Roma e a Teologia da Libertação: fim da guerra

O que escreverei aqui não tem nenhum sentimento de revanche. Repito o que disse ao então Card. Joseph Ratzinger, depois Papa Bento XVI, no final do julgamento a que fui submetido no edifício da ex-Inquisição, à direita de quem vem da Via della Concilizione no dia 7 de setembro de 19845: a última palavra sobre o significado da Teologia da Libertação não a tem o Sr., Cardeal, nem eu, mas a Deus e a verdade da história que, no seu tempo, virá à luz. E parece que está vindo à lume agora, quando o atual Presidente da Congregação da Doutrina da Fé o arcebispo (não é ainda Cardeal) Gerhard Ludwig Müller escreveu um livro conjuntamente com um dos fundadores da Teologia da Libertação o peruano Gustavo Gutiérrez com o significativo título Da parte dos pobres: Teologia da Libertação, Teologia da igreja, Padua 2013. Ai se confessa claramente que o combate contra a TL estava ligada a interesse ideológicos, próximos do capitalismo e do status quo imperante na América. Curiosamente, o combate contra a TL se fundava na acusação, revelada como falsa, de que se inspirava no marxismo e representava o cavalo de Tróia pelo qual entraria o marxismo na América Latina. O corifeu desta falsificação foi o Card. Alfonso Lopez Trujillo de Medellin, hoje falecido, e em sua medida, tambem o Card. Eugênio Salles do Rio de Janeiro, também falecido. Publico este texto especialmente para leitura daqueles que neste blog insistem em acusar a TL e a mim pessoalmente de marxistas, comunistas e outras  desqualificações. A luz tem mais direito que as trevas. E aquilo que foi verdade naqueles dias turbulentos em que éramos perseguidos pelos Orgãos de Segurança dos Militares e publicamente difamados por nossos próprios irmãos de fé, continua verdade hoje e oxalá sempre: os pobres gritam por serem oprimidos; pertence à missão da fé cristã ouvir este grito e fazer o que puder para que eles, conscientizados e organizados, possam sair daquela infame situação que não agrada a ninguém, nem a Deus. LB
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“O movimento eclesial teológico da América Latina, conhecido como “teologia da libertação”, que depois do Vaticano II encontrou eco em todo o mundo, deve ser considerado, na minha opinião, entre as correntes mais significativas da teologia católica do século XX”.

Quem consagra a Teologia da Libertação com esta elogiosa e peremptória avaliação histórica não é nenhum representante sul-americano das estações eclesiais do passado. O “certificado” de validade chega diretamente do arcebispo Gerhard Ludwig Müller, atual Prefeito do mesmo dicastério vaticano – a Congregação para a Doutrina da Fé – que durante os anos 1980, seguindo o impulso do Papa polonês e sob a direção do então cardeal Ratzinger, interveio com duas instruções para indicar os desvios pastorais e doutrinais que também incluíam os caminhos que as teologias latino-americanas haviam tomado.
A reportagem é de Gianni Valente e publicada no sítio Vatican Insider, 21-06-2013. A tradução é do Cepat.

A avaliação sobre a Teologia da Libertação não é uma declaração que escapou acidentalmente ao atual custódio da ortodoxia católica. O juízo, meditado, aparece nas densas páginas do volume do qual foi tirada a frase: uma antologia de ensaios escrita a quatro mãos, impressa na Alemanha, em 2004, e que agora está sendo publicada na Itália com o título “Da parte dos pobres, Teologia da Libertação, Teologia da Igreja” (Ediciones Messaggero, Padua, Emi).

Atualmente, o livro irrompe como um ato para encerrar as guerras teológicas do passado e os resíduos bélicos que de tempos em tempos brilham para espairecer alarmas que representam ora interesses, ora pretextos. O livro é escrito pelo atual responsável pelo ex-Santo Ofício e pelo teólogo peruano Gustavo Gutiérrez, pai da Teologia da Libertação e inventor da própria fórmula utilizada para definir essa corrente teológica, cujas obras foram submetidas a exames rigorosos durante muito tempo pela Congregação para a Doutrina da Fé em sua longa estação ratzingeriana, embora nunca tenha sido condenado.

O livro representa o resultado de um longo caminho comum. Müller nunca ocultou suaproximidade com Gustavo Gutiérrez, que conheceu em 1998 em Lima durante um seminário de estudos. Em 2008, durante a cerimônia para o doutorado honoris causa concedido ao teólogo Müller pela Pontifícia Universidade Católica do Peru, o então bispo de Regensburg definiu como absolutamente ortodoxa a teologia de seu mestre e amigo peruano. Nos meses anteriores à nomeação de Müller como presidente do dicastério doutrinal, foi exatamente sua relação com Gutiérrez que foi evocada por alguns como prova da não idoneidade do bispo teólogo alemão para o posto que ocupou (durante 24 anos) o então cardeal Ratzinger.

Nos ensaios da antologia, os dois autores-amigos se complementam reciprocamente. SegundoMüller, os méritos da Teologia da Libertação vão além do âmbito do catolicismo latino-americano. O Prefeito indica que a Teologia da Libertação expressou no contexto real da América Latina das últimas décadas a orientação para Jesus Cristo redentor e libertador que marca qualquer teologia autenticamente cristã, justamente a partir da insistente predileção evangélica pelos pobres. “Neste continente”, reconhece Müller, “a pobreza oprime as crianças, os idosos e os doentes”, e induz muitos a “considerar a morte como uma escapatória”. Desde as suas primeiras manifestações, a Teologia da Libertação‘obrigava’ as teologias de outras partes a não criar abstrações sobre as condições reais da vida dos povos ou dos indivíduos. E reconhecia nos pobres a “própria carne de Cristo”, como agora repete o Papa Francisco.

Justamente com a chegada do primeiro Papa latino-americano surge com maior força a oportunidade para considerar esses anos e essas experiências sem os condicionamentos dos furores e das polêmicas daquela época. Mesmo afastando-se dos ritualismos dos “mea culpa” postiços ou das aparentes “reabilitações”, hoje é muito mais fácil reconhecer que certas veementes mobilizações de alguns setores eclesiais contra a Teologia da Libertação eram motivadas por certas preferências de orientação política mais que pelo desejo de guardar e afirmar a fé dos apóstolos.

Os que pagaram a fatura foram os teólogos peruanos e os pastores que estavam completamente submergidos na fé evangélica do próprio povo, que acabaram “triturados” ou na sombra mais absoluta. Durante um longo período, a hostilidade demonstrada para com a Teologia da Libertação foi um importante fator para favorecer brilhantes carreiras eclesiásticas.

Em um dos textos, Müller (que numa entrevista de 27 de dezembro de 2012 havia expressado a hipótese do cenário de um Papa latino-americano depois de Ratzinger) descreve sem meias palavras os fatores político-religiosos e geopolíticos que condicionaram certas “cruzadas” contra a Teologia da Libertação: “Com o sentimento triunfalista de um capitalismo que, provavelmente, se considerava definitivamente vitorioso”, refere o Prefeito do dicastério doutrinal vaticano, “misturou-se também a satisfação de ter negado desta maneira qualquer fundamento ou justificação da Teologia da Libertação. Acreditava-se que o jogo com ela era muito simples, lançando-a no mesmo conjunto da violência revolucionária e do terrorismo dos grupos marxistas”.

Müller também cita o documento secreto, preparado para o presidente Reaganpelo Comitê
de Santa Fé, em 1980 (ou seja, quatro anos antes da primeira Instrução sobre a Teologia da Libertação), no qual se solicitava ao governo dos Estados Unidos da América que agisse com agressividade contra a “Teologia da Libertação”, culpada por ter transformado a Igreja Católica em “arma política contra a propriedade privada e o sistema da produção capitalista”.

“É desconcertante neste documento”, destaca Müller, “a desfaçatez com que seus autores, responsáveis por ditaduras militares brutais e por poderosas oligarquias, fazem de seus interesses pela propriedade privada e pelo sistema produtivo capitalista o parâmetro do que deve valer como critério cristão”.

Após terem passado décadas de batalhas e contraposições, justamente a amizade entre os dois teólogos (o Prefeito da Doutrina da Fé e aquele que durante um tempo foi perseguido pelo mesmo dicastério doutrinal) alimenta finalmente uma ótica capaz de distinguir as obsoletas armações ideológicas do passado da genuína fonte evangélica que impulsionava muitas das rotas do catolicismo latino-americano depois do Concílio.

Segundo Müller, Gutiérrez, com seus 85 anos (e que pretende viajar à Itália e passar por Roma em setembro), expressou uma reflexão teológica que não se limitava às conferências nem aos cenáculos universitários, mas que se nutria da seiva das liturgias celebradas pelo sacerdote com os pobres, nas periferias de Lima. Ou seja, essa experiência básica graças à qual – como disse sempre simples e biblicamente o próprio Gutiérrez– “ser cristão significa seguir a Jesus”. É o próprio Senhor, acrescenta Müller ao comentar a frase de seu amigo peruano, quem “nos dá a indicação de nos comprometermos diretamente com os pobres. Fazer prevalecer a verdade nos leva a estar do lado dos pobres”.

Gianni Valente

Domingo, 23 de junho de 2013

Fonte:  http://www.ihu.unisinos.br/noticias/521277-roma-e-a-teologia-da-libertacao-fim-da-guerra

e: http://www.padrescasados.org/archives/12408/roma-e-a-teologia-da-libertacao-fim-da-guerra/#more-12408

100 comentários sobre “Roma e a Teologia da Libertação: fim da guerra

  1. Sou muito feliz por conhecer um pouquinho da Teologia da Libertação e ter acordada para a vida.

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  2. Belo texto. Mas esta frase aqui merece correção: “(…)para leitura daqueles que neste blog insistem em acusar a TL e a mim pessoalmente de marxistas, comunistas e OUTRAS DESQUALIFICAÇÕES.” Ser ou não ser não sei, há o respeito!

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  3. Parece estranhável que agora, quando sobem as esperanças de muita gente, culta e inculta, na força espiritual do Papa Francisco, homem de Deus para os homens, estranhável, repito, se pense em canonizar o ex-papa polonês, João Paulo II. Foi um dos principais perseguidores práticos da Teologia da Libertação.
    Se milagres operou (?). O que é “milagre” e que diferença há entre “milagre” e fenômeno parapsicológico?
    Ver >>>>https://www.google.com/search?q=fen%C3%B4meno+parapsicol%C3%B3gico&hl=pt-BR&sourceid=gd&rlz=1Q1GGLD_pt-BRBR542BR542
    Pois, em que, na sua vida com os homens, esteve ele na semelhança com Jesus Cristo? Lastimo essa contradição.
    Mozar Costa de Oliveira, 79 anos (desembargador e professor de Direito aposentado, Santos, Estado de São Paulo).

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    • É por isso que TDL fica desacreditada, coisas mais importantes e práticas são reduzidas ao ao gosto ou tendencia pessoal, Libertação também é intimo à pessoa, pois também precisamos nos libertar de posições que achamos (e nem sempre são) particulares.

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  4. Infelizmente a Igreja não pode fazer mais nada por ela mesma, quem dirá pelos pobres! A “Santa Igreja” sempre esteve dos lados das elites, ricos e “chiques”… Está fadada a decadência porque não possui a hegemonia do passado, perde espaço para outras religiões, ensina uma coisa mas a maioria dos fiéis fazem outra! Certos grupos não têm espaço na Igreja! É só olhar o ódio e desprezo com que a Cúria trata as mulheres, negros e gays, os quais chamou de “aberrações”. Perdeu a oportunidade de construir algo de frutuoso e caracterizar a historia, modificando a sua fama de “megera domada”! E a TL era uma das “esperanças”, mas foi rejeitada!Não concordo quando dizem que esse papa mudará algo, não vai! Só ele ele acabasse com os luxos dos “Santos Padres”, que passam ferias no castelo com fechadura de ouro! Fechasse o banco do Vaticano, doando todo o dinheiro para quem precisa, utópia! O povo não “engole” mais esse autoritarismo exacerbado!

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  5. Nesses tempos de desejo de renovação, de despertar para a criação de um mundo mais justo, por isso, mais fraterno, nada mais pertinente que trazer à baila a Teologia da Libertação para discussões que nos levem a uma teologia verdadeiramente cristã. Isto é, que tenha Cristo como ponto de partida e de chegada.

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  6. Ñ sou Teologia, sou apenas um leigo sem muito estudo, mas sou um adepto da TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO. espero ainda ve-la atuante em nossas igrejas.

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  7. Que coisa boa!!! Vivi pra ver isso e novo alento chega a minha alma. Sim a verdade, a justiça tinha que ter voz e vez. Muito Feliz…..

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  8. LA VERDAD COMO UNA FLOR EN EL BASURAL… ¡¡ SIEMPRE EMERGE !!

    GRACIAS ESTIMADÍSIMO LEONARDO POR HABER DADO TANTO A LA HUMANIDAD EN GENERAL Y A AMÉRICA LATINA EN PARTICULAR…

    DIOS Y EL AMADO PAPA FRANCISCO TE BENDIGAN…

    UN FUERTE ABRAZO ARGENTINO Y PERONISTA

    HERIBERTO

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  9. meu amigo. a igreja não legitimou a TL em momento algum. esse artigo é somente uma coletanea de um bispo que ocupa atualmente o posto do santo oficio, e não se sabe até quanto. Vê-se claramente que o papa francisco não é adepto da teologia da libertação. agora o senhor diz que não é marxista, mas O QUE VEJO NO DIA A DIA DAS CEB´S nada mais é do que marxismo, slogans esquerdistas. seu colega FREI BETTO, fala claramente que o REINO DO CÉUS É CUBA. os seus seguidores não se contentam em falar do pobre, mas tendenciosamente alteram os ritos liturgicos e perseguem quem ama a liturgia solene e tradicional, como a missa tridentina (QUE POR SINAL O PAPA FRANCISCO JÁ DISSE SER INTOCÁVEL), o uso da batina é repelido sob a funesta indagação de que seu uso afasta o clero do “povo”. nega-se os dogmas eclesiais, a ponto de admitir praticas sincretistas como o CANDOMBLÉ e demais. NAS CEB´S o que vi sempre foi a relativização de conceitos morais, como homosexualismo, moral cristã. SE VOCES FIZESSEM ISSO E SE CONTENTASSEM ASSIM seria um pouco melhor, mas não voces fazem questão de criticar e rotular que é tradicional, quem usa batina e defende a hierarquia da igreja. E O PT, partido esquerdista que os senhores criaram e levaram ao poder.

    AMIGO GENEZIO, creio que o papa francisco não legitimara em nada o seu movimento, visto que os papas são escolhidos pelo espirito santo e claramente em BUENOS AIRES, a sua postura sempre foi anti ideológica. quanto ao cardeal sales, de veneravel memoria, o que o senhor diz DAS PASTORAIS SOCIAIS QUE ELE IMPLEMENTOU NO RIO DE JANEIRO? O QUE O SENHOR DIZ DA PROTEÇÃO QUE ELE DEU A CLANDESTINOS NO REGIME DE EXCEÇÃO? E O QUE O SENHOR DA AMIZADE QUE ELE NUTRIA POR DOM HELDER, A PONTO DE SALVÁ-LO DA PRISÃO?

    questões que nunca vi o senhor tocar. quem sabe agora é o momento. a paz de cristo.

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    • Ai temos claramente a posição de alguém que representa a TFP e todo o tradicionalismo que ela representa. Talvez desconheça o verdadeiro significado da Teologia da Libertação. Sugiro que leia mais os evangelhos, pois lá, com certeza encontrará um Cristo, caminhando com os pobres e buscando a libertação de toda forma de opressão. O desconhecimento também é opressão, a falta de respeito para com as outras religiões é opressão, a crítica pura e simples, sem conhecimento de causa é opressão. A TL nunca abandonará a liturgia da Igreja, mas, busca sempre renovar e tornar mais próxima do povo. De que adianta usar uma batina dourada para exibição e ostentação se muitos defendem a riqueza, o luxo, ao lado de tantos que não têm o que comer? Quanto ao Papa Francisco, temos esperança de que seja uma renovação na Igreja, pois, São Francisco é sua inspiração e quem conhece a vida deste Santo, sabe como ninguém que ele realmente pregou e viveu a Teologia da Libertação naquela época.

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    • Leio Boff desde o seu ‘Igreja, carisma e poder’ e cresci dentro do marco histórico que foi a teologia da libertação: cuidar do coletivo da pobreza em terras latino-americanas sempre foi cuidar tb da pobreza dentro de cada um de nós, filhos e filhas de Francisco de Assis. Como eco-feminista sempre tive comunhão com os textos de Leonardo Boff, E se ele recomenda essa leitura de Gutiérrez é mister lê-lo. A América Latina ainda não acordou para a força que tem. Quase ninguém acordou ainda para ler Simón Bolivar e Borges escrevendo sobre Martín Fierro. Muitos de nós acham que as respostas estão na Europa (que naufraga na decadência de suas estruturas políticas e econômicas carcomidas pela gestão fraudulenta de uma opulência que está se desmontando a olhos vistos) e não percebem que as respostas estão aqui, ao sul das Américas, ao sul das Américas, ao sul das Américas…

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  10. Esperemos que nossas autoridades eclesiásticas enfim vejam que Tudo que vem de Deus nunca ninguém conseguirá sufocar.

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  11. Que boa notícia! A verdade sempre prevalece. Infelizmente muitas pessoas foram discriminadas, sofreram perseguições e muitos deixarem de construir a si e a um mundo melhor com a TL Foi através das reflexões da TL que construí minha opção pelos pobres, apesar de ter tido nota mínima (6) na minha tese de conclusão do curso de teologia, em 1979, por ter seguido os ditames da TL. Não me fez falta a nota baixa nem as retaliações me tiraram do caminho dos pobres. Entretanto, sinto muito pelo que ocorreu com os teólogos da TL que tiveram de se calar diante do poder de alguns que pensavam que detinham a verdade. A verdade só a Deus pertence, como disse Boff.

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  12. Prezado Leonardo,
    Não vejo que Ratzinger nem o Vaticano tenha condenado sem mais a teologia da libertação. Apenas chamaram a atenção para o real perigo de certas correntes da TdL que faziam do conceito sociológico do pobre o supremo “locus” teológico e o critério fundamental para toda a teologia, a ponto, por exemplo, de comparar o magistério da Igreja com os detentores de meios de produção e o povo, com o proletariado. Ratzinger sempre disse que a nossa opção pelo pobre é patentemente teológico-cristológica e se deixa iluminar pela fé da Igreja. O problema de certas linhas da TdL é que o fundamento teológico dessa opção é, sim, reivindicado, mas quase nunca ou nunca suficientemente explicitado conforme a fé eclesial.

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  13. O documento do então Cardel Ratzinger, analisando a Teologia da Libertação, nunca fora refutado. Ali se encontra, não apenas críticas contundentes, mas uma demonstração definitiva de que a Teologia da Libertação não tem respaldo na Tradição e muito menos nas Sagradas Escrituras.

    É incrível que o senhor insista no erro e continue a afastar as almas da verdadeira fé católica. Que Deus te repreenda!

    Nisso tudo, o que tem de mais patético, é tentar convencer alguém de que a TL nunca foi socialista ou comunista, sendo que o senhor sempre apoiou politicamente os partidos socialista e comunistas – assim como os demais ‘líderes’ desse movimento.

    Sejamos sinceros: agora que já dominaram a cultura (afinal, quem não é socialista hoje em dia?), deram essa guinada mística, abraçando um ecumenismo grosseiro e artificial, pois estão de acordo com a funesta idéia da nova civilização proposta pela Onu, onde só há espaço para uma religião estatal e totalmente controlada por tecnocratas.

    O senhor deveria ter vergonha de enganar tanta gente e, com isso, colocar tantas almas em perigo. Mas crer que um ideólogo, um agente político como o senhor se envergonhe, já é demais.

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    • Rogério,

      Vc não entendeu que os tempos mudaram. Quem fala não sou eu ma o sucessor de Ratzinger, Presidente da Cpngregação para a Doutrina da Fé. Vc que parece ser tão fiel a Roma é obrigado a ouvir a autoridade maxima na materia e respeitá-la. É consenso da maioria dos bispos que o primeiro documento feito pelo Card.Ratzinger não representava a verdadeira TL. Por isso teve (foi obrigado) a escrever os segundo documento, positivo. Eu estava presente na conversa de nossos dois Cardeais Lorscheider e Arns com o Card.Ratzinger que simplesmente exigiram o novo documento. Ratzinger aceitou e até pediu que eu e meu irmão Clodovis que estava em Rma fizessemos contribuições escritas. Foi o que fizemos e pessoalmente levamos à Congregação. Se isso não basta não sei onde vc coloca sua cabeça.
      lboff

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      • Este è o classico esemplo de gente que nao conhece nada, e que comeu sempre de gra@a das maos dos ricos. Se lembre Rogerio que os ricos o sao ladroes o sao filhos de ladroes: Quem dizia isto era o grande Sao Baislio Magno, em uma sua famosa pregaçao.
        O que o TL diz è o seguinte: aprende a falar de Deus estando sempre com os pobres e nao com os ricos. Simples nao è? Entao se voce nao sabe o que significa viver como um pobre que busca a sau libertaçao no sonho de Deus, voce e otrous como voces nunca iraao entender nada. Me desculpo pelo meu portugues aranjado sou italiano e escrevo daqui da Italia.
        Muito obrigado fratello Boff, eu tenho lido toda a sua obra voce è grande e Deus maora contigo.Rezo muito por voce e ortous como voce que conheci no Maranhão quando morei po dez anos. E como disse o grande Dante Alighieri: “Non ti curar di loro ma gurada e passa”. A justiça de Deus tarda mas nao falha e è bom que voce possa nesta vida, saborear sem nehum senso de vingança, o sabor de ter tido razaò em pensar com os seus colegas, na Teologia da Libertaçao. Que Deus todo poderos aben@oe nos todos, tamben o nosso irmao Rogerio. Ciao

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      • A única coisa que sabem fazer quando não têm argumento é acusar aos outros de ‘comer na mão dos ricos’?

        Interessante como não criticam o sr. Boff por morar muito bem em Petrópolis, numa casa bonita e muito cara. Se a espiritualidade da TL é incorporar a pobreza, o sr. Boff anda muito longe dela, pois só usa o pobre para justificar uma posição política e penhorar seu apoio ao PT.

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      • Hugo
        Que vc sabe de minha vida? Nada. Inventa e fantasia. Nunca usei o pobre. Por 20 anos trabalhei no lixão de Petropolis e sempre que posso nas viagens visito periferias e apoio movimentos sociais que lutam por seus direitos. Eles sabem de minha vida e perseguições e difamações pelas quais passo. Mas isso não é nada diante do que eles passam. Continue fantasiando e criando maledicências…que vão por conta de sua fantasia e não da realidade.
        lboff

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    • Rogério,

      As suas colocações são dignas pena. Precisa estudar e compreender melhor a História! É por causa de tanta intolerância que o mundo vive cheio de guerra e de morte. Você deveria ter vergonha de afirmar algo de uma pessoa que com certeza você não conhece.

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  14. Continua sempre sofista…Ratzinger nunca condenou a TdL e sim algums proposições suas…mas o seu ar é esse mesmo, que tirado, te sufocaria imediatamente, pois vives da suposta perseguição da Igreja (nunca vai ser Giordano Bruno, meu caro) e o tempo claramente revelou a sua importância: nenhuma. Ninguém repercute você hoje em dia, dada sua irrelevância atual. Apenas aparece na mídia tradicional para relembrar a tal perseguição, que você e sua consciência sabem, não existiu. Leonardo, você é prisioneiro da sua história inventada…esse será o seu inferno…infelizmente

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      • Boff,
        Eu acho incrível como admiradores seus, do tipo Natan e outros, expressam o seu contentamento em poderem debater com você. São provocativos e ferinos. Os caras nem escrever sabem. E se não sabem escrever, também não sabem ler, muito menos pensar. Logo, não têm a mínima condição de argumentarem sobre seu pensamento. Pergunte a qualquer um deles quais de seus livros já leram. Vão ficar perdidinhos nas respostas, papagaiando da mesma forma que o fazem aqui com pequenos artigos de sua autoria.

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      • Vc está de parabens. Está entre um dos infinitos definidos por Eintein: o infinito do universo que ele tem dúvidas, e o infinito dos idiotas que ele tem certeza. Vc consta na primeira fila destes ultimos.
        lboff

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  15. Olá, Leonardo. Suas palavras, como sempre, certeiras. Convicções profundas geram frutos e dos melhores. Que os olhos de Roma estejam atentos aos novos tempos , que os caminhos de Roma também passem pela Teologia da Libertação, para que o grito dos pobres seja ouvido e a esperança seja o norte de seus anseios. Um abraço.

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  16. Allá por fines de los setenta, en ciudad de México, tuve la oportunidad de participar en un curso (seminario) de actualización bíblica, curso intensivo en dos ocasiones, equivalente según se nos dijo, a dos años de estudio. Desde luego, con maestros especialistas. Más que con intensión de participar en grupos “pastorales”, con la finalidad de recibir orientación en esas cuestiones. Estaba en boga la nueva reflexión desde América Latina. Entre la bibliografía sugerida, estaba la obra Jesucristo Liberador, del hermano franciscano Leonardo Boff. Aun cuando no fue el único autor que leí, “me seguí de frente” con él y al paso de los años llegué a leer varias de sus obras editadas en Español. Nunca jamás sentí amenazada mi fe por aquellas lecturas y no dudo que me influyeron y, dado que sin ser académico, a veces en lo que escribo (como periodista) me da por hacer reflexiones religiosas, considero que he sacado mucho provecho. Estoy aprendiendo a querer a mi Iglesia como es, desde luego con el afán de que “se convierta”, nos convirtamos al Evangelio. Me gusta la visión universal, cósmica (ha escrito una obra sobre el padre Teilhard de Chardin) de don Leonardo y, desde luego, su enfoque desde nuestra conflictiva realidad. He observado que desde hace años “se convirtió” (disculpen la expresión) si no es que ya lo era, en ferviente defensor del medio ambiente, pero a una profundidad que obliga a repensar todo, todo, desde nuestra realidad y nuestra fe. Recuerdo aquel documento sobre la reforma radical de la ONU, junto con el padre Miguel D’escoto (¿así se escribe su apellido?). Sin que sea mi único autor ni el único tema de mi interés, me considero un seguidor, por cuanto lector y admirador, suyo y trato de divulgar su pensamiento, sus artículos, en cuanta oportunidad tengo, sea en escritos o en mis blogs. Me da gusto que las cosas cambien. Finalmente digo que tampoco me perturbó la lectura de aquel libro, Iglesia, Carisma y Poder. Mi formación religiosa fue más o menos elemental y todas esas lecturas me sirvieron para afianzar más mi creencia en el Evangelio (JesúsCristo) y para reorientar mi vida, lo que pretendía en aquel curso, al que me recomendó un biblista de grato recuerso, mi maestro también durante aquellas lecciones.

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  17. Se calarem a voz dos profetas as pedras falarão… A verdade nos libertará… Nessa mesa ninguém é estrangeiro, deste pão todos podem partilhar. Lindas músicas que já não cantamos e nem ouvimos mais, antes a terceira pessoa do plural era a mais usada nas reflexões , canções e orações, tudo ficou tão individualizado, o computador, o telefone, a música, até Deus estão tentando individualizar. Pai Nosso, já virou Pai Meu, o Pão Nosso, o
    pão meu. Não sou teólogo, não sou religiosa ( profissão) sou uma cristã da igreja católica, que já se sentiu mais conectada com a sociedade e a religião.

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  18. Não tenho problema algum com a Teologia da Libertação. O atual prefeito da Congregação para a doutrina da fé também não tem problema com ela. Porém, me recordo que o livro Jesus de Nazaré, de Bento XVI, não é magistério oficial da Igreja, mesmo que fosse papa. Sinceramente, não entendo como o livro de Muller em coautoria com Gutierrez pode “finalmente” reconciliar a TdL e Roma depois de décadas de guerra. Há padres, bispos, acercebispos, cardeais que não são ortodoxos. E nem tudo que dizem, pensam, falam, escrevem representam o magistério oficial da Igreja. Além disso, até onde sei, talvez de maneira limitada, a Congregação para a doutrina da fé se manifesta oficialmente de maneira diferente.

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  19. Pueguem no Evangelho. Todos. Lá encontrarão que “ninguém pode ver o argueiro que o irmão tem na vista, sem primeiro retirar a trave que tem na sua”. Sem humildade nunca encontraremos o caminho da verdade. E só a verdade nos tornará verdadeiramente livres! E, como diz o Apóstolo, “É para sermos verdadeiramente livres que Cristo nos libertou”. Deixemo-nos, pois, de acusações mútuas, e assumamos a nossa pequenez, numa atitude voluntária de humildade, que nos conduzirá à verdade, e esta à liberdade que Cristo nos conquistou. Se retirarmos Cristo do centro da nossa vida, é em vão que rezamos, é em vão que pregamos, é em vão que ensinamos. Deixemos, cada um de nós, que “Ele seja tudo em todos”.

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  20. Seguir o Jesus histórico não é para qualquer um, pois este não manifesta nenhuma busca ao poder, mas simplesmente ao serviço, e servindo ao Humano como aquele que se depreende de sua própria divindade, se colocando igualmente aos deixados deste mundo, não dentro de palácios, ou governos, também podemos colocar até mesmo a religião de mortos de seu tempo. A TL, somente contribui para que o rosto humano de Deus, esteja no meio de nós, hoje se pede tanto o Espírito Santo, mas o verdadeiro Espírito Santo, é o Espírito do Filho, que leva, a podridão Humana ao Amor do Pai. Amo a teologia da libertação, pois nos trás, não somente as predicas, mas que também nos leva as práticas, não me arrependo um minuto em ser discípulo desta teologia, pois ela nasceu na América latina, mas antes nasceu primeiro do coração de Deus, e agora me parece que está sendo, uma semente plantada nos bispos da igreja, pois amor aos pobres é amor a Deus, não é pecado ser rico, concordo, mas como posso deixar tantos filhos deixados, como o próprio Leonardo nos ensina ” todo ponto de vista, é a vista de um ponto”, ampliamos todos os pontos de vista possíveis. Deus abençoe esta teologia, amém.

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  21. Se essa trajetória da Igreja Católica se consolidar, acho que podemos considerar que Jesus está voltando a estar entre nós através do Papa Francisco. Isso me deixa muito feliz porque, para mim, representa um sinal de que estamos entrando na reta final do plano Divino de construção do Paraíso.

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    • CONCORDO PLENAMENTE COM O DIZER DE JOSÉ ORESTES. NOVA ESPERANÇA, NOVA IGREJA VOLTADA AO POBRE E AO EXCLUIDO. DEUS ABENÇOE TODOS AQUELES QUE FAZEM DE SUA VIDA UMA MISSÃO EM FAVOR DO PRÓXIMO E DO VERDADEIRO REINO DE DEUS.

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  22. Parabéns, Leonardo Boff grande teólogo, grande mestre. Estou feliz por viver até aqui e poder ver o que esta acontecendo. Quanto tempo perdido! Mas estou feliz com o resultado e cheia de esperança por um novo tempo.
    Abraços fraternos.
    Celia Nojerino

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  23. Parabéns Leonardo! É lamentável que algumas pessoas como esse Sr. Rogério pense dessa forma e chegue a ser tão leviano a ponto de criticar e ofender um dos teólogos mais respeitados no mundo, no caso o Senhor.

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  24. Caro Leonardo,

    Tenho 45 anos e cresci junto as CEB’s onde não fui imputado de teorias marxistas, leninistas ou qualquer coisa do gênero, fui agraciado sim, por momentos de lucidez da igreja latino-americana que voltou-se aos pobres não só de miséria, mas também aos pobres de Deus, aprendi a comunhar como irmão, a me preocupar com quem estava do meu lado, a dividir as angústias do nosso tempo e acreditar na esperança, na renovação e na fraternidade. Foi necessário participarmos dos movimentos sociais, políticos, foi aclamação do povo se indignar com o que acontecia. Tivemos muitos erros sim e à época esta ardilosa ala conservadora da igreja fez questão de enaltece-los para que se marginaliza-se ainda mais nossa escolha aos humildes. Fico feliz que a igreja tenha começado a reconhecer mas nem consigo avaliar o estrago que este atraso tenha causado, a miséria ainda está aí a nossa volta e nem precisamos ir longe para enxerga-la, ainda temos tantas heresias em forma de preconceitos, humilhações, corrupções, etc, etc, etc…basta ver alguns dos textos de respostas do seu blog e mesmo com tudo isso nada abala minha fé.
    Paz e Bem à todos.

    Ricardo Serra

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  25. Sou Vagante e Jesus e meu vagalume. Faz escuro mas canto. Faz escuro mas CAMINHO Porque [e Jesus que nos encontramos atraves da Teologia da Libertacao. Ele mesmo nos faz instrumento de paz. Nos nao agimos mas Ele age. Somos apenas um Instrumento. Na hora certa, no tempo certo e no lugar certo Ele faz acontecer a VERDADE-Ressucitado Sofridos e morto mas COM A VIDA ,-. Ele e a Luz do Mundo. Theologia que abre caminhos para iluminar os catholicos, para os pobres, para as mulheres, para o ecumenismo, para o dialogo inter-religioso…Seja espinos ou Flores Jesus sempre continua caminhado na estrada desde Ressureicao. Entao tudo possitivo. Nao pede Vinganca ,mas conversao e Acreditar na Teologia da Libertacao. Acreditar no Reino de Deus que esta proximo. A Experiencia pela estudo da Biblia venho a disser ` Eu nao vivo mas O Cristo viva em mim` isso sim. O vagalume dentro de mim. Jesus nao mais uma ideia mas a pessoa em si, vivo verdadeiro.
    Obrigado!!! E Parabens!!! Eu tenho uma foto com senhor que tirei No Forum social Mundial outro mundo e possivel, no conceito de Resignificando a Paz/ ` A verdadeira Paz vem do Conflito`. Um Novo tempo de viver a Teologia da Libertacao, Esperanca.

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  26. Vejam o que diz o Papa Francisco sobre moralismos (direitistas?) e ideologias (esquerdistas?):

    Quando entra a ideologia, na Igreja, quando entra a ideologia na inteligência do Evangelho, não se entende mais nada.

    E esses ideólogos – como vimos na história da Igreja – acabam por se tornar intelectuais sem talento, moralistas sem bondade. Nem falemos de beleza, porque disso eles não entendem nada.

    Ao invés, a estrada do amor, a estrada do Evangelho, é simples: é a estrada que os Santos entenderam:

    Os santos são os que levam avante a Igreja! A estrada da conversão, da humildade, do amor, do coração, da beleza… Peçamos hoje ao Senhor pela Igreja: que o Senhor a liberte de qualquer interpretação ideológica e abra o coração da Igreja, da nossa Mãe Igreja, ao Evangelho simples, àquele Evangelho puro que nos fala de amor, que traz o amor e é tão bonito! E que nos torna mais belos, com a beleza da santidade. Rezemos hoje pela Igreja!

    Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/04/19/francisco:_libertar_a_igreja_de_moralismos_e_ideologias/bra-684411
    do site da Rádio Vaticano

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  27. senhor leonardo boff, o papa francisco deu hoje dia 5 de julho uma prova de grande comprometimento com a igreja. INAUGUROU imagem de sao miguel arcanjo e orou contra o demonio de forma bem forte, sinal que ele crer no mundo espiritual. na enciclica condenou o casamento gay, realfirmando a verdade evangelica. e no dia 04 de julho, na praça de são pedro elencou 13 dogmas pontifícios em 2000 anos. e o 13º, ele elenca sobre a impossibilidade da igreja em ordenar mulheres, firmado em 1994 no pontificado de JOÃO PAULO II. Portanto, FRANCISCO está na mesma linha não causa bagunça. veja sobre os dogmas

    http://www.zenit.org/pt/articles/as-definicoes-pontificias-desde-a-fundacao-da-igreja-catolica

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  28. O mundo precisa de respostas atuais para ter um norte é tempo de (não apagarmos a história do que que já vivemos) mas de buscarmos repostas novas para novas perguntas que a humanidade está se fazendo, se não cairemos no precipício de olharmos somente para nós mesmos.

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  29. Eu não sabia que somente os pobres em dinheiro precisavam de Cristo, pois muitos não tem nada, mas tem tudo e muitos que tem tudo não tem nada, assim como dizia Jesus, “O meu Reino não é deste mundo, portanto devemos sim acolher os pobres, porém não podemos esquecer daqueles que optaram pelos ídolos da vida ao invés de Jesus.

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  30. Como não tem respaldo na tradição da Igreja? É só ler os Atos dos Apóstolos e a própria trajetória de Jesus e sua clara e inequívoca preferência pelos mais pobres. Não sei a que tradição o Sr. Rogério se refere. Seria a tradição de virar as costas aos clamores do povo? A dos tronos suntuosos, dos barretes vermelhos, dos lugares altos e da arrogência perante os mais humildes? Foi esta mesma “tradição” da igreja que afastou milhões de cristãos, devido ao distanciamento cada vez maior da igreja de Roma dos princípios do evangelho. Basta ver os escândalos que pipocaram em toda a igreja e que os “tradicionais” nunca enxergaram e que, graças a Deus, parece estar mudando com o papa Francisco. No fundo é apenas a velha luta ideológica de sempre: de um lado os “conservadores” e do outro os “progressistas”. Em um país historicamente injusto é necessário escolher um lado e o Sr. Rogério parece já ter escolhido o dele. Sugiro ao Sr. Rogério pesquisar a vida de São Francisco de Assis para verificar que a luta é antiga e se funda nas mais antigas tradições da igreja e de suas lutas contra os poderes deste mundo.
    Meu total apoio a Leonardo Boff, perseguido e calado pela igreja tradicional.

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  31. Caro irmão Leonardo.

    Quando o senhor foi perseguido e injustamente acusado pela ex-Inquisição, na década de 80, eu era um jovem inconformado com a realidade socioeconômica injusta que vivíamos no Brasil e na América Latina, mas também esperançoso por um futuro diferente, mais justo e solidário. Encontrei na Teologia da Libertação reflexões profundas e verdadeiras que muito me ajudaram a entender os desígnios de Deus para a humanidade.

    Li vários dos seus livros e tive a satisfação de encontrá-lo pessoalmente em duas oportunidades: em uma palestra sobre mística e espiritualidade, por ocasião do lançamento de um livro em co-autoria com o Frei Betto, e em uma reunião do grupo Fé e Política da Paróquia de São José Operário em Carapina, Serra/ES. Foram ricos momentos de reflexão e espiritualidade.

    Eu e meus amigos rezamos muito pelo senhor quando foi punido pela Santa Sé e torcemos para que, um dia, tudo pudesse se esclarecer e pudéssemos caminhar unidos em uma fé que liberta.

    O marxismo se provou errôneo em muitas de suas premissas e, sobretudo, em seu determinismo imperativo. Mas, a evolução das consciências não depende de nenhuma doutrina e sim de um desvelamento da realidade. A marcha dos brasileiros insatisfeitos nestes últimos dias tem sido uma mostra disso. Os mecanismos de injustiça não podem mais ser ocultados.

    Não entendo a Teologia da Libertação como uma doutrina, mas como uma reflexão sobre a nossa realidade, fornecendo pistas e chaves para a compreensão da realidade e da vontade de Deus para o homem e para a história.

    Que venham um novo céu e uma nova terra, em que os deserdados deste mundo possam dançar e cantar de alegria porque o Senhor nos libertou a todos!

    Que Deus o abençoe, irmão Boff, e que o senhor continue a ser essa pessoa iluminada e iluminadora que sempre foi!

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  32. alguem ser marxista ou comunista o desqaulifica? Näo entendenste entäo nada da história que invocas….lamento informar. eu me orgulho de ser cristäo, marxista e comunista..

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  33. É salutar constatar que a Teologia da Libertação já ganhou a simpatia e aceitação do Vaticano, o que me faz lembrar e refletir uma vez mais sobre a perseguição sofrida pelos primeiros cristãos da parte dos poderosos e fariseus da época, como consta no Livro de atos.
    Eis o texto em que Gamaliel adverte seus pares:
    “Portanto, neste caso de agora, não façam nada contra estes homens. Deixem que vão embora porque se este plano ou este trabalho vem de seres humanos, ele desaparecerá. Mas, se vem de Deus, vocês não poderão destruí-lo, pois neste caso estariam lutando contra Deus”. (At. 5:38-39).
    A Teologia da Libertação, como obra do Espírito Santo, que sopra onde quer, enfim está triunfando, apesar de seus muitos perseguidores. Glória a Deus que assim seja.

    Benedito Generoso da Costa.
    LONDRINA – PR

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  34. R O M A não é A M O R.
    Com o conhecimento mudamos os conceitos, mas RELIGIÃO é emprego do conhecimento ou melhor é AÇÃO. O resto é só fachada! Veja Lucas;Cap10º, v25 a 37.

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  35. Mestre Boff, louvo ao Senhor pelo bom tempo que Ele, em sua graça nos tem proporcionado. Estou certo que mais luz virá. Não apenas para que se discirnam os corações dos homens, mas também para iluminar o caminho das futuras gerações.

    Deus em tudo seja louvado!

    Seu irmão e conservo,

    Martorelli Dantas

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  36. Com todo respeito do mundo, sua cabeça é fantástica. A TL só poderia ser um trabalho maravilhoso, assim como o sr., talentosos são também os outros religiosos que participaram. Em um de seus e-mails conheci as 4 fundamentações de Gutiérrez, fiquei fascinada com a beleza da síntese do tema, a delicadeza e amplitude do conteúdo.
    Voltando a sua cabeça-divina-é natural que o invejem, num eufemismo: não o entendam, distorçam o que é dito, omitam coisas. O fato ( TL) é real. A causa é vivida não apenas pensada. Li estas expressões de Fernando Pessoa, repito porque as acho verdadeiras: ” a vida vivida e a vida pensada”. O Ministro Ayres Brum,ex- ministro do STF e poeta tem as usado muito. Acostumado ele com processos e seus desenrolares Num sentido simbólico tudo é um processo.Um abraço, Isabel

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  37. A opção pelos pobres sempre foi a ideia fundamental preconizada pela Teologia da Libertação, consoante os claros ensinamentos de Jesus Cristo registrados nos Evangelhos. O Papa Francisco definiu, desde a sua consagração, esse princípio como linha diretriz essencial de sua atuação à frente da Igreja.

    No meu modesto entendimento, conciliar a exploração capitalista selvagem com o princípio cristão acima enunciado é absolutamente impossível, tanto ou mais do que com o materialismo marxista.

    Creio que, independente das doutrinas políticas, o cristão deve discernir, na realidade em que vive, o que é o verdadeiro bem comum; o que é solidariedade e o que é egoísmo; o que é justiça social e o que é hipocrisia de ricos que doam moedas e roubam bilhões dos pobres.

    Eu, particularmente, não rejeito, a priori, as contribuições das ciências políticas para a compreensão do mundo material, compreendendo que tais visões situam-se em planos distintos dos planos/dimensões espirituais, assim como os princípios da mecânica newtoniana não se aplicam indistintamente nas dimensões subatômicas observadas pela Física moderna. Assim, acolhendo as contribuições de todas as ciências, com o mínimo de preconceito ideológico possível, posso melhor interpretar e compreender o mundo, de forma a atuar mais conscientemente, segundo os princípios da fé que abraço, em busca do bem comum.

    Sei que nenhum dos extremos político-ideológicos é a melhor aproximação da verdade. Assim, na busca pela melhor compreensão de mundo, procuro o caminho da temperança e evito os extremos, certo de que ainda não há, na ciência materialista, paradigmas que permitam alcançar a verdade transcendente que só a religião alcança. Contudo, os cientistas consagrados têm muito a nos ensinar sobre o funcionamento do mundo material. Não devemos fechar os ouvidos a eles por medo ou preconceito, seja Karl Marx, seja Adam Smith, pois nenhum deles se notabilizou por tentar refutar a Verdade Perene, mas, sim, por explicitar, ao seu modo, a lógica que rege os processos do mundo material. O conhecimento não faz mal, quando é usado com ética e sabedoria em busca da verdade. Mal fazem o medo e o preconceito, que nos aprisionam nas trevas da ignorância.

    Jesus Cristo é a Luz da Verdade que liberta as nossas consciências.

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  38. Depois da grande crise de 2008 do colapso neoliberal, desnudou todo o discurso da direita e que agora passa também pelo viés religioso. Ainda bem que tem muita gente de bom senso capaz de perceber que a Teologia da libertação é a única que resgata o verdadeiro sentido do evangelho.

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  39. Parabéns Leonardo por ver o seu,o meu e de muitos realizado nesse reconhecimento da teologia da libertação….um pensador dizia:não podemos enganar o tempo todo todo povo….

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  40. Graças a Deus, que a última palavra é a de Deus!
    Já pensou, se nós, pobres mortais, tivéssemos que prestar contas das nossas ações e palavras aos ditadores da FÉ? Porque alguns desses religiosos, que fizeram ou fazem a IC são ditadores da FÉ! Parece-me!
    Como podem taxar o outro de errado se esse está querendo fazer o bem?
    falam da FÉ como algo palpável, medido. Como se a FÉ fosse para ser imposta!
    O senhor não precisa se justificar mais! Quem lhe entendeu, entendeu. Estamos numa época de mudanças no mundo. Isso é bom! claro, têm os absurdosssssss.
    Tudo há seu tempo. Consequentemente os esclarecimentos. 1984? Foi ontem. hoje 2013 já no fim. E o Papa Francisco está aí, fazendo a revolução do seu jeito.
    O que não podemos é sucumbir àquilo que os outros dizem ou acham, ou querem acreditar. Para desestabilizar? Não faltam pessoas! Sempre existirão dedos nos apontando uma falha, um erro, o prazer de ser do contra. Têm pessoas que vivem disso. A nossa passagem por esse mundo é conflitante em algum momento da nossa vida, Também precisamos nos policiar, voltar atrás, corrigir, ratificar, parar, avançar, refletir, desculpar, sair da nossa zona de conforto. Faz parte! Não somos dez! Como o Papa Francisco, nós tivemos irmã Dulce, Irmã Teresa de Calcutá e uma infinidade de pessoas iluminadas que lutaram a favor da pobreza, dos fracos e oprimidos. a sua luta não é vã, pode ter certeza!

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  41. Parabéns Leonardo!
    Nossa família toda se alegra de ver a verdade prevalecer.
    André, Rosane, Carolina, João Pedro, Arthur e Mariana.

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  42. Prezado Leonardo Boff, paz e alegria!

    Como teólogo das novas gerações, fiz opções, defini caminhos a serem percorridos, caminhos que alguns anos me colocou à margem. Algumas vezes me vi diante de situações no mínimo embaraçosas. Alguns colegas embatinados (conservadores de ultra direita) me olhando com desprezo, questionavam a minha honestidade intelectual ao afirmar que minhas colocações e opções não se baseavam nos “documentos” (sobretudo os pré-conciliares). Me chamava atenção a agressividade do discurso, dos gestos e olhares, mas o mais curioso era o fato de eles decorarem alguns trechos convenientes para reafirmarem os seus dogmas… Ao final de algumas discussões calorosas era comum ouvir a afirmação: Você não ama a Igreja! Deus vai te condenar por afastar as almas da verdade!
    Todos os conflitos me levava a me perguntar quando veríamos despontar em nosso horizonte como o sol a brilhar a Teologia da Libertação.

    No último Congresso Continental de Teologia da Libertação em São Leopoldo – RS no ano passado, pude perceber a vitalidade da Teologia da Libertação. Homens e mulheres de diversas culturas unidos pela fé em Jesus de Nazaré.

    Me orgulho em fazer parte de uma Igreja que tem opção pelos pobres, que desce dos altares e de pés descalços pisa a terra onde correu o sangue dos mártires da América Latina.
    Creio na Igreja que é povo e como povo assume a missão profética de denunciar toda opressão que agride e mata a vida em qualquer manifestação. Sou católico de CEB’s, católico das mãos calejadas e desejosas de justiça.

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    • Ir. Walysson, a Igreja sempre fez a opção pelos pobres quando criou orfanatos, hospitais, escolas…; quando atravessou mares, enfrentou perigos, subiu montanhas e cachoeiras para salvar as almas. Portanto, não queira se vangloriar por estar construindo uma “nova Igreja que se volta aos pobres”, quando o sr. apenas está aderindo a uma ideologia política.

      O erro essencial da TL é pressupor que a mensagem do Cristo é uma licença para uma atividade político-partidária, quando na verdade ela é tão-somente uma licença para uma atividade moral. Mas eu bem sei que a ideologia que sustenta a TL afirma que não existe verdade absoluta (e se tal afirmação pretende-se uma verdade absoluta, trata-se apenas de auto-contradição, não é mesmo?), e que qualquer juízo moral é necessariamente subjetivo. Tais idéias jamais foram admitidas pela Igreja Católica.

      Porém, o sr. Boff insiste em travestir a sã doutrina para ludibriar almas caridosas. Ele é nada mais do que um agente político! E sejamos sinceros: a verdadeira religião do sr. Boff e de seus companheiros de TL é o socialismo – e é preciso lembrar que se trata de uma ideologia que, por se basear numa falsa ciência que relativiza a verdade, já fora condenada pela Igreja?

      ***
      Rezarei por você, Ir. Walysson! Nosso Senhor, com a intercessão da Santíssima Virgem, há de fazer cair as escamas dos teus olhos!

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      • Rogerio,
        Não se esqueça de incluir em suas orações por mim (que agradeço) a vc mesmo. Segundo a sua compreensão de Jesus, ele nunca teria morrido na cruz, mas bem velhinho cercado de discipulos e recebendo ainda a extrema-unção. Não emascule a força da mensagem libertadora de Jesus que o levou a ser executado na cruz. Somos herdeiros de um prsioneiro policitoc-religioso, um torturado e crucificado. Se ressusictou foi para se insurgir contra um mundo que mata os profetas e deixa os pobres morrerem de fome por falta de compaixão que Jesus sempre mostrou.E assim mostrou o triunfo da justiça e da vida eterna.
        Que o Espirito nunca lhe falte
        lboff

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      • Rogério

        Honestamente agradeço as suas orações!
        Concordo com você quando afirma que a Igreja fez e faz muita caridade pelos pobres. Quantas Ordens e Congregações marcaram positivamente a história da Igreja, mas nem sempre a caridade questiona as estruturas políticas que oprimem e fere a vida. Dar o pão e não questionar as estruturas políticas que produzem a sua falta não faz sentido. A Teologia da Libertação ao afirmar que os “Pobres devem ser os sujeitos de sua história ressignifica a atuação da Igreja. Com as CEB’s, a Igreja se tornou Povo e se assumiu como tal. Assumiu uma missão profética e libertadora!

        Faço minhas as palavras de Leonardo Boff, “Não emascule a força da mensagem libertadora de Jesus que o levou a ser executado na cruz. Somos herdeiros de um prisioneiro político-religioso, um torturado e crucificado. A ressurreição do Cristo nos leva a denunciar toda opressão que agride e mata a vida em qualquer manifestação.

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  43. Prezado Leonardo Boff! Finalmente a luz da verdade evangélica brilha sobre as trevas do obscurantismo. Tive a graça de cursar a faculdade de teologia da PUCC e estudar a teologia da libertação quando leigos e mulheres podiam frequentar o curso juntamente com seminaristas e religiosos. Ou seja, antes do papa João Paulo II proibisse o aceso a leigos e, principalmente, às mulheres. A TL me aproximou mais do que nunca da fé em um Deus misericordioso e justo, encarnado na figura de Jesus Cristo. A opção pelos pobres me fez recuperar a esperança na natureza humana e a certeza de que pode sobrepujar a ganância, o egoísmo, o elitismo e tudo aquilo que nos faz menos humanos. Obrigada pelos seus ensinamentos verdadeiramente cristãos. Paz e bem! Vera Chvatal

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  44. A nossa História é uma história da natureza. Não podemos entendê-la. Despida de consciência sem substrato biológico.
    Desenvolver a Consciência isso é a Teologia da Libertação.

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  45. Olá, leonardo todos os seus leitores
    Ontem estive na Catedral para ver a chegada dos ícones da Jornada Mundial da Juventude ao Rio de Janeiro. Às vezes queremos racionalizar algumas coisas, mas diante dos símbolos não há como não se emocionar vendo tantas pessoas, principalmente jovens, querendo tocar na cruz que em tantos países esteve e que democraticamente vai sendo partilhada, tocada e levemente levada até o altar. E meu impulso não foi menor: lá fui eu tocá-la e fazer parte desta história. Apesar das preocupações diante do risco que corre do evento se tornar apenas um espetáculo, não há dúvida , para mim, que a memória “subversiva” e encantadora do Homem de Nazaré” precisa ser continuamente invocada. Estranhei algumas falas e músicas no altar, muitas vezes intimistas e pouco atentas a um maior clamor das juventudes e povos periféricos, mas este é o lento, mas esperançoso caminhar da Instituição. Confiando na força da juventude, na lucidez do Papa Chico e no clamor de quem acredita numa Igreja e num mundo consciente e fraterno saúdo a todos. Um abraço.
    Inês

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  46. Interessante exposição histórico crítica de Dr. L. Boof. Só que a “preferência pelos pobres”, no bojo da TL, tanto quanto a “preferência pelos ricos”, no passado, por parte da Igreja, destoam do evangelho, para o qual “não há macho nem fêmea; bárbaro ou cita; servo ou livre”; pobre nem rico, acrescentamos, no contexto, pois em Cristo todos são UM. Não há de haver preferência alguma. O pecador, pobre ou rico precisa da graça de Cristo, que tanto pobres quanto ricos, são carentes da Graça De Cristo, para sua Salvação, sem a qual nenhum expediente doutrinário será capaz de resolver.

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    • Verdade G.Ventura, Jesus veio para salvar a todos que o buscam seja pobre ou rico, afinal todos somos filhos de um mesmo pai, acredito que a “ideologia da libertação” esvazia o sentido da Fé, é altamente materialista, acredita na construção do reino de Deus somente aqui na terra, mas isso tudo passará, devemos sim, construir nosso tesouro no céu onde as traças não roem e onde os ladrões não roubam, para mim tudo mais é mentira, tentar construir o reino de Deus aqui na terra sem se preocupar, com o homem em seu interior se torna uma coisa leviana, isso sem falar que os padres dos quais seguem a ideologia da libertação, são sacerdotes que são mais assistencialistas políticos do que lideres que se preocupam com a alma de seus fiéis, até porque muitos deles se preocupam mais com a situação política com isso não tem tempo para ensinar aquilo que realmente salva, dizer que a ideologia da libertação não é ligada ao comunismo é querer se enganar.

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  47. Isso me lembra uma história: O gaúcho levou uma ovelha pra Santo Antônio, entrou na Capela com o bichinho na corta e disse “toma Santinho ela é tua”, o santo nem se mexeu. O Gauchinho repetiu por 3 vezes a oferta, como o Santo não pegou a ovelha ele a amarrou no seu braço e foi pra festa da quermesse do padroeiro. Em meio à festança jogaram foguetes e a ovelha saiu correndo com o santo de arrasto e daí o Gaúchinho falou:
    – Quando eu queria dar ele não quis, agora que o bichinho foge ele corre atrás.
    Quem tem ouvidos – ouça!

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  48. Quando a hierarquia da Igreja e seus achegados, começam, na atualidade, falar em Ação Católica (Jac, Jec, Jic, JOc, Juc), Cebs, PJ, Tdl, pastorais sociais…. eu sempre me lembro desta historinha!!!!

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  49. Obrigada e parabéns Leonardo! Você é e sempre será uma fonte de luz que merece todo respeito, mas você sabe também que liberdade de consciência tem preço alto. Saúde e paz.

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  50. SOU FILHO DA TEOLOGIA DA lIBERTAÇÃO e sempre que posso falo em alto e bom som que foi minha salvação, ali aprendi a conhecer Jesus o Libertador de todas as ilusões no capitalismo e na fé sem ação ativa contra as injustiças.

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    • Eu iniciei a vida cristã nos movimentos, mas aprendi com a Teologia da Libertação o verdadeiro ensinamento de Jesus e a opção preferencial pelos pobres, a luta pela justiça social. Quisera eu que todo católico assumisse essa Teologia da Libertação, ao invés de uma fé intimista, desencarnada da realidade ou simplesmente de um louvor sem compromisso social, apenas barulheira, cantoria, gesticulação ou palavras desconexas (suposta lingua dos anjos) como só isso fosse importante. Assim como eu e muitos outros, você conhece uma outra realidade e quem bebe desta fonte, fica saciado do verdadeiro sentido do Evangelho de Jesus Cristo! Pena que tantos ainda precisam enxergar além e entender essa proposta!

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      • Por que existe a teologia? Segundo meu professor, é pra chegarmos a conclusões das liberdades de fé. Ou se aceita Jesus e a Igreja, ou se aceita a Igreja com todos os seus erros e procuramos endireitar o que está errado nela. Estou de acordo com L B. Nossos Pastores quando intervem sobre dogmas podemos acatar, mas quando falam como simples fiél, ou aceitamos ou enviamos nosso parecer. Esperemos que esses pareceres cheguem ao Papa Francisco o que nunca acontecia antes. Amo A Jesus, e acho as atitudes de LB de uma coragem que todos nós devíamos ter, ou melhor isso é nossa obrigação.
        J Lourenço

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  51. Num raríssimo momento quando almoçava num restaurante com colegas de trabalho, em época véspera de Natal de 1995, lá também estava Leonardo Boff. Meu coração disparou, anunciei sua presença aos demais que, não o conheciam, e com a voz embargada, tomada por uma timidez própria de minha personalidade e pela grandiosidade de sua figura interpelei Leonardo Boff. Disse-lhe que éramos solidários com ele em relação a posição da Igreja sobre a TL. Em resposta agradecida falou-me que Deus estava acima da Igreja e me ofereceu com dedicatória um exemplar de seu livro: “Encarnação: a humanidade e a jovialidade de nosso Deus”. Apesar de ateu, acompanho sua trajetória e regozijo-me com ela, porque sempre coerente com suas palavras e com o verdadeiro sentido cristão. Ah se tivéssemos milhares de pessoas como Leonardo Boff e Dom Helder Camara, o mundo não estaria assim…

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  52. Se eu for agredida pelo que vou dizer -vou chamar pra um a conversa na minha casa-moro em xerem-vamos sentar pra conversar -a teologia da libertação me deu consciencia critica e a ética de construção do reino aqui e agora -me fez ficar de pé diante da violencia e me comprometer com a transformação da realidade -como pode celebrar a eucaristia na desigualdade senão para alimentar a fé na transformação ?como não ser a partir do pobre ?somos igreja -a de Jesus e Pedro-somos nós que amamos do ponto de vista da misericórdia de Deus em nós -e por amor queremos uma terra nossa para todos nós para a vida -por sermos irmãos (Frater )do mesmo Pai e da mesma Mãe.a concretude da fé -no dia a dia,alimentando a perseverança na luta pela dignidade ,pelos direitos humanos-tendo em Jesus -a luz que guia e fortalece contra todo e qualquer sistema que usa ,engana , compra e coisifica descarta a nossa dignidade.Estive esses anos(38) nas favelas ,suburbios ,periferias -em dinãmicas de diálogo e articulação ,reflexão e oração,com mulheres na maioria ,com outros cristãos no diálogo inter religioso :teologia ,leigos ,por amor absoluto infinito á humanidade ,a Jesus e Deus em nós -eu sou teologia da libertação nunca fiz silencio,nunca me calei nunca estive sozinha estivemos juntos irmãos-alimentados na fé.

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    • Querida irmã na fé, paz e alegria!

      Que alegria senti ao ler o seu testemunho de fé encarnada. Uma fé que nos leva a olhar somente para o alto não faz sentido… Como cristãos precisamos ter caridade com os nossos irmãos tradicionalistas e conservadores, mas não podemos nos calar. Eles tem os recursos econômicos, mas nós temos a fé; eles vislumbram o Cristo Glorioso (Pantocrator) e nós seguimos o Cristo Pobre (Goel); Eles fazem caridade e nós fazemos justiça social.

      Temos a certeza que a Teologia da Libertação, como um farol, laça luzes que orientam a nossa caminhada, ela nos dá norte.

      Parabéns pela caminha, continue firme e forte ao lado dos excluídos e marginalizado, e tenha uma grande certeza… No rosto de todos os sofredores podemos contemplar a face amorosa de Deus!

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  53. Sr. Leonardo Boff, não vou entrar no mérito dos que escrevem inverdades e ofensas contra o senhor e suas ideias e teologia, porque sinto vergonha do que escrevem, tanto pela ignorância como pela falta de respeito e educação.
    Penso que a Igreja de Roma e os cristãos, deveriam abraçar como missão, o combate contra as injustiças sociais de todo o mundo, em defesa dos oprimidos da terra. Oxalá esteja eu vivo para ver essa união. Para finalizar, gostaria muito de poder participar de uma celebração presidida pelo senhor, caso seja possível.

    Um fraterno abraço! Paz e Bem!
    Marco Aurélio Machado
    Cristão e pecador!

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  54. Eu, sou seu admirador e irmão na fé, participo das comunidades ecleseais de base desde 1992, participo de ongs, associações de moradores, sou seguidor da Teologia da Libertação, sei que o projeto de Jesus Cristo é salvar o homem todo e não pela metade, sei que o Sínodo Diocesano nos orienta a participar de forma Ativa, Consciente e Frutuosa, na liturgia e na vida, e a opção de Jesus é pelos pobres e sofridos, o Mestre da sensibilidade.
    Como posso fazer aquisição do seu livro Teologia da Libertação. um abraço
    Laudelino da Costa Palmeira

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  55. Caro, Lenardo Boff.

    Não sou adepto à T.L. Porém, gostaria de fazer uma observação ao ler alguns dos comentários de seu artigo.
    É simplesmente impressionante a falta de respeito das pessoas. Por mais que não concordem contigo, não poderiam te tratar de maneira tão desrespeitosa. Sugiro que faças um filtro de comentários e não publique coisas ofensivas. E nem perca tempo respondendo a grosserias.

    O debate deve ficar no campo das idéias. Ataques pessoais são frutos da falta de argumento.

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  56. Sou comunista e tenho a Teologia da Libertação como o que há de mais próximo ao que o verdadeiro Cristianismo prega desde seu fundador, Jesus Cristo. Só não entendo quando o querido Leonardo Boff, para dizer que ser da TL não é sinônimo de ser comunista, diz que isso seria uma “desqualificação”, porque eu vejo que um comunista cristão é muito mais possível e compreensível do que um capitalista ou “neoliberal” cristão! Apenas seria necessário não pensar o comunismo com o determinismo materialista aparente nos tempos de Marx para além da existência física: que acreditemos na necessidade de fazer o destino no âmbito material, mas sem a necessidade de achar que quem pensa assim não acredita em vida pós-morte, ou no céu, ou em Deus…

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  57. Ontem, 12/10/2014, estive na igrejinha da Comunidade Santa Terezinha, no bairro em Campinas. Fiquei um bocado frustrado. O jovem seminarista que fez celebração, começou enaltecendo o papel de Nossa Senhora, ao mesmo tempo dizia que alguns teólogos católicos pertenciam ao diabo, pois eles dizem que Nossa Senhora era apenas uma simples mulher. Acabou dizendo entre outras coisas:”Essa Maldita Teologia da Libertação”. Não sou estudado em nada, nem conheço a íntegra da Teologia da Libertação, mas já faz muito tempo que compreendi que se alguém diz que está a favor da justiça e tem como princípio atender àqueles que mais necessitam, e que os pobres precisam ter preferência, no meu ver, esse alguém está seguindo o Cristo. No meu ver, belos rituais, lindas cantorias e orações, soam tamanha falsidade se não indicarem esse Cristo que não toleraria a opressão, a exploração, a a escravização dos mais humildes. Grato: Era um desabafo que eu precisava.

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  58. BOA NOITE LEONARDO BOFF EU SOU UM LEITOR APAXONADO , PELO SEU PENÇAMENTO ,TEOLOGICO ,E FILOSOFICO ; UM DIA QUEM SABE EU POSSA CONHESER VOCE , PESOALMENTE ; EU TENHO UM SONHO DE FAZER , TOLOGIA,E FILOSOFIA ,NAO TENHO CONDIÇAO FINANCEIRA , QUEM SABE VOCE PODE ME AJUDAR ,ODAIJS .

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