

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  5. Caríssimo, comungo e compartilho suas ideias. Ontem escrevi uma nota na qual relaciono minha experiência nas manifestações com o mito de Medeia. Pus o Brasil em seu caldeirão. Afinal, o país está em ebulição. Ainda vejo algumas ressalvas de ordem prática relativas ao movimento na rua, não consigo ter olhar tão utópico, mas perfeitamente fundamentado, plausível. Feliz de ler sua análise. Obrigada.

    Abraços

    Luciana Sousa
    Fortaleza-CE

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  6. Mais um excelente texto, aliás como todos. Fã do Prof. Leonardo,influenciou muito em minha formação acadêmica, seus livros maravilhosos foram fundamentais para minha visão de mundo. Adoro ler suas publicações, pois me fazem pensar, refletir, questionar sempre.

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  7. Sábia análise do momento que vivemos. Realmente, o povo comum não aguenta mais essa pseudo-democracia que privilegia os palácios legislativos, executivos e judiciários. Uma ampla reforma política é urgente. No atual sistema, como o autor bem o disse, a democracia é uma farsa coletiva, Depois de eleitos os caras vão praticar a democracia palaciana. Parece que o povo começa a não se contentar mais só com os ossos dos banquetes palacianos. Da forma como está, a nossa democracia cai com uma luva na definição de Marx ou Engels: “É O DIREITO DOS EXPLORADOS ESCOLHER A CADA 4 ANOS QUEM OS REPRESENTARÁ E ESMAGARÁ NO GOVERNO”.

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  8. Concordo com tudo, só achei que poderia ter sido dada mais ênfase ao fato de que os tentáculos econômicos é que determinam grande parte da atuação política corrupta e de que, nas manifestações, o discurso popular foi e está sendo apropriado oportunísticamente pela ala mais golpista da direita, em especial pelo seu braço midiático tradicional, o que vem a distorcer o fenômeno original da manifestações…

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  9. Sem sobra de dúvidas, as manifestações ocorridas nas grandes capitais e agora em todo território brasileiro é uma demonstração de que o povo está acordando do sono profundo que o mantém prezo e alienado aos interesses espúrios de um sistema político desprovido da ética, da moral e da eficiência, um sistema político que serve tão somente aqueles que alimentam a desonra, que legitima a corrupção, a troca de favores e o loteamento dos cargos público nas três esferas dos poderes constituídos (Judiciário, Legislativo e Executivo).
    É chegada a hora de aderirmos a esses movimentos sociais sem levantarmos bandeiras partidárias. As manifestações que se afloram em todo território brasileiro, tem tudo a ver com o sentimento de injustiça que brota nessa sociedade de desiguais. Uma sociedade em que os “POLÍTICOS” ficam mais ricos e, as camadas sociais menos favorecidas não exercem os direitos e garantias fundamentais constitucionalmente garantidos, por conta de um sistema político perverso, degradante e desonesto, que insiste em manter acessa a corrupção, afrontando a nossa Carta Magna, legitimando as ações daqueles que defendem o retrocesso, permitindo que os direitos afirmados sejam negados na prática constitucional (hospitais e saúde pública de qualidade, educação eficiente, segurança publica de qualidade e bem aparelhada, salário digno para os professores e policiais, políticas públicas que atendam as necessidades básicas dos jurisdicionados, etc.).
    O objetivo não é tão somente alertar o micro (governos – base aliada/direita/esquerda). Tem-se por escopo levantar a bandeira brasileira contra o macro, contra todos os poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário) desprovidos da moralidade.
    É chegada a hora de cobrarmos a reforma política tão prometida, esperada e adormecida em sono profundo em berço esplêndido no planalto brasileiro.
    Att,
    Eronaldo.

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  10. Leonardo Boff é sempre muito conciso em suas análises e muito mais humano que a maioria dos teóricos brasileiros. Essa é uma diferença crucial.

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    • HOMENS ASSIM É QUE DEVERIAM ESTAR LÁ PRA MOSTRAR AS VERDADES DE QUE O POVO BRASILEIRO PRECISA, O LEITE ESTÀ DERRANDO< O COPO DÀGUA TRANSBORDANDO::: E OS EXPLORADORES , fiNGEM QUE NÂO VÊEM;;; MARILDA de BIRIGUI :E.S.P.

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  11. Muito bom! diante dessa análise, diria que o a reforma política tem que ser feita, mas não às pressas, temos que garantir nessa reforma, maior participação nas decisões. E isso leva tempo até encontrar consenso.

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  12. “AQUI ESTÁ O INSTRUMENTO QUE LEVARÁ OS POVOS AS RUAS E METERÁ MEDO AOS POLÍTICOS” ULISSES GUIMARÃES QUANDO CONCLAMOU A NOVA CONSTITUIÇÃO, PELO AMOR DE DEUS, NÃO MUDEM NADA, NÃO COMENTEM NADA, AJUDEM QUE HÁ FAÇAM CUMPRIR, TUDO ALÉM DISTO É VANDALISMO, ESTE INSTRUMENTO É AINDA O BRASIL QUE QUEREMOS, É O BRASIL DA FÉ SEJA QUALQUER QUE FOR O CREDO,

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  13. ESTIMADO LONARDO

    QUISIERA EXPRESARLE MIS DUDAS SOBRE LOS SISTEMAS Y LAS REDES SOCIALES

    POR ESTOS TIEMPOS HA COMENZADO A GANAR ESPACIO LAS PROTESTAS A PARTIR DEL ACCIONAR DE REDES SOCIALES

    ESTOS MOVIMIENTOS BAUTIZADOS COMO DE “INDIGNADOS” APARENTEMENTE TIENEN UN DESTINATARIO CONCRETO: LA FALTA DE ÉTICA PÚBLICA (“LA CORRUPCIÓN”…) COMO INCENTIVO A UNA “NUEVA DEMOCRACIA”

    PERO, ¿SERA TAN ASÍ?

    ES EVIDENTE QUE LA CORRUPCIÓN A EXISTIDO, EXISTE Y EXISTIRÁ, DE ESO NADIE DUDA.

    PERO ¿PORQUE PORQUE AHORA TOMA TANTA FUERZA LA CONCIENCIA DE ELLO?… ESTA PARA NOSOTROS ES LA GRAN PREGUNTA.

    LA RESPUESTA MAS OBVIA ES QUE LAS REDES SOCIALES, GRACIAS A LAS NUEVAS TECNOLOGÍAS, SON “LA HERRAMIENTA” DE LAS NUEVAS GENERACIONES, COSA QUE TAMBIÉN ES CIERTO.

    PERO QUE SIN EMBARGO, NO NOS DEJA DEL TODO CONFORME… ES MÁS, NOS IMPONE CIERTO MARGEN DE PREOCUPACIÓN…

    LO PRIMERA COSA QUE PODEMOS OBSERVAR ES QUE ESTA EXPLOSIÓN EN RECLAMO (ABSOLUTAMENTE LEGÍTIMO..) DE ÉTICA PÚBLICA SE DA EN CUALQUIER PARTE DEL PLANETA… ¡CUANDO LA ECONOMÍA COMIENZA A “ENFRIARSE”..!

    ES DECIR COMO EFECTO, NO DE UN CUESTINAMIENTO A LA MISMA SINO, DE SU GRADO DE “DESACELERACIÓN”

    ASÍ FUE EN LA PRIMAVERA ÁRABE, EN LA CEE, EN EE UU, EN ARGENTINA Y AHORA EN BRASIL…

    ¿¿SEGUIRÁ VALIENDO ENTONCES, AQUELLO DEL “ROBE, PERO HAGA”..??

    TENGA O NO VALIDEZ ESTO ÚLTIMO, LO QUE PARECIERA SER CIERTO ES QUE LA ECONOMÍA VUELVE A “TALLAR” MUY FUERTE, AHORA CON UNA PODEROSÍSIMA ARMA NEUTRÓNICA: LAS REDES CIBERNÉTICAS

    Y SI ESTO LLEGASE A SER ASÍ, EL PANORAMA ENTONCES SERÍA ATERRADOR…

    PORQUE IMPLICARÍA EL DEBILITAMIENTO DE LA CONCIENCIA INDIVIDUAL REFLEXIVA (FILOSÓFICA…) POR EL DE UNA CONCIENCIA COLECTIVA SISTEMATIZADA, EN FUNCIÓN DE VALORES ECONÓMICOS FORMATEADOS COMO ABSOLUTOS… ¡¡¡ES LA ECONOMÍA, ESTÚPIDO!!!

    ¿Y SI ESTOS VALORES ECONÓMICOS FORMATEADOS COMO “DUROS” (CRECIMIENTO SIN FIN, HIPER CONSUMISMO,“CIVILIZACIÓN DEL AUTOMÓVIL”, ETC.)… FUERAN LA DULCE MÚSICA EN LA CUBIERTA DEL TITANIC…?

    NO HACE MUCHO TIEMPO LLEGO HASTA NOSOTROS UN “PAPERS” DONDE SE AFIRMABA QUE EL PENTÁGONO DEFINÍA A IRÁN COMO “EL EJE DEL MAL”, EN FUNCIÓN DE UN SUPUESTO PLAN NUCLEAR PARA HACER ESTALLAR UN ARTEFACTO ATÓMICO EN LA ESTRATOSFERA.

    ESTA EXPLOSIÓN LO QUE GENERARÍA SERÍA UNA PODEROSA ONDA DE EXPANSIÓN MAGNÉTICA CUYOS RESULTADOS PODRÍAN HACER COLAPSAR GRAN PARTE DE LOS SISTEMAS EN CASI TODO EL PLANETA… ES DECIR, DE REPENTE NO HABRÍA MÁS LUZ, NI AGUA, NI GAS, NI BANCOS, NI TELÉFONOS, NI NADA..

    ¡¡UNA VERDADERA Y DESCOMUNAL TRAGEDIA !!

    INDEPENDIENTEMENTE DE LA RIGUROSIDAD DE DICHO “PAPER” EL SOLO HECHO DE QUE ESTA POSIBILIDAD PUEDA EXISTIR, DESNUDA HASTA QUE PUNTO LA HUMANIDAD ESTA HOY DEPENDIENTE E INCONSCIENTEMENTE AUTO-SOMETIDA A UN “SISTEMA” QUE ES CADA VEZ ES MÁS COMPLEJO, ENTRAMADO Y “ENVOLVENTE” DE SU PROPIA INTELIGENCIA, SEA ESTA RACIONAL, EMOCIONAL Y/O INTUITIVA…

    LA “ROBOTIZACIÓN” DEL HOMBRE HASTA CONVERTIRLO EN UN “CHIP” MAS, CON VALORES “DUROS” FORMATEADOS EN EL SERVIDOR DE LA NEFASTA (Y ÚNICA…) ECONOMÍA DOMINANTE, APARECE ASÍ COMO UN HORIZONTE PROBABLE Y YA VISIBLE

    ECONOMÍA ÚNICA Y DOMINANTE QUE SIN PAUSA Y A TODA PRISA VIENE DEVORANDOSE EL MEDIO AMBIENTE Y POR CONSIGUIENTE AL HOMBRE E INCLUSIVE PONIENDO EN PELIGRO LA VIDA COMO UN TODO

    ¿CUAL ES EL CAMINO QUE LE QUEDARÍA A LA HUMANIDAD, PARA NO SER “SISTEMATIZADA”, ANTES DEL SEGURO COLAPSO TOTAL?

    ESTA ES LA RESPUESTA QUE NO TENEMOS…

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    • poderia ter pelo menos a delicadeza em não escrever tudo em letras maísculas? Isso é falta de educação, significa que você está gritando, ou surtando!

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    • Eriberto, concordo com você e creio que são múltiplas as incertezas do que propõe este movimento. Tenho os mesmos medos seus! Apesar de ser uma fã incondicional das redes e seus movimentos, este último me assusta pelo seu caráter de vingança, expresso por máscaras de uma face debochada e sardônica. Opinião tem face real, tem substância! São tantas as questões que não se forma, nem se conforma consenso algum. Fica aqui minha colocação, pois pela primeira vez, Prof. Leonardo Boff, apesar de lhe ter admiração ímpar, ter lido e me inspirado em quase todos os seus livros, seus escritos não caíram como uma luva em minhas mãos, não soaram como címbalos em meus ouvidos, não me fizeram vislumbrar novos caminhos. Quero estar senhora do meu computador e não uma escrava dele e muito menos, de uma opinião em uníssono, pois a diversidade é atributo da vida. Não desejo ver a plenitude de estar nesta vida como humana, reduzida a um mero chip. Este caminho poderá levar a descaminhos. Na verdade, mais me parece um imenso labirinto, que para achar a saída, há que se ter muita paciência, concentração, lucidez e inteligência.

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  14. Na última década a democracia participativa deu um grande salto de participação e cidadania, mas apesar disso a população nas ruas demonstra que é preciso aprofundar as mudanças rumo a garantia de direitos e justiça social. Os avanços dos governos Lula e Dilma são muito significativos para o povo brasileiro. Quando que na história política do nosso país as classes baixas tiveram tanto reconhecimento? Saíram da clandestinidade e passaram a ser incluídos em programas de inclusão social e até ganharam espaços de destaque onde nunca foram reconhecidos: Como a mulheres em espaços antes ocupados somente por homens, os negros finalmente foram reconhecidos ocupando espaços em Ministérios e no Supremo Tribunal Federal. A Democracia Participativa ganhou destaque com a criação de ministérios importantes, embora muitos deles não produzem como deveriam porque estão nas mãos de partidos aliados que não tem muito interesse em processos democráticos e de inclusão social. A aprovação de projetos importantes merecem destaque no cenário político, implantados nesse período, como Lei da transparência dos gastos públicos, fim do pagamento de 14º e 15º salários para deputados e senadores, projeto que trata corrupção como crime hediondo, redução do recesso parlamentar, luta pelo fim da aposentadoria de ex-governadores e do voto secreto dos parlamentares, bem como maior transparência no combate à corrupção.

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  15. É isso aí!!! O seu texto já resume a fala do Brasil nesse momento de coragem, cidadania e amor pelo país.
    Momento que se deflagra em grito, clamor dos jovens, muitos deles, adolescentes que carregaram e carregam seus cartazes como bandeiras de repúdio, a essa realdade sem nome que aí está!!!!
    Como desacreditei nesses jovens!Sentindo neles, um certo apassivamento diante da vida?????!!!!!! Hoje, me rendo a eles, de coração aberto, pois sei que esse apassivamento era aparente. Eles ousaram enfrentar e desafiar as raposas velhas, de uma nação caduca, quase na UTI!!!!!!
    Esses jovens são as nossas esperanças de um Brasil melhor, mais ético, mais saudável!!!
    Um Brasil novo se avizinha, ainda inquieto, nervoso, tentando encontrar o seu rumo. Uma coisa é certa: não será mais como antes! Se os partidos políticos pensam que se unindo, vão driblar, seduzir com sua decisões forçadas, pensando que, baixando as tarifas, concedendo isenções de impostos vai bastar???? E que tudo mais, será alinhavado num faz-de-conta, paliativo???. Nem pensar!!!!!
    Queremos e apostamos em garantias de serviços públicos e políticas públicas condizentes com as nossas reservas de dinheiro interno, que são aviltadas diariamente em obras de fachadas; em grandes desvios de empreendimentos outros; nos altos salários desses políticos ignorantes, sem ética, na sua maioria; verbas, que são repartidas entre partidos políticos quando algo é do interesse deles. Nunca a favor do povo.Não existe compromisso com a população1 O compromisso se encontra no EU PROMETO na hora do voto!! s
    É preciso diminuir os salários dos políticos, meros trabalhadores comuns, que nós elegemos e pronto!
    Engana-se o poder que esse movimento vai passar! Foi a gota d’água de um pingo d’ água!
    E a explosão foi e é natural! Tantas, quantas forem necessárias! Não, ao vandalismo! Como o poder é sem argumentos…Sem consistência nas falas… O quê faz? Permance o tempo todo falando nos vândalos!! Os próprios vândalos que eles criaram! Vândalos da miséria humana; das drogas enfileiradas nos becos; da violência dos presídios e das ruas; da intolerância e dos preconceitos… e assim vai. Vândalos, são eles, que nos assaltam de forma legalizada.
    Que bom que acordamos desse sono letárgico!! Estávamos drogados!!

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    • Simone, que resposta linda a sua. Fui e irei a todas as manifestações, porque não permitirei, dentro de minhas possibilidades, deixar a coisa como está. Por muitos anos sofri, diariamente com as notícias da corrupção e violência, sofri de maneira visceral, e nunca acreditei ver o brasileiro nas ruas como agora. Sou professora universitária e em todas as minhas classes alertava meus alunos sobre a tirania do nosso governo. Vamos lá, às ruas, enfrentar essas criaturas hediondas que nos governam e vandalizam nossas vidas. Grande abraço Flávia

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  16. Importante é definir uma pauta bem definida. Para mostrar a força do movimento e dar visibilidade planetária ao que está acontecendo no Brasil, A PRIMEIRA MEDIDA DEVE SER O CANCELAMENTO DA COPA DO MUNDO EM 2014. Algo imediatista que vai dar força e visibilidade ao movimento no mundo inteiro.

    A SEGUNDA MEDIDA deve ser algo de longo alcance e profundo, que não seja imediatista mas que traga resultados permanentes e de longo prazo: AUMENTO DE SALÁRIO PARA PROFESSORES E UM PACOTE DE INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO. Sobre educação pública de qualidade : http://www.youtube.com/watch?v=Sl7heh6blZY

    A TERCEIRA MEDIDA deve ser a instalação da AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA PÚBLICA COM A SUSPENSÃO IMEDIATA dos repasses orçamentários anuais de quase 50% do orçamento público para o sistema financeiro (bancos). Para quem não sabe o que é a dívida pública aqui está a aula magna: http://www.youtube.com/watch?v=cavZsp23STY

    A QUARTA MEDIDA DEVE SER o redirecionamento imediato de 50% do dinheiro antes destinado aos bancos para o investimento prioritário em saúde, e os outros 50% do dinheiro antes destinado aos bancos para o investimento prioritário em educação. Para quem não sabe o que é saúde pública de qualidade e gratuita veja este documentário http://www.youtube.com/watch?v=VoBleMNAwUg

    A QUINTA MEDIDA DEVE DESMONTAR A INDÚSTRIA DA SECA NO NORDESTE, permitindo que a população retire água e irrigue o sertão por meio do fornecimento de bombas de água que retiram a água do subsolo e sem que sejam necessárias as obras faraônicas da transposição do Rio São Francisco que serviram não para desviar água para cá ou para lá, mas só serviram para DESVIAR DINHEIRO PARA AS GRANDES EMPREITEIRAS. E com isso o desenvolvimento se desconcentra do sul e sudeste e se difunde pelas regiões emprobrecidas do país.

    Com a suspensão do pagamento da dívida pública é possível fornecer transporte público gratuito, educação e saúde gratuitas para toda a população brasileira, irrigar o nordeste e fazer desse país um gigante acordado, saudável e instruído.

    O mais difícil de tudo é fazer com que o país saia das mãos da SANTÍSSIMA TRINDADE QUE DETÉM O PODER NESSE PAÍS: Banqueiros, Empreiteiros e Ruralistas. Essas são as três classes que dividiram e cotizaram o Brasil. Mas para escapar deste TRIÂNGULO DAS BERMUDAS, a cidadania precisa crescer e descobrir como se impor. Sobre um país com políticos honestos é necessário ver: http://www.youtube.com/watch?v=-Yk4NQwpdYA

    Rubens Godoy Sampaio
    Doutor em Filosofia
    Advogado
    rgsampa@hotmail.com

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  17. Cansamos da impunidade. Cansamos da má gestão do dinheiro público. Cansamos do descaso com a educação e saúde. Cansamos da mentira em rede nacional.

    Veja a arrecadação federal de Maio – R$85.000.000.000,00. Sem contar a arrecadação estadual e municipal. Pagamos os impostos um dos mais caros do mundo.

    Como, com todos os recursos tecnológicos disponíveis, ainda se compra seringa e merenda com preços 3, 4 ,7, vezes o valor de mercado?

    Me explica as regalias e privilégios das autoridades e seus amiguinhos.

    É política de governo a má qualidade da educação? A má gestão de estradas, aeroportos, portos, … ?

    Rennan – Presidente do Senado Federal.

    Feliciano – Pres. da Comissão de Minorias.

    E ainda tem filósofo tentando entender!!!

    #vemprarua entender… é só ler os cartazes!

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  18. Tá bem, Leonardo Boff. Chegou a Hora da Hora ! Penso que trata-se de um SALTO QUÂNTICO da CONSCIÊNCIA HUMANA, sem volta atrás. É como aRevolução Francesa em exponencial, que há pouco mais de 200 anos mudou a cara do mundo. Daquela vez obtivemos a Democracia Representativa. Agora é a vez da Democracia Participativa, real,humana,solidária, livre, sem donos palacianos! ATÉ A VITÓRIA SEMPRE!

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    • Isso mesmo, sempre, sem abandonar nossos protestos. Concordo com você sobre o salto quântico na consciência humana, gerado por uma frustração acumulada e represada, que explodiu em ondas de fúria! Que venham mais protestos, estarei em todos. Abraço sincero

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  19. Quando leio Leonardo Boff, fico cada vez mais seguro no caminho de que se urge a necessidade de outro mundo.

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  20. Professor Leonardo Boff. As suas palavras vem ao encontro com o anseio do povo. Eu espero que com este movimento que estamos fazendo a gente consiga pelo menos sensiblizar esta nação que precisamos melhorar a educação deste país. Quando melhorarmos o ensino nós teremos em nova sociedade.

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  21. Parabéns mestre Leonardo Boff. Estava carente de uma análise sensata sobre esse quadro, que em dado momento assusta porque vemos oportunistas da extrema direita tentando manipular o movimento.

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  22. Caro Leonardo Boff, Parabenizo sua sinceridade em expressar que não temos meios adequados que possam interpretar as manifestações caracterizada pela espontaneidade, que explodiu no Brasil nas últimas semanas, por todas as regiões. O que sabemos é que as populações de um grande contingente de estados e municípios foram para as ruas com pautas objetivas e proposições pontuais, sem terem se organizado previamente para sistematizá-las.
    Aqui, ouso expressar minhas singelas linhas para ocupar um espaço que você mesmo pronunciou. As manifestações evidenciam uma quase insatisfação com os governos das últimas décadas, inclusive o atual. A crise foi instalada sabe-se lá exatamente quando e, ao longo dos anos, foi se acelerando. É difícil de admitir. Continuo questionando os programas de transferência de rendas por meio de bolsas de benefícios. Ainda não há dados científicos de que estas estejam de fato alterando o quadro social das populações abaixo da linha da pobreza e em situação de pobreza no país. Há controvérsias à respeito. Tanto em nível federal, como estadual e municipal, convivemos com uma precária administração pública.O planejamento público, embora garantido por Lei, reflete timidamente na qualidade dos serviços e obras. O Controle social pouco acontece pois seus mecanismos de acesso ainda são burocráticos e burgueses. Temos deficit na educação, saúde, transporte, esporte (exceto futebol), cultura, mobilidade urbana e acessibilidade. O Brasil agoniza por mudanças. E esta leitura acho que podemos fazer.

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  23. De fato existe uma saturação do atual modelo de representatividade…..O modo ao qual as coisas se desenvolvem tornam muito frágeis as relações da sociedade civil com as cúpulas em discussões de interesses direto das partes,mas que acabam sendo definidos de acordos com os conchavos formados em nome do grande capital!
    Entendo que todas as respostas que o poder constituído tenta dar para amenizar a situação,são insuficientes se não houver uma mudança estrutural nas instituições!
    Medidas emergênciais servem apenas para protelar futuras indignações se as mudanças necessárias não saírem do papel…..Não exitem mais espaços de saturação entre as distorções promovidas pelo sistema e o comodismo popular como acontecia antigamente.Essa nova fase ao qual o país terá de adaptar,tem de ser saudada como um grande avanço democrático,e não reprimido pelos governos com tem acontecido…..O povo não acordou,pois já não dormia a tempos…..Mas sim se encorajou a enfrentar a máquina estatal opressora e racista que foi construída ao longo do tempo!

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  24. Sua leitura é, essencialmente, a que faço. Desde aquele episódio na Tunísia, em dezembro de 2011, a gente vê que alguma coisa nova está acontecendo, tomando as ruas e as praças de boa parte do mundo, mesmo sendo difícil saber exatamente o que é. Tem sido possível graças à tecnologia da informação partilhada, sim, e parece que o grito maior é de indignação, amplo, confuso, caótico mesmo, mas audível, e corajoso, persistente. Lembro do 7 de setembro de 2011, que focou na corrupção, um pouco antes do Occupy Wall Street… Este grito que está no ar, por aqui, é muito maior do que todos que já ouvimos, aconteceu meio que por conta do acaso (vai que a PM não fosse truculenta naquela quinta-feira, vai que a ‘mídia’ tivesse tido lucidez e competência…), e se transformou num acontecimento grandioso, revelando o fenômeno… O caldo dos interesses, grosso no fundo do caldeirão, está sendo mexido. Momento extraordinário!

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  25. Grande reflexão Leonardo, me recordo a passagem do ilustre filósofo Marx, onde q o mesmo diz: “o sistema burguês tornou-se demasiado estreito para conter as riquezas criadas em seu seio”. Espero q de fato agora seja a mudança.Um grande abraço, sigamos na luta pela libertação…

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  26. Com certeza a Alma Brasileira adormecida, acordou. O Sangue Brasileiro finalmente está fluindo de maneira vigorosa, enchendo as veias, simbolizadas pelas Ruas e Praças do nosso País. Hoje é nas Ruas e Praças onde pulsa com maior vigor, o Coração do Brasil.
    O Povo cansou e está indo à luta! Basta de tantos Desmandos e Corrução! O Povo quer ser ouvido com atenção, e quer tomar em suas legítimas mãos, as rédeas dos destinos do seu país. Precisamos estar atentos para que esse Impulso Inicial, esse Entusiasmo Arrebatador Legítimo, não arrefeça. Certamente não podemos abrir mão da Ordem e Progresso. O que experimentamos hoje no universo político da nossa nação, é uma Ditadura sob o Véu da Democracia. Só o Povo pode mudar esse Cenário!

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  27. A civilização atual está repleta de delírios de massa, de preconceitos e de erros coletivos, que facilmente se reconhecem quando observados de cima, mas que não podem ser descobertos se vistos de dentro. O delírio em massa pode ser provocado. É uma simples questão de organização e manipulação adequadas dos sentimentos coletivos. Quem puder isolar a massa, proibir todo pensamento livre, todo livre intercâmbio de ideias, todo corretivo externo; quem puder hipnotizar DIARIAMENTE o grupo com barulheiras, com imprensa, rádio, televisão, com o medo e com falsos entusiasmos, poderá instilar qualquer delírio. As pessoas começarão a admitir os atos mais inadequados e mais primitivos. Em geral, são as ocorrências externas que desenfreiam no povo os complexos ocultos de histeria e de delírio. . A loucura coletiva justifica a loucura pessoal reprimida em cada indivíduo. É por isso que é tão fácil impelir o povo, por meio de SLOGANS, à histeria de guerra em masa. O inimigo externo atacado por SLOGANS ofensivos é um mero bode expiatório e um substituto para descarga de todo o ódio e de toda angústia atuantes num povo oprimido.

    Just A.M. Merloo

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    • Nelson,
      Ninguem se mostrou mais delirante que os chefes de Estado que so no seculo XX mataram duzentas milhões de pessoas. Veja Bush,veja Hitler, veja Videla, Pinochet e nossos ditadores menores. O delírio não está nas massas mas nos portadores de poder que se julgam donos da vida e da morte das pessoas. Devemos buscar o alvo certo para não fazer injustiça aos que sempre foram injustiçados historicamente.
      lboff

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      • Caro Leonardo, paz e bem! Estou bem ciente da realidade das insanidades totalitárias no decorrer da história humana. O próprio autor que citei, Merloo, foi “recrutado” por Hitler para um estudo de manipulação de massa (vide livro: LAVAGEM CEREBRAL – MENTICÍDIO: O RAPTO DO ESPÍRITO ou o livro PSICOLOGIA DEL PANICO). Não sei se o espírito de meu post foi bem compreendido. Não há o que se comentar quanto a corrupção e a negligência do Estado frente a “população de base”, acochada por uma burguesia alienada e por uma elite sagaz. O que me preocupa, segundo minha limitada percepção, é um controle anônimo que visa desacreditar por completo o pouco do que já foi conquistado através dos governos Lula e Dilma (que é infinitamente maior do que foi outrora conseguido). Tenho procurado tentar entender as ocorrências e vejo as pessoas disparando frases, fotos, posts que se contradizem, demonstrando assim carência de fundamentação, carência de argumentação. Isso é natural num país onde sua população é amplamente sabotada, principalmente no que diz respeito a uma educação que lhe faculte a capacidade de levantar questões fundamentais. Há erros nestes 10 anos? Sim, sem dúvida! Mas eles não podem servir de bode expiatório de um processo de colonialismo mental-espiritual que parece ter começado com a nau de Cabral. Agradeço por sua atenção e, se seu olhar fraterno, perceber traves em minha visão, grato ficaria de poder contar com seu compartilhar.

        Um abraço fraterno!

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    • Nelson, justamente quando eu acho que o povo saiu do delírio coletivo e foi para as ruas protestar contra os tiranos, você acha que eles estão, justamente delirando? Eles estavam sim, quando assistiam as novelas sem fim, quando matavam por seus times de futebol e quando pagavam os impostos cegamente…..isso é delírio coletivo, mais que isso, loucura apática coletiva.

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  28. O Brasil é muitas vezes reconhecido como pulmão do mundo, porém poucos sabem que o Brasil ainda é o Coração do mundo!!!
    Somos ainda um pais onde o mundo cosmoteandrico pode se revelar a cada esquina ao centro de cada cidade! Centro esse onde a pessoa simples, trabalhadora passa rumo ao trabalho e a casa cotidianamente!Povo simples que cultiva e preserva com determinação a integridade do centro do coração ! Não tenho duvida que forças maiores dos mundos superiores são presentes!!! Pois jamais podemos desconsiderar o fator espiritais da nação! Porém precisamos saber construir com clareza, respeito, amor determinação, justiça e dignidade essa onda de força que nos mobiliza!!! Para realmente nos vermos livres dos grilhões que nos escravizam!

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  29. Esta teoria das duas fomes tem na administração uma outra versão, especialmente, na teoria da motivação. Uma necessidade satisfeita não gera motivação. Só que na administração capitalista e desumana a “motivação” é meramente material, ganho financeiro, mesmo que este ganho possa pagar, comprar teatro, lazer, etc. Isto nem sempre leva aos valores humanos. Outra discussão, a teoria dos valores.

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  30. Uma das poucas avaliações críticas que não tentam colocar os acontecimentos recentes em moldes antigos que não funcionam mais para explicar a complexidade do nosso planeta.

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  31. Concordo plenamente com seu texto, mas preciso também é incluir o processo religioso neste intrigante e emaranhado sistema de desespero visto que as igrejas de forman direta ou indireta também arrecadam das populações, principalmente as carentes, inflacionam seus dízimos e óbulos e muito pouco fazem pelo povo.Sempre oun quase sempre omissas dos verdadeiros movimentos sociais, e também elegem constantemente seus ditadores com histórias nem sempre agradáveis aos anais da humanidade.Um forte abraço, assim com de Teilhard Chardin, aprecio com respeito seus escritos desde a famosa “teoria da Libertação” que infelizmente a igreja viu apenas como mera teoria.Professor Eunápio Ramos.

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  32. Concordo com o texto. Mas tenho uma dúvida sobre a passagem: “Ninguém se reporta às clássicas bandeirtas do socialismo, das esquerdas, de algum partido libertador ou da revolução. Todas estas propostas ou se esgotaram ou não oferecem o fascínio suficiente para mover as massas. Agora são temas ligados à vida concreta do cidadão: democracia participativa, trabalho para todos, direitos humanos pessoais e sociais…” Não se reportam somente por desilusão ou por desinformação histórica ou por ser uma geração satisfeita com o capitalismo atual e as possibilidades de consumismo? Note que não há qualquer reivindicação que sequer aponte para a questão ambiental (da qual depende nada mais, nada menos do que toda a vida no Planeta, a nossa sobrevivência) e nenhum apoio às lutas dramáticas dos povos indígenas. As “bandeiras” são legítimas e necessárias, mas parece-me que esta geração de manifestantes não quer em hipótese alguma mudar/transformar o sistema econômico.

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  33. Professor Boff, gostaria tanto de comungar com sua visão otimista e (quase sacramental) desse movimento. Mas não consigo. Fazendo uma pesquisa no youtube, dois meses antes das manifestações, fiquei estarrecido com a exploração do ódio, um quase fundamentalismo na base do eles (políticos e gestores) contra nós (povo e manifestantes). E o mais estranho, parece que quem “faz a cabeça” dos lúcidos é a mídia conservadora porque as críticas não são diferentes. Estão querendo provar que o povo não está feliz, embora nenhuma pesquisa, nenhum trabalho cientifico possa confirmar isso. Com poucos serviços públicos de qualidade, o povo ainda está muito feliz. Mas a sua análise reflete o homem de visão que é. Apenas não consigo comungar dessa visão que todos estão tendo. Torço muito para estar errado.

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  34. SOCIALISMO O BARBÁRIE,DISSE ROSA LUXEMBURGO, VIVEMOS NA BARBÁRIE, TALVEZ ESSES GRITOS NAS RUAS DO BRASIL E DO MUNDO, SEJA A ULTIMA COISA QUE AINDA RESTA. OS INTELECTUAIS, PRODUTORES DE TEORIAS, OS MOVIMENTOS SOCIAIS, QUE PENSA UM MUNDO PARA ALÉM DE NÓS, PRECISA URGENTE, BALIZAR ESSAS MASSAS, QUE NO MOMENTO GRITAM DESESPERADAS,SEM QUE NO INTIMO, NÃO SABE PARA ONDE IR.
    UMA PROPOSTA INICIAL SERIA: COM TUDO DE TECNOLOGIA A NOSSO DISPOR, PODERÍAMOS PARTICIPAR DIRETAMENTE DAS DECISÕES IMPORTANTE DO ESTADO QUE NÓS GOVERNA.

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  35. Ando pensando que este talvez seja o momento de rever o anarquismo como status quo. Não da forma pejorativa como o distorceram, a “anarquia”, mas como um modelo, um ideal a ser seguido e estabelecido mesmo que por etapas, chegando lá na frente ao estágio de evolução em que cada um será livre para governar o seu próprio destino como nação.

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  36. A partir das manifestações populares o Senado, o Congresso e o STF começam a trabalhar. Projetos aprovados e se deu a primeira prisão de um político desde 1988. Com isso assinaram e reconheceram que até então estavam agindo, votando, aprovando o que eram de seus interesses, legislando em causa própria. Estão se borrando de medo, talves assustados pois quem os elegerem não estavam sendo representado.

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  37. Caro, irmão, Paz e Bem
    Gostaria de acrescentar uma reflexão que você poderia aprofundar se achá-la pertinente:
    O Governo do PT ampliou o acesso ao ensino superior, uma verdadeira democratização! Será que esses novos universitários, que estão lá por causa das políticas do Governo Lula e Dilma de acesso, não são os grandes artífices desse movimento? Em outras palavras, não foi o acesso à educação que levou as pessoas a tomarem consciência de que podiam mais?
    Segue um comentário meu, publicado no Facebook:

    “Uma reflexão: a juventude só se conscientizou porque os universitários não são os mesmos de 10 ou 12 anos atrás. Antes tudo era pior, mas só a elite estudava; agora há uma nova classe média emergente, consciente. Já parou para pensar que esses universitários todos estudaram desde o ensino fundamental no governo do PT, ou seja, foi o governo do PT que formou essa galera que agora protesta, mesmo que contra o PT, pois se tornaram críticos. A democratização da universidade permitiu o que agora acontece. Se estivéssemos com a mesma política de antes, seriam os mesmos filhinhos de papai que estariam nas universidades, e com certeza não iam querer mudar nada! Todos nós sempre falamos que os governos não investem em educação, pois se a população se conscientizar se rebela. Os governos anteriores cumpriram a regra. Lula e Dilma pagaram para ver!”

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  38. Quanto mais comentários eu leio sobre o que está acontecendo atualmente no Brasil mais certeza me vem das infinitas possibilidades de se ver o mundo, cada uma com suas ideologias ou busca de vantagens conscientes ou inconscientes.
    Mas a única verdade é a que se vê a cada instante pessoas sofrendo, famintas e desamparadas nas ruas e o que nós todos estamos fazendo….nada! Cada um no seu conforto criticando, pintando a cara, mostrando-se indignado, mas a ação individual ainda é mesquinha, basta que olhe para si. A reforma do ser humano tem que vir de dentro. Que tal uma campanha para honestidade, empatia e fraternidade? Acho que é o que mais falta neste mundo. O mundo não precisa de política, leis ou religiões, precisa de AMOR. Quando vamos aprender?

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  39. Com os movimentos que estamos vivendo, me lembro de Ortega y Gasset : “civilização é, antes de mais nada, vontade de convivência.” Mas sinto que esta convivência tem padrões muito diferenciados. Há o compartilhamento de espaço, mas os motivos estão muito individualizados. Será esse o padrão da nova civilização? É uma rua, um trajeto, com múltiplas razões que se tocam, talvez de forma tangencial. Gostei muito de seu texto. Provocou minha reflexão, como muitos dos seus que tenho lido e comentado. Acho que é uma passagem da democracia representativa que não nos basta mais para uma democracia participativa, mas que ainda não sabemos lidar com esta responsabilidade e compromisso. Me parece que passamos para a rua, o que acontece no facebook. Curtimos, copiando cartazes que são postados e admirados por muitos motivos, compartilhamos o tempo e o espaço, e, cutucamos os políticos, de vários modos. Será que o povo não deseja mais “bondades e concessões” já recebidas, tipo bolsas e vales, e, deseja protestar para demonstrar que precisa conquistar para atribuir o real valor?.Essa é a gota d’água dentro de cada um que pode criar um rio para a mudança?

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  40. Sei que muitos não vão concordar comigo, mas tenho algumas ressalvas e, confesso, não tenho uma visão tão otimista quanto a essas manifestações. Como professora de História e interessada em Política, o que mais ouvi de outras pessoas em minha vida – até mesmo de colegas de curso, na época da faculdade – foi que política não lhes interessava, que o voto não adiantava nada porque “político era tudo igual”. Nas salas de aula, então, esse discurso eu cansei de escutar e de usar argumentos para comprovar que estavam errados. Pois então, acho difícil agora acreditar que esses que saem às ruas estão realmente interessados em democracia participativa, se até pouquíssimo tempo não acreditavam nem em discutir política nem em voto! Sei que o voto não engloba todo o conceito de democracia participativa, mas se eu me interesso pelas eleições, maiores as minhas chances de, posteriormente, procurar saber o que está sendo feito por quem eu ajudei a eleger e, a partir daí, procurar cobrar os meus direitos. Como só cobrar os meus direitos se, à época da eleição, eu tiver feito pouco caso da mesma e votado por votar? Ou pior, se nem tiver votado?
    E desses mesmos jovens que saíram às ruas, quando questionava-os sobre acontecimentos recentes do Brasil e do mundo, as respostas eram sempre “pra que tenho que saber isso?”, “não, fessora, uso a internet só pra Facebook e MSN”, “saber de Política? que coisa mais chata!”, e assim por diante. Quando encontrava em uma sala um único aluno com pensamento diferente, era uma raridade e um lampejo de esperança para o futuro de nosso país. Porém, acho difícil que esse pensamento tão arraigado em nossa juventude tenha sido modificado em menos de uma semana, por conta de manifestações organizadas pelas redes sociais através do sistema de convidar seus amigos. Nesse aspecto, concordo com Gramsci e penso que a mudança legítima precisa passar antes pela revolução cultural, para que as mentalidades sejam conscientizadas sobre o que é preciso fazer. Será que deu tempo de acontecer essa revolução de quinta-feira, quando o Movimento Passe Livre foi covardemente “sufocado” pela PM de SP, até segunda-feira, quando vimos manifestações belíssimas em todo o país?
    Sim, digo belíssimas porque eu nem tinha mais a esperança de ver isso acontecer no Brasil. Entretanto, não foi possível eu deixar de me questionar sobre quantas pessoas presentes ali realmente têm uma consciência política formada e pensamento crítico, sem ter resolvido participar das manifestações por uma questão de modismo e para ter uma foto de “engajado político” para decorar seu Facebook e Instagram. Porque isso foi o que mais vi. Basta navegar pelo Twitter no momento das manifestações e ver as fotos que são postadas durante os acontecimentos. Que fique claro que estou falando das fotos posadas, e não das fotos informativas – porque elas também aparecem.
    Sou a favor das manifestações, acho que o brasileiro deixou de lado o comodismo e aquelas reclamações sobre políticas feitas com a ênfase de quem comenta sobre o tempo dentro de um elevador diante de um desconhecido. Mas também não vejo, ainda, uma profunda mudança de mentalidade na maior parte da população. Espero, de coração, que eu esteja totalmente errada a respeito de meus achismos. Obrigada pelo espaço para desabafo.

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  41. Muito interessante a leitura que o Frei Leonardo Boff fez das recentes mobilizações sociais. O mais importante é compreendermos que este momento se caracteriza pela entrada em cena de um novo elemento: “A Força das Redes Sociais”. É este novo elemento na dinâmica das relações sociais, políticas e econômicas que irá redefinir o novo cenário e as novas dinâmicas, sem interpretes, sem ideólogos, sem academicismos. Será a força direta, clara e objetiva da vontade popular que irá “dizer” o que a sociedade anseia. Vamos refletir! Muita coisa mudará doravante.

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  42. Bem, acredito que não se trata de desafio interpretar a situação dos protestos mundialmente. O que ocorre principalmente nos países em desenvolvimento é que o Estado como precursor das políticas de “bem-estar social” está evidentemente impossibilitado de dar respostas amplas e capazes de conter o “caos social imanente” e constituído historicamente. Pois os Estados-nação estão imediatamente subordinados à lógica especulativa dos mercados financeiros, estão endividados e, portanto, incapacitados de manter a “ordem democrática” ou como queiram. Ou seja, não há mais como fazer vigorar novas ilusões na cabeça das massas. O sistema tenderá a repetir ciclicamente, agora em períodos mais curtos de tempo, crises de natureza econômica-financeira-social-política com repercussão sistêmica, até que determinadas instituições da superestrutura sejam absolutamente desmascaradas e derrubadas. Dentro de uma perspectiva histórica mais ampla, pode-se dizer que está se fechando o ciclo do longo processo impulsor da lógica de acumulação. Não há como o Estado, como assegurador máximo do funcionamento da lógica de mercado, detentor do monopólio da violência, manter-se coeso. Estando fortemente subordinado aos desígnios dos mercados financeiros, que ostentam ganhos vultosos com os juros altos sobre as dividas públicas, remunerados com orçamento público, mediante elevados impostos. Enquanto não se reconhece a cidadania e a dignidade das pessoas e faltam escolas básicas, equipamentos de saúde pública, transportes, moradia, etc. etc. Caso persistam, haverá consistente aprofundamento das crises, dos protestos e da violência. Não é mais possível deter inúmeras demandas reprimidas para bilhões de pessoas no mundo, a troco de violência e repressão! Enquanto os donos do poder e do sistema ostentam riquezas. O Estado coloca-se em eminente situação de ruptura e de esfacelamento. O Estado perde poder ao buscar manter ideológica e hierarquicamente o controle das suas forças policiais, pois os “cães-de-guarda” do Estado capitalista também são povo. Implode-se o binômio garantidor da lógica de acumulação: não há mais como suportar o processo dialético de concentração versus exclusão em massa.

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  43. Professor Boff.
    Qual a sua opinião aos protestos previstos com a chegada do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude?
    Na internet vários grupos (de ateus a evangélicos radicais) estão arquitetando uma grande manifestação contra o dinheiro público utilizado para a vinda do Bispo de Roma.
    Paz e Bem!!!

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  44. Leonardo Boff, comecei a me politizar lendo seus livros no final da década de 1970, principalmente JESUS CRlSTO LIBERTADOR. Como, na época, eu participava de grupo de jovens, numa paróquia dirigida por um padre jesuíta, com moradores em sua maioria formada por operários médios da USIMINAS, não tínhamos ideia do que era socialismo, comunismo … A siderúrgica impunha forte controle sobre as mentes dos metalúrgicos. A ditadura militar fornecia o caldo de cultura para todo o obscurantismo. O padre jesuíta dizia que “a opção preferencial dele não era somente pelos pobres”. Ele visitava frequentemente os chefões da USIMINAS. O senhor é um dos responsáveis pela minha tomada de consciência, que, inicialmente, eu assimilava parcialmente apenas a dimensão teológica dos seus livros. Hoje, como petista não tanto militante, sei que suas primeiras obras continham as sementes da transformação, da TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO. Respeito profundamente os crentes até mesmo porque já fui cristão católico e noviço jesuíta. Essa pretensa intimidade é também para concordar com um internauta, que nesses comentários, disse que o poeta cubano a que o senhor se referiu no quarto parágrafo parecia ser ROBERTO RETAMAR e não Ricardo como o senhor escreveu. Humildemente, de um ateu que vota em religiosos como Padre João – PT MG – e já votou em espiritualistas como João Magno de Moura – PT – MG.
    Paulo César Miranda
    IPATINGA – MG

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  45. desculpe-me a ousadia mas não concordo com sua reflexão. O PT em instâncias municipais fracassou tanto quanto na instância federa. Sou de Campinas e a devastação que o PT produziu nesta cidade as palavras não dão conta de contar. Em segundo lugar, professor, o “benefício” que o PT deu com suas bolsas-voto, não chegam aos pés da dinheirama que saqueiam dos cofres públicos sustentando 29 ministérios, 22mil cargos de confiança, superfaturamentos em obras públicas, “esmolas” a países “menos favorecidos”, má gestão da Petrobrás, compra da base aliada (paro por aqui, a lista é imensa e o sr. deve conhecer). O povo cansou de ser espoliado e enganado. Esta é grande revolta presa na garganta. E agora, aquele que se diz defender os pobres, na sua sandice está promovendo uma guerra civil, convocando associações acostumadas à violência para ir às ruas. O povo acordou, professor. Nada de bom o governo deu ao Brasil. O que é bom só é feito com honestidade e verdade e isto não acontece e não aconteceu nem na esfera municipal, nem na federal. Meus respeitos

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    • Olá Rose!

      Reli o texto do Boff e li o seu, e não achei QUALQUER relação. Em nenhum momento ele elogiou OU defendeu o PT. Muito pelo contrário!!!

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  46. Sempre procuro ler o que o senhor escreve. São sábias suas colocações. parabéns mais uma vez. Abraços

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  47. Meu pai,hoje já não está entre nós,previu essas grandes manifestações do povo.Falavam que ele era louco, muito pelo contrário sempre um visionário,capaz de prever coisas inimagináveis,até acontecer. Sempre dizia que um dia iriam invadir o espaço aéreo americano e soltar bombas ou algo que iria acabar com lugares de extrema importância nos Estados Unidos.No ano de sua morte, alguns meses depois o ataque aéreo as Torres gêmeas.No Brasil ele sempre falou que o povo não aguentaria e teriamos uma gerra civil.Ainda não chegamos nesse ponto?Mas teríamos uma revolução popular que mudaria o Brasil.Hoje fazem 12 anos de sua morte, sinto muita saudade.Te amo muito!E a cada dia me recordo mais de vc, e tento me lembrar de coisas que dizia, para tentar não me igualar ,tentar se “eu” mesma, não perder a minha identidade.Espero conseguir e, passar um pouco para os meus filhos os verdadeiros valores da vida.

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  48. Gostei muito da verdade dita por você:” a cada quatro anos, temos o direito de escolher o próximo ditador”. Minas tem sido um grande exemplo disso. A partir de Aécio Neves e, agora, Anastasia, passamos a viver momento de grande tormento. Veja bem, aqui, tava proibido qualquer tipo de manifestação. O judiciário, que não é livre, aceitou o pedido do Anastahitler, mas o povo foi capaz de superar com os protestos tal leviandade.

    Em Minas, o governo efetivou 100.000 servidores sem concurso público em 2008. E, em Minas, o governo não paga o Piso Salarial aos professores, no entanto, gasta milhões com a Globo, para convencer ao povo que paga 60% a mais do que o piso nacional.
    Espero, Leonardo, que o povo realmente esteja tomando o destino nas próprias mãos!
    Um abraço do seu ex-aluno em Petrópolis.
    Joaquim

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  49. Leonardo, talvez tenhamos que sermos eternamente guardiões dos anseios elucidados. Ajuda-nos nos espaços que possuir a deixar a bandeira erguida, mesmo que a queiram destruida. Cada um é uma bandeira, de sonhos de perspectivas germinadas de vontade de negar a realidade destruidora dos que estão no poder, inclusive o poder judiciário. Quanta impáfia os homens e mulheres no sistema de justiça.
    O sentimento que o mundo revelou com a renuncia de um papa e a eleição de Francisco, hoje alegrando-nos na possibilidade de testemunhar que o poder pode ser exercido para o povo.
    Viva Leonardo a capacidade de ainda podermos fazer valer que somos capazes.

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  50. é isso. concordo inteiramente e estou contigo e não abro. nas próximas eleições é preciso colocar lideranças que apoiem o presidente eleito e sejam dignas. quem é forte atualmente no congresso. saneys e cia? aí fica difícil mesmo. é preciso ir com muita atenção as ruas e as urnas.

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  51. Excelente análise. A massa passou a ser povo e o povo à cidadania. Tomou-se as ruas, não por manipulação política partidária ou sindical, mas pela ascenção de uma classe que passava fome, sede e hoje tem outros anseios… ” a gota d’agua. Me surpreendeu a resposta do Congresso ao anseio da povo, das ruas, tentaram se apropriar da mobilização, mas não conseguiram, passaram a falar a linguagem dos manifestantes, todos (Governo e Oposição). Uma nova construção está em andamento…que o gigante continue acordado. Paz e bem ao irmão Leonardo Boff.

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  52. A crise é prenúncio de solução…
    Nosso problema é que os “donos do poder”, ao longo dos 500 anos, construíram seu “dossel sagrado” da política e não parece fácil romper isso. O difícil, não é impossível; Quem “liderará” o novo?

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  53. Olá professor, é por isso que não canso de afirmar, no dia que um movimento ou partido propor uma nova constituinte para alterar a constituição e incluir prioritariamente – dentre muitos outras propostas – a Pena de Morte para representantes de primeiro escalão da área publica – juiz, politico, militar, ministros, etc . Prisão perpetua para os casos dos escalões inferiores – que forem pegos em situação de desvio e dano ao bem publico -, eu volto a participar e organizar manifestações de rua, do contrario, não servirei mais de massa de manobra para servir pura e simplesmente a jogos de poder.

    Para quem fala em volta do regime militar é bom lembrar que: essa grande divida em sua grande parte foi assumida no regime militar, como também, as grandes obras superfaturadas e inacabadas – Trans-amazônia, Usina Nuclear de Angra dos Reis, Madeira Mamore. Também não podemos esquecermos nunca que foi no regime militar que surgiu: Maluf, Antônio Carlos Magalhães, Jader Barbalho, Coronel Curio, Sarney, etc… que mandavam e demandavam por debaixo do pano.

    Obs: Uma lei com essa teria que vir seguida de um perdão total a tudo que foi cometido de irregularidade até a data da promulgação, pois, só assim iriamos ver de fato quem tá disposto a mudar profundamente este pais. O movimento podia ter o nome de “MARCO 0”, pois, só assim teríamos a chance de recomeçar este pais de um novo patamar de discussão. Isso sim, podemos não unificar totalmente o pais, no entanto, atingiria o coração de todas as mazelas que carregamos desde o “descobrimento do Brasil” O desmando com a coisa publica. E ai de fato teríamos como identificar, de fato, quem fato quer mudar o Brasil!

    Favor comentar!

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    • Ivan
      Por razões humanitarias, filosoficas e teologicas sou contra a pena de Morte. Nenhum ser humano recebeu de Deus o poder ou a licença de tirar o maior dom que Deus deu que foi a vida. Essa pode cometer erros. Mas ela guarda uma sacralidade básica que é o sinal da presença divina indestrutível dentro de cada um.
      Um rigorismo como o seu acaba por provocar revoltas e mais mortes.
      lboff

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  54. uma geração que não aceita a corrupção nem os corruptos, nem a forma nojenta de se fazer politica, ” do dando e que se recebe”.
    tolerou enquanto foi construindo em seu mundo virtual o modo de impor seus valores,
    uma vez encontrado o caminho a imposição do novo valor social é irrevogável, não existe trocas, conchavos, só a vigencia da dignidade satisfaz seus desejos.
    assim essa classe politica , esse modo de fazer politica não tem escolha , não tem como sobreviver, se esperneiam entregam os anéis mas não será suficiente , essa geração querem suas almas perdidas purgando no purgatório.

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  55. Apesar do processo de redemocratização do Brasil ter resultado numa democracia quase nada autêntica e muito superficial, estamos acostumados com a ideia de que ela é um bem imóvel plenamente entendido e estabelecido em nossas vidas. Mas na verdade as decisões de monta são tomadas pelas grandes organizações financeiras internacionais, os bancos mundiais etc. Enquanto ficamos aqui, de quatro… em quatro anos entrando numa fila para exercer um rito central disso que chamamos democracia, aqueles que efetivamente governam o mundo não são eleitos democraticamente pelo povo, e manipulam aqueles que elegemos.
    Um dos resultados mais escancarados dessa situação em que os representantes públicos representam, na verdade, os interesses do poder econômico, o qual seqüestrou e adulterou o que continuamos chamando de democracia, é a crescente despolitização do debate político.
    Como alianças foram feitas segundo o consenso de que não se governa sem barganhas, em nome da governabilidade, que significa, na verdade, a manutenção do poder, todas as correntes ideológicas tendem a se diluir numa massa disforme que constitui a classe de representantes públicos, a qual alimentamos. E os partidos políticos PARECEM convertidos em meras moedas de troca.
    Partindo daí, ao que parece, os “representantes da vontade popular” são percebidos como atores mais empenhados na manutenção do poder do que nos esforços pelo bem comum. Grosso modo, no senso comum há uma divisão binária de grupos:
    – um, formado pelos ocupantes de cargo no poder constituído que se alimenta em todos os sentidos do outro grupo, nós.
    – este outro, uma imensa maioria, que sustenta o primeiro, o qual vive, integralmente, de explorá-lo.
    Talvez, em perigoso resumo, o que está sendo dito nas ruas é: até quando suportaremos mantê-los sobre nossas costas acreditando na ilusão de que estamos sim cumprindo um rito democrático que tem por objetivo zelar pela nossa saúde, nossa educação, nossa segurança e nosso bem-estar em geral? A motivação das manifestações é uma reação contra esse estado de coisas estabelecido politicamente na sociedade brasileira.
    Por isso, quando eu reclamei da falta de foco do movimento, em que medida não estou apenas ressentido por não ver as agendas da minha corrente ideológica em primeiro plano? Essa agenda dará conta desse momento? É óbvio que a grande micareta cívica que percorre as ruas não corresponde à totalidade do movimento, mas é justamente ela talvez um território fértil para a penetração das forças mais conservadoras da sociedade.
    Quando Aécio diz que Dilma, em seu pronunciamento, reproduziu exatamente o tipo de ação política que está sendo rechaçada nas ruas de todo o país, ele sabe muito bem do que está falando, ele sabe muito bem estar ele mesmo desde sempre completamente inserido nessa prática política a que alude. Por mais que coloquem carros-palanque apartidários em meio à turba, dificilmente eles cooptarão a massa.
    Nem por isso acho que as manifestações deverão ter por substância APENAS uma percepção coletiva altamente negativa em relação à classe política. Isso porque, ainda que em larga medida homogeneizados por conta dos expedientes de barganhas, ainda existem diferenças ideológicas entre os partidos, ao contrário do que vociferam os mais exaltados.
    O PT se afastou muito de pautas como reforma agrária, proteção e garantia de territórios para os povos originais, envolvimento estreito com os movimentos sociais etc, mas os avanços sociais conquistados nos últimos anos dizem de um imenso residual ideológico que ainda o diferencia do PSDB.
    É um tanto utópica, mas não descartável, a possibilidade de que a “energia das ruas”, de que falou Dilma, possa desvencilhar consideravelmente o governo dos embaraços adquiridos justamente na consolidação de sua governabilidade.
    Tomara.

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    • Análise pertinente a de Leonardo Boff, no entanto, a opinião expressada pelo Gilson Ribeiro, nos alerta sobre o que está em jogo, neste conjunto de interesses diversos, no qual a velha mídia ainda exerce forte influência.

      A multidão na rua, manifesta o pensamento comum, o descontentamento do perceptível à luz do que é exibido nas telas e impressos a que tem acesso. De outro, um governo que não consegue explicar os megaeventos, sua participação nos investimentos e os benefícios sociais a médio e longo prazo. Prevalece, é claro, a versão predominante estampada diariamente nas primeiras páginas dos impressos e repercutidos nas redes sociais.

      Esta ação popular , contudo, traz uma energia que não pode ser desperdiçada pelos que sempre lutaram pela igualdade e justiça social e que procuram organizar uma estratégia generosa de transformação política no país. Distinguir o joio do trigo, contextualizar no meio de tantas informações fragmentadas é o desafio dos que se propõe a encontrar os sentidos desta revolução, talvez a chave não seja, apenas, a participação mas o compartilhamento, a disseminação do conhecimento e a criação, através dos dispositivos comunicacionais, de novas formas de interação popular.

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    • Senhor Gilson, esta sua afirmação, : “É um tanto utópica, mas não descartável, a possibilidade de que a “energia das ruas”, de que falou Dilma, possa desvencilhar consideravelmente o governo dos embaraços adquiridos justamente na consolidação de sua governabilidade.Tomara.” é utópico por que a Dilma não tem força, está amarrada pelos acordos, não obstante o Brasil estar encabrestado pelo império econômico (mundial), com o o senhor bem colocou, que determina qual será o regime econômico do país x ou y. Ainda assim, se ela quisesse se unir a nação brasileira, ela teria fechado o congresso com o apoio do povo e do exército (como Brizola, antes do golpe dos militares reacionários em 64, junto com os EUA). E ela NÃO o fez. Perdeu a vez e o bonde da história.

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  56. Caro Boff, vc é um dos poucos intelectuais do PT que lei e admiro sem qualquer restrição……

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  57. Leonardo Boff é uma referência, tive a oportunidade de ganhar uma de suas obras, quando comecei o trabalho na crisma, onde fui durante alguns anos catequista. Depois ingressei na faculdade de História, no UNIBH. E percebi mesmo antes do curso de História, a importância na esfera da renovação do Brasil, que nosso país precisava sofrer. Desde a religião até política sócio econômica. E as obras de Leonardo Boff, em especial “A água e a galinha” contribui em muito para aguçar o olhar crítico. Por isso, tenho que agradecer em muito a esse grande mestre!

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  58. Como sempre.. ótima reflexão, e ótimo argumento sobre o direito a vida.Como o colega, acima..Este grande mestre me representa! 🙂 Que Deus continue o iluminando e guiando!

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  59. Angela Rodrigues.
    Caro Leonardo Boff,`
    Muito bom o texto a respeito de todo esse movimento que vem acontecendo no Brasil.
    Ótima a ressalva que você faz dizendo que:
    “Representa um desafio para qualquer analista interpretar tal fenômeno”. Não basta a razão pura; têm que ser uma razão holística que incorpora outras formas de inteligência, dados racionais, emocionais e arquetípicos e emergências, próprias do processo histórico e mesmo da cosmogênese. Só assim teremos um quadro mais ou menos abrangente que faça justiça à singularidade do fenômeno.

    Acrescentaria ai as doenças causadas pelo consumismo, do distanciamento do “homem“ da natureza, do natural, passando a viver em mundo artificial, virtual, sem contato com a Divina criação.
    Todas as formas de agressão ao meio ambiente, destruição de Florestas inteiras, a polução de rios e mares, aquecimento global, a crueldade com os animais, o distanciamento das leis naturais que regem o Planeta, enfim com certeza isso repercuti na psique humana, e a lei de causa e efeito se cumpri, tendo assim que procurarmos o equilíbrio mental neste mudo estonteante .

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  60. Leonardo Boff, como explicar que a população que sai as ruas e praticamente a mesma que glorifica o futebol anti ético das faltas “taticas” do Felipão. O futebol que o fim justifica os meios?

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  61. Ilmo. LBoff, seria muito bom se o sr. pudesse responder a todos os comentários e não somente os que lhe desagradam ou ofendem, assim mudamos essa inversão de valores horripilante. Vamos deixar de valorizar o negativo e valorizar mais o que temos de bom! O que acha?

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    • Nilma
      Se fosse responder a todos os comentários, não faria outra coisa neste mundo, além dos 300-500 e-mails que recebo a cada dia. Preciso trabalhar e viver minha vida cotidiana e não posso nem quero ficar o dia inteiro diante do computador.
      Espero que tenha compreensão. Até estou pensando em sair disso tudo, twitter, facebook e blog. Assim ganharia tempo para aquilo que acho essencial a fazer na idade que já tenho.
      lboff

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      • Gostaria de parabenizar sua atitude de dedicação humanitária á todos nós, seu trabalho muito enriquece a nossa cultura e o desejo de um mundo melhor. Se Deus permitiu que sua presença nesse mundo hostil, que se encontra hoje, fosse marcada por amar ao próximo mesmo que esse não entenda, continue concedendo sua sabedoria a todos pois daqui nada levaremos para junto do Pai porém deixaremos um legado que será a maior riqueza que se possa produzir e deixar de herança ás gerações futuras. Que Deus te abençoe hoje e sempre.

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  62. Momento de reflexão.
    Momento de MUDANÇA!
    Pensamento coletivo positivo é força incomensurável.(Toda construção antes foi pensada)
    Vamos vibrar Amor, ( pensar em Luz Dourada que é amor do Cristo )
    Muita Luz e Paz, Para Todos!!!

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  63. Quando falo de Ethos, falo em algo muito além de ética e moral. Fala-se em condições para coexistência na era digital. Tempo em que a educação para força de trabalho, não faz melhorar o mundo, não faz a humanidade progredir ou ser mais humana. Poucos dos 7 Bi da população é milhonário e menos ainda bilhonário… precisamos de educação humana e cidadã, muitos das pessoas da massa já não se sente parte transformadora desta morada e perde o sentido da vida. Queremos mudanças nas políticas públicas e fim da corrupção!

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  64. A única forma de revolucionar a política nesse país é nas urnas, não reelegendo ninguém. Se preciso for anular todos os votos.

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  65. Frei Leonardo, sou profunda admiradora de seus textos e reflexões sobre o nosso país, assim como fui do professor Darcy Ribeiro. Gostaria que me esclarecesse em que a presidente Dilma tem ou está errando, para ser o alvo preferido dessas manifestações?
    Sou eleitora de Dilma e confio nela, por isso estou perplexa com a agressividade com que é tratada pela mídia e pelas ruas? Por favor, esclareça-me.

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  66. Leonardo Boff,
    Lembro-me de escutar alguma entrevista do senhor durante o Forum Mundial que tinha como assunto o judiciario. Senhor disse que o sistema é o mesmo desde seculos e necessita reformas urgentes.Com o atual julgamento – segundo- que tal falar mais sobre o assunto. Gosto muito de suas opinioes. Serà que as consequencias, sequelas da corrupcao nao sáo suficientes para escutar o clamor do povo?

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  67. Obrigada Professor Leonardo Boff, não sei se você gosta de ser tratado assim, mas é desta forma que lhe concebo pois aprendo muito com suas análises tão críticas e que contribuem com minhas aulas de Geografia do Brasil no curso de Geografia aqui da UEG-Minaçu, no extremo norte de Goiás. Tive o primeiro contato com suas obras durante as aulas de Filosofia da Educação, com as indicações do Prof. Caudemiro Godoy, que não está mais entre nós, mas que deixou frutos e reflexões que vão de encontro com suas posturas politicas e filosóficas. Todas vez que leio seus textos lembro desse professor que me ensinou bastante também. Obrigada por continuar escrevendo e nos dando a alegria de ler textos tão ricos.

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  68. Puxa vida! Você me desengasgou profundamente, sinto-me gritando esse texto em todas as mídias. Estou encalacrada às voltas com um TCC de última hora(?) com exatamente esse tema. Como mantermos vivas e ativas as conquistas dos últimos anos? Que fazer para relacionar a possibilidade do grito participativo com o OP, as Conferências, o Saúde Participativa, Conselhos Gestores capacitados e capazes de intervenções altamente qualificadas e reais?
    Grata
    Heloisa Helena

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    • Heloisa
      Os filhos dos programas sociais mostram que tem outras fomes. Se o PT quiser continuar no poder tem que mudar de agenda e atender estes reclamos que são simplesmente diretos humanos negados,
      lboff

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  69. Prezado e admirado Mestre.
    A sensibilidade invadiu-me em face da passeata de 20 de junho de 2013. Aí descobri que o trabalho do escritor, do jornalista, do filósofo não é para qualquer um. Com muito esforço e insonia, nem raspei a belíssima captura do momento fugidio da História do povo brasileiro, como o fez Vossa Excelência. Mas, tentei e decobri minhas limitações. Mais uma vez obrigado e um grande amplexo pro Valdemar Boff. Assim, eu, também, disse: http://paradigma-paradigma.blogspot.com.br/2013_07_27_archive.html

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  70. O objetivo não é tão somente alertar o micro (governos – base aliada/direita/esquerda). Tem-se por escopo levantar a bandeira brasileira contra o macro, contra todos os poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário) desprovidos da moralidade.
    É chegada a hora de cobrarmos a reforma política tão prometida, esperada e adormecida em sono profundo em berço esplêndido no planalto brasileiro.

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  71. […] Esse fato das multidões nas ruas me faz lembrar a peça teatral de Chico Buarque de Holanda e Paulo Pontes escrita em 1975: ”A Gota d’água”. Atingiu-se agora a gota d’água que fez transbordar o copo. Os autores de alguma forma intuíram o atual fenômeno ao dizerem no prefácio da peça em forma de livro: “O fundamental é que a vida brasileira possa, novamente, ser devolvida, nos palcos, ao público brasileiro… Nossa tragédia é uma tragédia da vida brasileira”. Ora, esta tragédia é denunciada pelas massas que gritam nas ruas. Esse Brasil que temos não é para nós; ele não nos inclui no pacto social que sempre garante a parte de leão para as elites. Querem um Brasil brasileiro, onde o povo conta e quer contribuir para uma refundação do país, sobre outras bases mais democrático-participativas, mais éticas e com formas menos malvadas de relação social. Esse grito não pode deixar de ser escutado, interpretado e seguido. A política poderá ser outra daqui para frente. (Artigo: “As multidões nas ruas: como interpretar?) […]

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