Deslumbramento e humilhação: o jogo Brasil e Alemanha

O jogo para as semi-finais entre Brasil e Alemanha do dia 8 de julho no grande estádio de Belo-Horizonte significou uma justa vitória da seleção alemã e uma arrasadora e vergonhosa derrota brasileira. Milhões estavam nas praças e ruas de todas as cidades. A atmofera de euforia dos brasileiros, a maioria enfeitados de verde-amarelo, as cores nacionais, não toleraria jamais, sequer por imaginação, semelhante humilhação. E ela caiu como um raio em céu azul.

Vejo duas razões básicas que explicam o resultado final de 7×1 gols em favor da Alemanha. Os alemães, bem como outros times europeus, renovaram as estratégias e as formas de jogar futebol. Investiram, a meu ver, em três pontos básicos: cuidadoso preparo físico dos jogadores para ganharem grande resistência e velocidade; em segundo lugar, preparar craques individuais que pudessem jogar em qualquer posição e correr todo o campo e por fim criar um grande sentido de conjunto. Excelentes jogadores que não pretendem mostrar sua performance individual mas sabem se integrar no grupo formando um grupo coeso, tornam-se fortes favoritos em qualquer competição. Não que sejam invencíveis, pois vimos que, jogando com os USA, a seleção alemã teve grande dificuldade em ganhar. Mas as referidas qualidades foram o segredo da vitória alemã sobre o Brasil.

A grande questão foi a seleção brasileira. Criou-se quase como consenso nacional de que somos a pátria do futebol, que somos ganhadores de 5 copas mundiais, que temos o rei Pelé e craques excepcionais como Neymar e outros. Houve por parte da midia corporativa e das agências de apoio, a criação do mito do “Jogador da Copa”, elevado a herói e quase a um semi-deus. Esta atmosfera de euforia que atendia ao marketing das grandes empresas apoiadoras,, acabaram contaminando a mentalidade popular. Poderíamos perder, mas por pouco. Mas, para a grande maioria, a vitória era quase certa, ainda mais que os jogos estavam se realizando no próprio pais.

Essa euforia generalizada não preparou a população para aquilo que é próprio do esporte: a vitória ou a derrota ou o empate. A maioria jamais poderia imaginar, nem por sonho, que poderíamos conhecer uma derrota assim humilhante. A vitória era celebrada por antecipação. Grave equívoco, em grande parte, induzido pela mídia do oba-oba e da euforia, orquestrada por uma famosa rede de TV e seus comentaristas.

Mas houve também um penoso erro por parte da comissão técnica brasileira. Pelo nosso passado glorioso, ela julgou-se mestra a ponto de pretender ensinar aos outros como deve ser o futebol. Ficou sentada sobre as glórias do passado. Não se renovou.

Enquanto isso, em outros lugares, na Europa, especialmente na Alemanha e na Espanha mas também na América Latina como na Colômbia e em Costa Rica se desenvolvia uma nova compreensão do futebol, criaram-se novas táticas e formas de distribuir as posições dos jogadores em campo. Nada disso foi aproveitado pela comissão técnica brasileira, especialmente seu treinador Luis Felipe Scolari (chamado de Felipão). É uma figura paternal, severa e terna ao mesmo tempo, amada pelos jogadoras e, em geral, respeitada pelo público. Mas é teimoso e persistente em suas fórmulas, boas para o passado, mas inadequadas e questionáveis para o presente. Ele não se deu conta de que o mundo do futebol havia se transformado profundamente, embora tenha trabalhado fora do Brasil.

Não conseguiu duas coisas que permitem entender o fracasso fragoroso da seleção brasileira. Scolari não desestimulou o tradicional e exacerbado individualismo dos jogadores. Cada qual quer mostrar sua boa performance, quer dar o seu show particular, até em vista de eventual contratação por grandes times estrangeiros. Em segundo lugar, não conseguiu criar um grupo coeso com espírito de grupo. Os jogos deveriam colocar  o ênfase no grupo e em seguida nas qualidades específicas de cada jogador. Deixou os jogadores dispersos. Criaram vácuos inadmissíveis no meio do campo. Não souberam marcar os principais craques do time adversário.

Os alemães se deram conta desta fraqueza estrutural da seleção brasileira. Souberam explorá-la com habilidade. Nos primeiros minitos marcaram já o primeiro gol aos 29 minutos do primeiro tempo já era 5 a 0.

Tal desastre futebolístico criou uma espécie de pane na seleção brasileira. Ficou totalmente desnorteada. Falatou-lhe a serenidade diante das dificuldades e deixaram-se tomar pela desorientação. O próprio treinador Felipão Scolari não soube fazer as substitiuições necessárias. Estas ocorreram apenas no segundo tempo.

O jogo parecia uma disputa de um time suburbano e popular enfrentando uma seleção de nîvel internacional. Isso não era o futebol que sempre conhecíamos, cujos dirigentes não quiseram aprender nada dos outros, fechados em sua arrogância. Perdemos por arrogantes e ignorantes.
Tivéssemos 11 Neymares em campo sem um grupo coeso e ordenado, o resultado não seria tão diferente. Perdemos porque jogamos mal e jogamos mal porque não soubemos nos apropriar do novo que se ensaiou fora do Brasil. E não formamos um grupo articulado e versátil.

Sinto, pessoalmente, grande pena dos “brasileirinhos”  que com entusiasmo torceram pela seleção, como bem escreveu o jornalista André Trigueiro. A maioria agora se sente órfã. Aqui, nesse país pluridiverso, com uma população hospitaleira e lúdica, para ela quase nada funciona bem nem a saúde, nem a educação, nem o transporte e nem a segurança. Tirando o carnaval, não somos bons em quase nada, dizem. Mas pelo menos somos bons no futebol. Isso dava ao simples povo o sentido de auto-estima. Agora nem mais podemos apelar para o futebol. Por muitos e muitos anos esta terça-feira sinistra de 8 de julho de 2014 com 7 gols a 1 para a Alemanha nos acompanhará como uma sombra funesta. Mas o povo que suportou já tantas adversidades saberá dar a volta por cima. Ele detem uma resiliência histórica como poucos.

Espero apenas uma coisa: que a elite que, na abertura, vergonhasamente vaiou a Presidenta com palavrões indizíveis não volte a envergonhar o Brasil diante do mundo, quando ela entregar a taça ao vencedor. Como tais elites não costumam  frequentar  os estádios e têm pouco compromisso com o Brasil mas muito mais com seus privilégios serão capazes de renovar este  ato despudorado. Elas apenas mostrariam como se comportam diante do povo e do seu próprio país:com soberano desdém, pois sofrem por não viver em Miami ou em Paris e se sentirem condenadas a  viver acumulando aqui no Sul do mundo.

Menção honrora merece a seleção alemã que foi discreta na celebração e não se prevaleceu sobre uma vitória tão deslumbrante. E o povo brasileiro soube  entender esta atitude  e  lhe reconheceu a dignidade na vitória aplaudindo-a, pois se mostrou realmente melhor.

*Leonardo Boff é  escritor

 

105 comentários sobre “Deslumbramento e humilhação: o jogo Brasil e Alemanha

  1. Belo comentário, só um detalhe pode lhe ter passado despercebido: Quase todos os jogadores brasileiros são titulares em grandes clubes europeus, e isso no mínimo os iguala a todos. O que “Felipão” esqueceu e foi fatal, é que os jogadores brasileiros já estavam habituados a jogarem de acordo com as táticas europeias, e dificilmente se adaptariam ao futebol malabarista do Brasil. Me fez lembrar de Jó, onde o castigo foi maior do que o pecado cometido.

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  2. Prezado Leonardo,
    complementando suas célebres palavras diria que o povo brasileiro parece sofrer (algo que já é um acúmulo), amnésia aguda. Consegue esquecer tão profundamente os fatos e não percebe que teremos pela frente um futuro incerto, visto que estamos em pleno século XXI, um século cuja automação e robótica tomarão conta de todos os setores e substituirão quase toda a mão de obra que seja possível automatizar.
    Se no futebol estamos levando uma surra que adentra a alma, imagine em outros setores, não podemos nem imaginar o que virá pela frente… Abs.

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  3. PERFEITAMENTE…DISSE TUDO!!! ENQUANTO TIVERMOS TÉCNICOS E EQUIPE DA SELEÇÃO PREOCUPADOS APENAS COM FALSOS BRILHANTISMO SEREMOS RIDICULARIZADOS POR AQUELES QUE REALMENTE LEVAM O “QUE FAZEM” A SÉRIO COM EQUILÍBRIO, RESPONSABILIDADE, VONTADE E DETERMINAÇÃO…QUALIDADES ESSAS QUE PASSARAM LONGE DA SELEÇÃO BRASILEIRA.

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  4. É de se estranhar, a gente conhece o Felipão e sabe que no futebol, momento a momento as situações se alteram. Se tu leva um gol o teu time se sente fragilizado é a tendência e quem faz fica mais fortalecido. E o que vira o jogo, inverte novamente a tendência e assim vai a partida. O time mais fraco no caso o Brasil deveria se fechar bem marcar e esperar o erro da Alemanha e o Felipão sabe mais do que ninguém disso. Ganhou uma Copa do Brasil do Grêmio como técnico do Criciúma, com um empate em POA por 1 a 1 e 0 x 0 em Criciuma. O grande erro foi partir pra cima da Alemanha. Se tivéssemos o Neimar talvez daria certo. Mas deveríamos ter o plano B. Não marcamos gol voltamos todos a nos defender. Mas daí foi uma esculhambação sem tamanho. Inexplicável. O Fred, Hulk e Oscar, Paulinho não voltavam para fechar o meio. É brincadeira isso.Não há uma unidade de equipe, que todos outros já tem.

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  5. Muy comprensible el dolor de Brasil, en Mñexico nos paso lo mismo, son tantas las desgracias que esta pasando nuestro pueblo debido e el gobierno neoliberal que padecemos, que parecía que el Fútbol era nuestra esperanza, pero ya vio, nos sacaron antes que a ustedes, no se desanime don Leonardo Brasil se levantara campeón de nuevo en futuras ocasiones, tiene el personal para hacerlo, en el Fútbol y en todos los campos, un saludo por este conducto al maravilloso pueblo brasileño

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  6. Caro Leonardo,

    Comumente compartilhamos opiniões semelhantes, mesmo que você não saiba, mas esse texto me trouxe uma vontade de expressar a nossa divergência em alguns aspectos, e assim eu o faço. Aqui não me refiro à questão de grupo e tudo mais o que você disse porque concordamos sobre esses aspectos, mas me restringirei aos termos vergonhoso e humilhação. Acredito que em todos os textos que li eu considero esses termos inapropriados. Vejo o futebol e os eventos esportivos mais como uma confraternização do que qualquer outra coisa, e em confraternizações não nos sentimos envergonhados e humilhados, ainda que percamos e nos sintamos tristes.

    Inegavelmente há um descontentamento, uma tristeza em todos que assistiram os jogos, a derrota em um esporte não é a melhor sensação para se sentir, mas ainda sim ela – penso – deve estar subordinada a confraternização. Logo após a derrota de terça feira pensei que no final de cada jogo deveria existir um churrasco (com opções aos vegetarianos) onde as piadas sobre os lances e as zoações enfatizassem o clima de inexistência de inimigos, bem como fazemos nos “rachões” nos bairros, em família ou amigos, no final aquela lambreta tomada ficará para a história, bem como os “frangos” tomados e as goleadas levadas, não como humilhação, mas como um elemento para servir de base para uma piada onde todos riem. Isso deveria valer para todos os esportes, incluindo o volei, o esporte que possuo maior afinidade, pois após a derrota para a Rússia na final olímpica de 2012 a tristeza deveria ser logo convertida em harmonia e expectativa de uma vitória no próximo jogo, ainda que todos os jogos e circunstâncias sejam diferentes. Por fim, então choraremos as derrotas, mas em tão breve ergueremos as taças e celebraremos as possibilidades de vitórias e a inexistência de inimigos.

    Fraternal abraço.

    Alberto.

    Obs. Acredito que o me gera vergonha nesse caso são esses tipos diferentes de violências que teimam existir nos estádios e quadras.

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  7. “Cada qual quer mostrar sua boa performance, quer dar o seu show particular, até em vista de eventual contratação por grandes times estrangeiros.”

    Na verdade está mais para “aumentar seu salário” ou “atender seu ego inflado” do que ser contratado por grandes times. Afinal de contas a maior parte da população brasileira sequer conhecia metade dos jogadores antes da Copa, justamente porque esses já se tornaram estrangeiros.

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  8. coincido contigo Leonardo, esa es la pura verdad, Yo con mi seección , voy pasito a paso y no me gusta las personas que se creen superiores footbol es un juego, no matemativcas, un abrazo.

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  9. Leonardo, com sua licença, somos bons sim em várias coisas. Infelizmente o povo, na grande maioria sofre ainda com problemas tais como você citou (saúde, educação, segurança, transporte). Mas, eu quero e creio, que melhoramos pelo menos o olhar para os mais pobres. E, agora, a luta para mim,é não deixar aqueles que ficaram tanto tempo sem pelo menos nos ver, voltarem.

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  10. Confesso que admiro da sua capacidade de síntese, e conhecimento, mas estou certamente decepcionada com este texto. Não me parece ser Leonardo Boff. Tenho a impressão que se deixou levar pelo cotidiano. Suas palavras são sempre tão sábias. De quelquer maneira, quem sou eu para falar de você, um escritor renomado. mas acho que desta vez nã foi feliz em suas colocações, mais parece um comentarista destes que existem nas emissoras de Tv, inclusive desta a qual fala no seu texto.

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    • Concordo contigo, Keli. Tenho livros de Boff e agora estou me perguntando se este texto realmente pertence a ele. Estou decepcionada com esses argumentos.

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  11. Na minha opinião há um equívoco nessa análise.

    Ela está claramente influenciada pelo resultado do jogo, ou seja, se ganhou é maravilhoso, se perdeu é péssimo.

    Agora todos os analistas esportivos descobriram a Alemamha. Estão deslumbrados pela Alemanha, apesar do futebol fraquinho e do desespero para evitar a derrota contra Gana. Lembrem desse 2×2 suado. Esse resultado fez Gana virar sensacao por 3 dias. Quase perderam pra interesseira Gana que só pensava no bicho!. E contra a Argélia, a toda poderosa Alemanha, precisou de prorrogação pra fazer um golzimho mirrado. E ainda ganhou apertadinho dos EUA e da França num jogo sonolento.

    Jogos da Alemanha foram feios, fracos, sem criatividade, sem inovação, sem técnica apurada, mas que ganharam conotação equivocada e ampliada porque o analista foi influenciado pelo resultado de 7 x 1 contra o Brasil.

    Agora a “Alemanha e outros europeus “renovaram a forma de jogar futebol” ????

    Nao sei se a Espanha, Inglaterra, Itália, Portugal, Bélgica, Suíça, Russia, Grécia e demais europeus renovaram ou criaram algo de melhor, mas voltaram todos derrotados e criticados pelas imprensas locais (não pelo povo), porque analista esportivo é igual em todo o mundo.

    Agora o comentarista está deslumbrado pela Alemanha. Tudo da Alemanha é exaltado e tudo do Brasil é humilhado. (?)

    A Alemanha virou exemplo porque goleou o pentacampeão Brasil e, por isso, ganhou visibilidade fantástica.

    Quem tem poder de influenciar opiniões, deveria colocar as coisas nos lugares, mas, ao contrário, valoriza sempre o que é de fora e desvaloriza o que é nosso.

    Tudo o que é de qualidade no Brasil é questionado.

    Tudo o que é negativo ganha destaque dos formadores de opinião que, esses sim, são vítimas daquela síndrome de vira-latas.

    Antes, estavam todos deslumbrados pela grande campeã Espanha que era a “grande favorita” e uma falha do goleiro mudou a análise de todos (Del Bosque ultrapassado, Cassillas é frangueiro e etc), que o time deveria ter sido renovado…

    Se a Argentina ganhar o jogo final contra a Alemanha com um golzinho achado, aí a Argentina vai ser mágica, estupenda e vão falar que a experiência ajudou porque é o time de média de idade mais elevada da copa. Mas se perder vão falar que é um time velho que não aguentou o ritmo da máquina alemã.

    Desse jeito dá até pra escrever a análise antes do jogo!

    Se a Alemanha ganhar vão falar que ela tem organização e manteve o técnico faz 8 anos. Mas, vão pedir a saída imediata do felipao porque perdeu…

    Assim é fácil analisar… Ganhou é deslumbrante, perdeu é humilhante.

    Na verdade há muitas equipes de qualidade similar e a vitória ou a derrota são determinadas por pequenos equívocos táticos, rarissimos lampejos de criatividade individual e por detalhes circunstanciais, erros de arbitragem, condição psicológica e física, contusão, expulsão, torcidas, histórico, “esperteza” do cavador de faltas, loteria dos penaltis, sorte e falhas humanas individuais

    Não vejo nada deslumbrante no futebol apresentado por nenhuma das equipes tradicionais.

    A equipe da Alemanha tem conjunto porque foi mantida, mas no Brasil os analistas já começam a detonar os jogadores e querem escalar a seleção para a próxima copa e se o técnico pensar diferente, ai começa a campanha para derrubar o ” teimoso”.

    É preciso incentivar o brasileiro a acreditar no pais que é, nesse caso sim’ o maior ganhador, produtor do Pelé sim, do Ronaldo, Neymar e tantos outros.

    Não é correto afirmar que o técnico é teimoso porque ele não fez o que o analista desejava.
    Se é brasileiro é teimoso e cabeca-dura, mas se é Alemão é determinado, focado, com objetivos traçados. (???)

    Discordo, com muito respeito, da opinião manifestada, inclusive das críticas sobre a tal TV. Pra mim, essa tal TV tem alta qualidade, precisão de informações, respeito, equilíbrio. O marketing está presente em todas as mídias e em todo o mundo e, principalmente, na TV daquele bispo que comercializa a fé.

    Outra coisa é que, se o Brasil tivesse ganho as nossas duas copas de 1950/2014 e aquelas espetaculares de 82 e 86 e tbem se o Julio Cesar não tivesse tomado o frango 2010 e se o Ronaldo não tivesse tido a convulsão em 1998 e se a Argentina não tivesse comprado o Cybillas do Peru em 78 tínhamos classificado e todas as copas seriam nossas!

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      • Boff, vc recebe muito mal o contraditório, hein. Vc é o dono da verdade? A elite que vc se refere são os apadrinhados do poder, que fazem parte da elite política que nos pune com serviços de péssima qualidade e impostos escorchantes? Vcs de esquerda são muito engraçados e se acham muito inteligentes, faz-me rir.

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      • Essa estratégia de desvalorizar a opinião, sem debate, sem explicitar o motivo da discordância é lamentável.

        Continuando com meus argumentos, reafirmo que os comentaristas esportivos são influenciados pelo placar. Eles não fazem análise real das virtudes das equipes. Se ganha os adjetivos “espetacular” “relógio preciso” aparecem, mas perde são péssimos.

        É o caso que estamos vendo na final da copa. Até agora falava-se pouco sobre a Argentina. Diziam que era só o Messi e outros 10.
        Agora, se a Argentina ganhar dos alemães, os analistas vão encontrar milhares de qualidades que nunca foram comentadas antes… Tenha certeza disso! Os adjetivos vão brotar na primavera dos analistas de plantão.

        É o que ocorreu com a seleção. Depois que a vaca foi pro brejo, esses analistas humilham os jogadores e o treinador. Fácil.

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    • Desde o post, passando pelos comentários, esse texto do João Gutierrez, foi o único que mais ou menos me agradou do ponto de vista do tema em si, engraçado que a única coisa com a qual eu concordei no texto do post, foi justamente no que discordo neste, quando se fala da mídia com a expressão “a tal TV”, não da prá discordar que a mídia é sórdida e tendenciosa, e implanta opiniões com objetivos escusos. Mas o que mais me desagrada em tudo que se fala (na mídia e “alguns” tentam na net) sobre esse “fatídico” 7×1 ou 7×0 como as pessoas tem comentado nas ruas, nas calçadas, que é onde esta realmente a opinião do torcedor, é que todos falam do resultado do jogo e esquecem ou fingem esquecer que poucos dias antes deste jogo pessoas morreram embaixo de um viaduto que fazia parte das caras obras da copa, que já se investiga indícios de superfaturamento no valor de materiais e o principal, que inclusive vem sendo largamente comentado na mídia e na internet que a “toda poderosa” FIFA, proibiu que se fizesse um minuto de silêncio por essa vitimas inocentes, antes da partida Brasil e Alemanha.
      Precisamos analisar com muita seriedade os legados dessa COPA, não nos esqueçamos que um dos estádios faraônicos, que não terá mais utilidade futura já tem sua demolição cogitada pelo governo estadual, não quero me estender muito, principalmente e polemicas, mas essa COPA, me parece uma oportunidade para nossa sociedade se repensar, não faço aqui nenhuma critica ao futebol, é um esporte tão admirável quanto qualquer outro, minha critica é em estamos depositando nosso amor, minha critica enfim é ao sistema, ao vil metal.

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  12. Professor, também concordo com o que o sr disse sobre os elementos que levaram á derrota da seleção. Desde uma cúpula futebolística monárquica ultrapassada e corrupta ao delírio que basta um grande craque pra salvar a nação.
    Mas discordo da retórica de elite branca como se realmente só abastados recalcados estivessem no estádio vaiando a presidente. Isso é muito segregador. Nossa sociedade já é extremamente individualista e isso virou motivo para dividi-la ainda mais como ferramenta de manobra de poder gerada por uma desunião de classes nacional. O poder ilegítimo se perpetua nessa base.”Brasil, um país de todos” é o slogan do governo federal. Mas esse slogan é uma falácia absurda que o próprio governo se empenha tanto em construir. Que sociedade democrática surge disso? Devem todos ser rebaixados a uma classe proletária para serem dignos e respeitados? A Alemanha foi humilhada após perder duas guerras e se levantou unindo todas as esferas da sociedade. Vamos usar esse exemplo pra salvar só nosso futebol?

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  13. “UMA GRANDE E VERGONHOSA DERROTA BRASILEIRA”??? Onde ocorreu isso, Frei Leonardo? Quem foi derrotada foi a seleção brasileira de futebol. Não tome a minúscula parte pelo imenso, infinito, todo. O Brasil. A Pátria Brasileira, senhor Frei, não sofreu nenhuma mínima perda! O País continua um gigante, o povo, um exemplo de trabalho, generosidade, perseverança, auto-estima, realização, empreendorismo, inventividade, esperança, orgulho, alegria contagiante. Não Frei. Essa Nação nunca foi, nem nunca será derrotada. No resultado de uma partida de um esporte popular, sua seleção pode, tanto que até foi. E daí. O Uruguai já nos venceu por 6X0 em 1920. 2X1 em 1950, na final de uma Copa aqui no país. E daí. Superamos. Como superamos 21 anos de ditadura militar, e 15 anos de ditadura Vargas. E também superaremos essa posição irreconhecível, pessoal, que o senhor assume diante da história, mestre Frei. Estará no período do silêncio da alma, sem fé em nada. Não precisa ser em Deus, em particular. Mas na filosofia, na ciência, na cultura, na Tradição, no homem, no bem, no mal, em alguma coisa, afinal. Transpira, incontrolável e infelizmente um extremo pavor pela finitude, Frei. E isso, nos é assustador, também.

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  14. Quem vaiou não foi a elite. Saia da ” Toca ” e informe-se melhor pois que, desinformação tem cura.

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      • Me admira, Leonardo Boff, que você compara o discordante com uma avestruz, cego e surdo. Ironicamente, os cabelos brancos que simbolizam a experiência de vida, no seu caso, mostra que as imagens tecidas representam bem os seus neurônios que ainda celebram o marxismo sanguinário e ainda continua com esse discurso bestificado de “a elite vaiou”. Cresça, Leonardo Boff.

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  15. Meu caro, só discordo quanto a preparação física , visto que a maioria dos jogadores joga na Europa.

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  16. O solo fertil do futebol brasileiro está deserto, deixaram-no sem água faz tempo e colocaram no seu lugar cimento, e paralelo a isto, A Globo fantasia colocando jogadores mediocres como estrelas (Robinho, Neymar… jogadores que estão longe dos Zico, Sócrates, Romário, Ronaldo, Ronaldinho -o último dos craques brasileiros…-), O Robinho (e sua bicicleta) e o Neymar são estrelas de novela, estrelas fugazes, isso sim…

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  17. Clase A, Dilma y Copa del Mundo…

    Quien me conoce sabe que, ideológicamente hablando, la Presidenta de Brasil, Dilma Rousseff y yo, no estamos en el mismo lugar, o por lo menos, no en el mismo punto. En la vida y, principalmente en el mundo político, satisfacer a todos es una tarea ardua, por no decir imposible. No es difícil observar que clase social se ha beneficiado principalmente del gobierno PT, las clases desfavorecidas, las más pobres de Brasil, los datos están para confirmar lo que estoy afirmando. Es verdad que, al igual que muchos brasileños y gente que amamos este gran país, creo que el dinero que se ha destinado a la Copa del Mundo mejor hubiera sido dedicado a hospitales, escuelas, etc, y que falta mucho por hacer por parte del gobierno de la República. Yo estoy con quienes piensan así. Sin embargo, me sorprende ver a algunas personas que están atacando e insultando a la Presidenta en los estadios del Mundial, son precisamente los que más están disfrutando de este campeonato, que son, en su mayoría, brasileños que pueden costearse las carísimas y prohibitivas entradas, el precio FIFA. Son los llamados clase A, para quienes no conozcan esta terminología, decir que en Brasil existe todo un alfabeto para distinguir a las personas dependiendo, principalmente, del dinero que poseen. A los pobres brasileños se les niega hasta estos derechos, encontrarse cara a cara con Dilma (después lo qué haga, si la abraza o la critica, es cosa suya) y de asistir en vivo y en directo, este deporte, el fútbol, que ama con pasión. Son los clase A los que están disfrutando de los estadios, de los goles de Benzema, Rooney o Neymar (me entristece no poder colocar aquí, en está lista a Villa, Costa o Iniesta, no hace falta que diga el porqué). Sin más que decir por el momento, pero al menos, que no nos sigan engañando, estamos un poco cansados de esto. Tarjeta ROJA clase A, comienza por dar ejemplo y no pagues por ir a ver los partidos de fútbol a los estadios. Decían que “por sus obras los conoceréis”, comenzamos a estar muy cansados de tanto como os conocemos…

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  18. Concordo em géneros e números…Mas já agora,permita-me fazer uma observação:
    Não gosto nada de ler a palavra “presidenta”visto que a mesma não define masculino ou feminino…

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    • Cristiane Cardoso, segundo Cegalla – Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, Ed.Nacional-1981 -, a palavra presidenta define o feminino, da mesma forma que infanta,governata etc.

      Apesar do páis ter avançado em muitas áreas, ainda há muito o que ser feito, muitas reformas são necessárias. O culto ao individualismo sempre nos levará à derrota!

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    • Se quisesse seguir a lei com um rigor, digamos, ortodoxo para seus hábitos, o brasileiro teria de oficialmente referir-se a Dilma Rousseff como “presidenta”. Sim, a lei federal 2.749, de 1956, do senador Mozart Lago (1889-1974), determina o uso oficial da forma feminina para designar cargos públicos ocupados por mulheres. Era letra morta. Até o país escolher sua primeira mulher à Presidência da Repúblic

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      • Acho bom sublinhar alguma A nos substantivos femininos, ainda que o “E” no final da palavra seja uma forma, digamos, neutra, mas tem tanto de poder masculino na língua, que gosto de criar fraturas nela…

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    • presidente. ‘Persona que preside algo’ y, en una república, ‘jefe del Estado’. Por su terminación, puede funcionar como común en cuanto al género (el/la presidente; → género2, 1a y 3c): «La designación de la presidente interina logró aplacar la tensión» (Clarín [Arg.] 10.2.97); pero el uso mayoritario ha consolidado el femenino específico presidenta: «Tatiana, la presidenta del Comité, no le dejaba el menor espacio» (ÁlvzGil Naufragios [Cuba 2002]). Diccionario de la Real Academia Española…

      P.S. La lengua del texto es castellano o español, un saludo.

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  19. A mídia vende…

    A mídia vendem emoções
    Usam bela canções
    A inocências das crianças
    Procuram números certos
    Para combates armados
    Para gradeadores futebolístico
    Mas, no manto verde tudo
    É diferente, todos querem ganhar.
    O país do futebol arte, arte de jogar
    É pura é etiqueta… Pura venda de emoções.
    Há jogos que empatam outros não encantam
    Não “mostram o amor na chuteira”
    Pra muitos está tudo bem “ganhado”
    Para outros é melhor perde e encantar
    Copa no Brasil, muitos não verão mais
    Acorda Brasil consciência manda dizer:
    Mostra tua cara… Mostra teu futebol.

    Dila Anizete,04/07/2014
    Marcolândia-P

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  20. Com todo respeito, estabelecer que a elite xingou a presidente é coisa de quem não foi a estádio de futebol nossa últimos anos. A frase chula que foi direcionada a ela tem sido repetida jogo após jogo independentemente de quem joga ou em que estádio, ou ainda a quem é dirigida. E tem sido entoada por todos que lá se encontram sem distinção de raça, credo, cor ou condição social. Eu detesto isso e até deixei de frequentar os estádios. Mas querer estabelecer uma luta de classes onde a má educação impera é politizar a expressão da má educação. Pior do que o aconteceu é esta tentativa de criar vítimas e vilões, como se a elite efetiva, como os grandes banqueiros que estão com os bolsos cheios, com a proteção e apoio de TODOS os governos, estivessem um pouquinho que fosse chateados com esse governo.
    Essa é só minha singela opinião.

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  21. Além do que você colocou muito bem, O BRASIL NÃO PRECISA DO ANTI JOGO PARA GANHAR:

    Nunca concordamos com a opinião do técnico Felipão de que o importante é ganhar jogo, não importa como, nem que seja de 1X0, pois isso leva ao anti jogo, como o Brasil demonstrou, fazendo mais faltas que os adversários nas partidas e levou ao clima que acabou excluindo o Neymar no jogo contra a Colômbia. O Brasil tem e sempre terá craques para formar um grande time.
    Antigamente, quem fazia faltas para parar o futebol arte que consagrou o futebol brasileiro eram os adversários e não o Brasil.
    Aliás, é preciso mudar essa mentalidade de faltas a partir dos nossos campeonatos internos, um absurdo, uma verdadeira batalha campal na qual nos acostumamos e que os juízes precisam ser mais enérgicos em prol do próprio futebol brasileiro, é só ver as estatísticas.

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  22. Leonardo Boff., sempre ele, descrevendo tão bem sobre a derrota histórica da seleção brasileira. Explicando tudo e até nos confortando. Parabéns. Te admiro muito.

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  23. Sabe Mestre, estou muito, muito triste. Ontem sai para trabalhar e me faltava força de olhar para as pessoas e acho que muitas pessoas também sentiam a mesma coisa. Mas todos saímos para cumprir com nossas obrigações, porque a vida continua. Senti isso que você falou: do povo que ontem eu vi, que vive em São Paulo, devagar vão se recuperando. Mas da minha parte, ainda dói muito e vai demorar um pouco mais para passar (espero que passe. Só sei que algo mudou muito. Nada será como antes. Tomara Deus, seja bem melhor e o Zico esteja enganado). http://youtu.be/eoAZH2Q6FSc

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  24. O povo brasileiro se constrói lentamente a partir de experiências dolorosas, acreditou no discurso midiático sem contudo conhecer a real situação, pois a exemplo da imagem do nosso Brasil, cheio de mazelas, corrupção em vários setores, o futebol também está contaminado.

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  25. Não consigo aceitar que se chame de humilhação perder um jogo na copa do mundo nem que fosse de mil a zero , como não considero humilhação a Espanha ter sido eliminada logo no início. Apesar de ter admiração pelos textos de prof. Boff, e por sua trajetória acho que ele foi mordido pela versão atual de que somos arrogantes e ignorante, desculpe Sr. mas essa é uma visão míope das características de uns que são diferente das características de outrem. Estamos em fase de renovação de jogadores, treinamos cerca de 18 meses com um técnico que tem um dado perfil e não conheço atualmente nenhum que pudesse trazer a seleção onde chegou e temos a mesma situação acontecendo no vôlei apesar da fama de Bernardinho , pois temos perdido de cada três pelo menos uma partida, inclusive por três sets a zero.Por outro lado, convivo ao lado das classes populares e diferente de antigamente não vejo ninguém de cabeça baixa, choramingando nos cantos, pois recuperamos a auto estima como povo, temos várias conquistas pessoais e hoje vejo que futebol é futebol, samba é samba, carnaval é carnaval e o resto são firulas.

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    • É de todos sabido que a CBF está cheia de aproveitadores e corruptos. Negar isso é reforçar as praticas deles. Precisamos de uma reforma no direcao do futebol bem como na politica
      boff

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    • Concordo PLENAMENTE com Maria Aparecida. Como se explica então q a maioria dos times europeus estavam fora antes das quartas.Como se explica q haja no momento apenas dois times europeus nas finais?

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  26. Concordo com esta análise-e vou dizer apenas pequenos venenos que me veem na alma.

    Não dá para ver esta derrota de tão perto assim-mas por algo mais danoso e mais capitalista –existem craques em futebol em toda e qualquer esquina onde vivem os pobres -e isto é tão forte-que até os projetos sociais de norte a sul tem como atividade sócio-cultural -os times de futebol…há uma base de mercado-mas tudo que se destaca até mesmo nas categorias juvenis tem de ser negociado-de modo que criou-se no futebol as desigualdades da sociedade —temos a melhor e maior matéria prima-produto de exportação-para consumidores exigentes e muitas vezes preconceituosos…só sabemos do glamour de estar na Europa -mas com certeza estes moços devem pagar caro com suas vidas-num sacrifício pessoal de submissão – mesmo que com sala´rios de astros –e nós nos apossamos deles como nossos heróis também os usamos —e tem mais -muita gente de esquerda que agora pousa de descenso contra hegemônico-por causa do uso politico que poderiam fazer da vitória -são os mesmos que durante o ano estão ás voltas com seus times-todos temos que aprender com derrotas-todos e eu vou me arriscar a dizer algo meio na contramão da maioria – a doçura dos alemães pode ser tão calculada e planejada que até a sorridente e calorosa forma e abordagem com o povo pode ser diferente do que sei pelos meus amigos que lá foram viver e sentiram todo tipo de discriminação – mas tenho que dizer – que me refiro a amigos pobres -talvez por isso…
    Sem olhar para tantos atravessadores neste sistema todo-onde um jogador vira propriedade de marcas e alimenta cadeias de sangue sugas- relações de mercado-não podemos auferir o quão é diferente ter uma seleção estável com 7 jogadores de um unica equipe…

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  27. Concordo com sua síntese sobre nosso vergonhoso fracasso dentro do campo. Esse vexame mostra como está nosso esporte predileto nos campeonatos nacionais e regionais. O campeonato brasileiro de 2013 apresentou a vergonhosa aliança entre dirigentes, “justiça” desportiva, advogados de clubes de CBF no caso do rebaixamento da Portuguesa e do Fluminense. Além desse caso vexatório temos os problemas com a arbitragem e a manipulação de resultados revelados em 2005. Aldemais, tem a “indústria” de formar jogadores para serem vendidos a grandes clubes europeus para gerar receitas. Diante de tantas falhas e má gestão de anos a fio uma hora isso iria transparecer no campo.

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  28. A presidente deve ser vaiada, sem palavras de baixo calão, mas tanto ela quanto a CBF e a FIFA devem ser repudiados pelo povo diante do mundo para não deixar a imagem de otários. Exploração sexual adulta e de nossa infância, obras inacabadas , algumas “previstas para 2030 (Pernambuco), dinheiro público em todos os estádios, mudança de nossas leis com evidente evasão fiscal em favor de entidades privadas, caos instalados em todoas as fanfests com venda de drogas, arrastões, sujeira, brigas (tudo omitido pela mídia comprada), boletins de ocorrências maquiados (pessoas desistiram de fazer porque diziam que demoraria 4 horas), polícia federal, civil e militar abandonando a segurança da cidade para atender a copa, comércio todo no prejuízo, só a FIFA lucrou e os vendedores de drogas lícitas e ilícitas…esse foi o legado da copa e temos de aplaudir a festinha? PT e PSDB, assim como seus asseclas deveriam ser extintos, pois são os maiores tumores malignos deste país. Aliás, todos os partidos deveriam ser extintos, assim como o senado. O legislativo deveria ser constituído por instituições de classe com pelo menos 100 mil filiados. A democracia deveria ser direta (consulta às instituições),sem representantes, sem assessores, sem cargos em comissão, sem cargos em estatais. Seria mais rápido e honesto. Quem quiserter direito a vototerá de pertencer a uma entidade de classe e o voto não seria obrigatório. Presos condenados e analfabetos não teriam direito a voto. Quer votar? Cumpra as leis e vá aprender a ler, simples assim. Vivemos a cultura do entretenimento, onde tudo tem de ser divertido, não precisa nem de pão, basta o circo. Até quando? Abomino a direita, a esquerda e o centro,m ou seja, a política partidária. A política tem de ser social, coletiva, voltada realmente para o bem comum. Paz e Bem!

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  29. Pela análise desse especialista, a Espanha ,com seu maravilhoso futebol elogiado por ele, é que não fez vergonha, apesar de não ter chegado às oitavas… Mania de incensar o europeu! A Alemanha perdeu em casa de goleada também, quando sediou a Copa. É muita pressão sobre os jogadores. Melhor absorver o fato, sem ficar apontando dedos para supostos culpados, para evitar a dor.

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  30. Assim como a seleção brasileira, que não se atualizou e não aprendeu e por isso pagou o preço, os intelectuais deveriam reconhecer que vivemos em um país sem educação em todas as esferas sociais, creditar a vergonha da vaia a falta de educação da elite, passa a impressão que o povo menos favorecido é educado, inteligente e sábio o que se configura um engano, quem faz esse tipo de comentários nunca assistiu um jogo de futebol no estádio (ou finge que nunca assistiu um jogo na TV), caso contrário ao invés de ficar direcionando a “elite” as vaias à Presidente, iria questionar com igual ênfase porque xingam os árbitros antes mesmo dos jogos começarem? ou então que tipo de cidadania demonstra um grupo de torcedores que ficam cantando músicas de incentivo ao seu time ou xingamentos aos adversários enquanto toca o hino nacional ou estadual? Como se vê infelizmente falta de educação acontece frequentemente em estádios de futebol, não é uma manifestação isolada da “elite” direcionada contra a Presidente que é ‘perseguida” por ser de esquerda. Enfim é um baita desrespeito a nossa Presidente, como foi um grande desrespeito vaiar o hino chileno (me senti igualmente envergonhado), mas a falta de educação e civilidade é geral e não só da elite, também não é direcionado apenas a “pobre” esquerda representada pela nossa Presidente (adoram colocar a esquerda como vitima da elite), não compreender isso, é treinar a educação e a civilidade com o esquema tático do Felipão e com a publicidade da Globo, um dia vamos encontrar uma derrota cívica e social tão vexatória e dolorosa quanto a que sofremos na semifinal da copa.

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  31. Gostei do texto ….mas o facto é que o futebol brasileiro não pode viver de “volantes com pegada “, como diz o Filipão. Isso não é nada ( de tanto pegarem acabaram por pegar o pp Neymar). Os jogos resolvem-se no meio-campo e é preciso ter bola …tratar bem a bola …isso é a matriz do futebol brasileiro ! Vejo copas desde 82 , apaixonei-me pelo futebol por causa daquele escrete de 82…sim, aquele que perdeu mas ganhou a eterna imortalidade! O problema está no comando técnico …não apenas no Scolari ….não há um técnico no Brasil capaz de trazer de volta o perfume do Brasil de 82!!!! ( Qual o técnico brasileiro que ganhou um campeonato na Europa nos ultimos anos???.)…Veja-se o campeonato brasileiro ….joga-se muito devagar sem qualquer enquadramento tático. O Brasil tem de mudar urgentemente. Mudar a CBF, tem de ter novos técnicos, tem de lhes dar tempo para eles expressarem as suas competências. Criar um campeonato competitivo, não se pode ter estaduais e logo de seguida um campeonato nacional, com provas internacionais, mais a copa do brasil pelo meio.Não serão jogos a mais de qualidade muito duvidosa ?????? Se os quadros competitivos dos campeonatos europeus apresentam resultados porque não segui-los no Brasil?????? O País que tem o maior viveiro de jogadores tem de organizar-se melhor ….muito melhor !!!! Enfim ….alguns desabafos de um português triste com o desenlace de uma historia que se estava a ver que, mais tarde ou mais cedo, viria acontecer.

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  32. Bom texto. Quanto as “vaias indizíveis”, penso que são reflexo do próprio governo que a Presidenta mantém junto com o seu partido e aliados.

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  33. Concordo com o texto…nos dá uma espécie de alento. Entretanto, creio que, vaias, aplausos, são atitudes emocionais. Exalam sentimentos de euforia e recônditas dores. E, se a “elite” aplaudiu os alemães justamente e respeitosamente, também ela, poderá vaiar quem quer que seja. É do direito democrático. Há um grande número de pessoas (que não elite) e que tem vontade sim de evidenciar seu descontentamento com o governo que aqui está e sua co-co-coligações! E que, deseja pegar uma “bela carona” na entonação no Hino Nacional e usurpar o que ainda resta de nossa sutil brasilidade. Sinto muito! Estamos muito órfãos de Líderes de fato! Abraços! Sou sua fã….

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  34. Na política já temos alguns condenados por corrupção, vamos ver se conseguimos isso também nas outras áreas, como o futebol por exemplo.

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  35. Acredito que o País necessita de uma reformulação no futebol sim (como em todo restante), mas concordo com o João Guitierrez…. Não vi ninguém da imprensa dizendo que o Brasil corria o risco de levar uma lavada qdo pegasse a Alemanha, só nós torcedores víamos o perigo pela frente. Não vi sequer nenhum analista minutos antes do apito inicial depois da escalação inicial fazer algum comentário que assim levaríamos uma surra…
    Agora o senhor, Tanto anos de vivência, tanto tempo de estrada pra vir com esse papinho de “elite que vaia a Presidenta e que quer viver em Miami”, faça-me o favor!!! Vá fazer discurso pra turma do PT em seus auditórios… Estudei minha vida toda em escola pública, trabalhei e estudei durante a faculdade para poder me sustentar, trabalho das 6:30 da manhã as 19:00 todos os dias comerciais, pago meus impostos, contribuo voluntariamente com instituições que melhoram a vida dos menos afortunados e fui sim no estádio e vaiei sim essa mulher que não serve sob nenhum aspecto pra gerenciar uma padaria, quem dirá governar um país… Isso só me torna elite somente aos olhos de pessoas que não produzem nada para agregar valor ao país onde vivemos, somente textos equivocados onde politizam tudo e todos seguindo sua bússola moral quebrada que só aponta para o Oeste…

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  36. Grande Leonardo Boff, desde as Comunidades de Base e Teologia da Libertação!

    Quanto ao assunto em pauta, a eficiência está sempre vinculada a quem lança mão da EDUCAÇÃO.
    No século e milênio passados, quando a região amazônica era a maior produtora mundial da borracha, o chamado “ouro negro”, veio a Malásia, lançou mão das sementes de seringueiras, apropriou-se do seu cultivo em série, deixando à mingua os milhares de seringueiros amazônidas à mercê de engrossar os cinturões de miséria e pobreza das cidades amazônicas, principalmente de sua capital, Manaus.
    Em relação ao futebol as semelhanças não são meras coincidências. O Brasil ensinou o mundo a jogar bola, na base do feijão com arroz, num período em que conquistou os seus três primeiros títulos mundiais. Algumas nações, como é o caso da Alemanha, após apropriar-se dos fundamentos elementares desse esporte, desenvolveu táticas e habilidades, tão bem fundamentadas no seu texto, que as tornam superiores ás seleções que continuam se apresentando a partir das idéias ultrapassadas de seus técnicos turrões.
    Penso que seja por aí. Sem EDUCAÇÃO, não há EVOLUÇÃO. Quer evoluir? Estuda Brasil!

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  37. Parabenizo pelo excelente texto e as explanações expostas, porém todas são há muito conhecidas e infelizmente o que se mostra é a falta de responsabilidade no conjunto que se faz representante da população, pois o que se vê são fatos arrogantes e arrolhados por investimentos financeiros e supervalorizações.Os participantes destas competições precisam assistir aos vídeos das partidas, observar os erros e dizer quem deve ser escalado em cada momento, igualmente ouvir quem realmente participa (torcedores), da emoção do futebol, deixando de lado quem aparece falando qualquer asneira, quem vai ao estádio simplesmente por status de estar na coá e, o pior deles, quem foi escolhido para ser escalado financeiramente (parar de seguir os patrocinadores).

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  38. Por favor! Vamos perdoar e agradecer ao time brasileiro por tudo o que eles já proporcionaram nesta copa! Temos o direito de julgar os jogadores? Não sabemos o quão difícil é a vida dentro das quatro linhas. Quem nunca jogou mal futebol que atire a primeira pedra, não é mesmo? E lembremo-nos que não há perdedores quando se compete. Não deixemo-nos aceitar esse processo de espetacularização do futebol. É um esporte competido por seres humanos. E resultado é consequência, como diz a sabedoria popular.

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  39. Bom texto, boa análise, mas quanto a questão das vaias à presidentE eu discordo. Não se repetindo xingamentos que aconteceram, e que não deve acontecer com ninguém, somente vaias não vejo como desrespeito. É uma maneira do povo expor seu descontentamento com o governante de ocasião e suas mazelas. Achar que aquela parcela de torcedores trata-se da elite de um povo é algo a considerar, o que não tira o direito desta parcela manisfestar sua insatisfação com mensalões, corrupção, fisiologismo, e muitos outros males que este governo perpetua e muitos como este missivista não é capaz de enxergar.

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  40. Caro,
    não se criou “quase como consenso nacional de que somos a pátria do futebol, que somos ganhadores de 5 copas mundiais, que temos o rei Pelé e craques excepcionais como Neymar e outros.” Nós sim, somos a pátria do futebol, somos ganhadores de 5 copas mundiais, e temos o rei Pelé e craques excepcionais como Neymar e outros. Qual a dúvida sobre isso? É fato inquestionável. O que não é fato é que, por isso (pelo fato), ganhemos qualquer coisa de véspera. Isso que não existe. A questão não é essa. A questão foi, sem querer entrar no mérito tático da Seleção que se demonstrou equivocado – mas é fácil criticar a desgraça depois que ela acontece e profetizar sobre o que já aconteceu – que o escrete alemão é muito superior em conjunto e muito mais maduro e curtido. Nossa Seleção ainda é verde. E a derrota, fosse na véspera ou no dia seguinte, teria sido diferente. Tavez nem tivesse acontecido, pode ser que conseguíssemos ganhar apertado, ou levado a decisão para pênaltis. O que ninguém diz, e que “explica” o que aconteceu, foi que a mão do imponderável, do Sobrenatural de Almeida, pairou sobre o Mineirão naquela tarde fatídica. Resultado absolutamente irreal e desastroso que jamais acontecerá novamente nos próximos mil anos entre as duas equipes, sejam elas quais forem e sejam os confrontos sob os motivos que venham a ser.
    Absolutamente não vi um ôba-ôba de já ganhou, a não ser pelas mentes lunáticas e autistas e de quem não entende patavinas de futebol. A fragilidade da Seleção era e é, sabida a olhos vistos, mas tínhamos que, de fato, pela razão de estarmos sediando o evento, a obrigação de sermos otimistas e nos imbuir de espírito positivo, sem abandonar no fundo, o realismo que nos mantinha apreensivos e claro, conformados se não levássemos o caneco. Alemanha, Brasil, Holanda, Argentina. Todos os 4 semi-finalistas chegaram em condição de ir à final. A Argentina não é melhor do que o Brasil, assim como a Argélia, que por um triz não despacha a Alemanha, tão pouco. Futebol não é basquete. Futebol é assim. Não me admirará que um time limitado como o da Argentina venha a ser o campeão diante da poderosíssima Alemanha, ainda que conte com um super craque que nem vem jogando lá uma grande Copa, muito pelo contrário, se apresenta aquém de seu talento. O jogo é jogado, o peixe é pescado. Não tem resultado de véspera nessa brincadeira de bola.

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  41. Parece que o desastre do jogo começou no primeiro jogo, quando ficou nítida a incapacidade do Brasil de realizar os fundamentos mais básicos do esporte, como passes, chutes e cruzamentos. Além de ide tudo que foi comentado, ainda temos uma questão. Nossa seleção não tem mais como base os campeonatos realizados aqui. Sendo assim, a nossa seleção é uma agregação de jogadores que trabalham em diversos países com estilos e técnicas diferentes do nosso próprio. Ou seja, não estamos praticando o futebol brasileiro, mas sim o futebol europeu. Acho que as seleções do Brasil deveriam ser formadas por jogadores atuando no Brasil e com algumas convocações (dos melhores) jogando na Europa.

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  42. O Leonardo comete um grande equívoco porque entende que foi uma vergonha e uma humilhação perder uma competição esportiva. Caminha na mesma direção da grande mídia esportiva e outros grupos a quem interessa que pensamos assim, haja vista que possuem imensos interesses financeiros nessa atividade.Vergonhoso e humilhante porquê? Porque perdemos uma partida de futebol? O futebol não é o Brasil nem o Brasil é o futebol. Nós não somos futebol. O futebol é particular e responde a interesses particulares. O Brasil é maior é mais do que isso. É um absurdo e um exagero pensar e propagar que o resultado desfavorável nos encheu de vergonha e humilhação. Foi uma mera competição esportiva e seu resultado jamais, por pior que seja, nos envergonhará ou nos humilhará. Se assim fosse, sempre que nossa participação não fosse exitosa em eventos esportivos ficaríamos envergonhados e humilhados. Ora, é necessário, Leonardo, atribuir às coisas o real valor delas. Não veja a menor razão para mitificar o futebol, por favor!

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  43. O que mais me saltou aos olhos nesta derrota vexatória, foi a falta de atitude, de raça e a apatia de nossa equipe e de seu treinador.

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  44. O COLISEU MODERNO _ O ESTÁDIO DE FUTEBOL
    Na antiguidade, o Coliseu de Roma foi feito para apaziguar os cidadãos romanos e os deuses: hoje o Coliseu Moderno ( O Estádio de Futebol ) desgastou-se devido as corrupções: compra de técnico de futebol, compra de juizes etc., junto à Máfia do Futebol e Crime Organizado.
    Parece que estamos no crepúsculo do Futebol.
    Hoje, todos nós já sabemos do mau desempenho da FIFA, envolvendo-se com roubos trilhionários.
    O futebol tornou-se hoje uma fonte de rebeldia, principalmente aqui no Brasil.E é muito justo a juventude insurgir diante disto tudo.
    Não temos mais o futebol-arte, mas uma “indústria” de ganhar-se muito dinheiro à custa do torcedor ingênuo.
    O placar de 7×1 para a Alemanha foi o termômetro que mediu as negociatas que a FIFA faz por detrás disto tudo.
    Começou com o “acidente” de Neymar (o melhor jogador da Seleção Brasileira) que já estava marcado para morrer.
    É isso: é a sociedade do espetáculo (Guy Deboard).
    Há uma indignação no rosto de cada brasileiro. Mas isto é positivo.
    Deslumbramento, humilhação e o acordar dos torcedores brasileiros.
    Há jogadores ganhando um milhão por dia …
    odecio mendes rocha

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  45. Perdemos porque nós brasileiros somos diferentes: emotivos, chorões etc. Só por isso. Nao somos frios como os demais. É do nosso temperamento. O fato ocorrido com o Neymar, o hino nacional, a disputa na semifinal e levar o primeiro gol, atrapalhou tudo. Nao tem psicologo que dê jeito, pq é nosso jeito de ser e pronto. Os jogadores sao bons, o Felipao é ótimo, tinha cama boa, comida boa, preparo bom. O resto é papo puro…..

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  46. Caro Leonardo Boff

    Me perdoe, mas você é melhor falando de teologia, porque de futebol você não entende NADA.
    Alem do mais, o Sr. não tocou no ponto fundamental do problema que a seleção brasileira viveu, FIFA, CBF e os cartolas. Estes sim são os verdadeiros culpados pelo acontecido.
    Esta copa está sim, sendo um sucesso, apesar da humilhante derrota, porque está demonstrando ao resto do mundo como a FIFA e a CBF funcionam.
    O Sr. não foi a uma questão que é fundamental, os apadrinhados destas duas entidades, onde presenciamos, isso sim, muito mais vergonhoso, uma máfia em que o principal personagem é um inglês, fraudulento, bandido mesmo. Nenhum outro país mostrou este lado da FIFA, e ainda surge um(a) juiz(a) de plantão que na calada da madrugada concede um habeas corpus ao tal inglês, e a polícia federal o coloca como foragido, isto sim é vergonha. Perdemos uma partida, é lamentável, mas ganhamos muito mais credibilidade como país soberano.
    O Sr. não falou do Sr. Ricardo Teixeira (ex-presidente da CBF) outro fraudulento, para não dizer outra coisa.
    Felipão nesta altura foi usado e abusado, a mídia fajuta (que me parece o Sr. tem receio de apontar) criou as espectativas falsas, para que depois a dita “oposição” politizasse a copa como forma de desqualificar uma presidencia, que está mostrando que o Brasil pode sediar qualquer evento.
    Apesar da derrota, Sr. Leonardo Boff, o evento está trazendo para o Brasil recursos, que muitos dizem que foram retirados da saúde e da educação, gerando mão de obra aqui mesmo no Brasil.
    Esta mesma mídia fajuta é tão rasteira que não citam em momento nenhum o que os médicos do projeto Mais Médicos está representando para o país, mais de 40 milhões de brasileiros na linha da pobreza estão sendo atendidos por estes médicos. Só ouvi esta mesma mídia fajuta, anti-brasileira falar alguma coisa deste projeto quando supostamente um médico cubano (convenientemente) é acusado de assédio sexual. Esta mídia fajuta, que não tem nada de brasileira, não fala mais do problema dos Brasiguaios, porque ?
    Não fala do retorno, após um golpe branco no Paraguai que por baixo dos panos os americanos (como sempre) estão costurando um acordo com os filhos de Strossner (para o qual o Paraguai era um simples fundo do quintal) onde os EUA pretende construir não uma mas de três bases militares na fronteira com o Brasil. Lembre-se do que o Sr, J W Bush disse, “o eixo do mal passa pela tríplice fronteira”.
    Finalizando nossa presidenta, entregará com todo orgulho a taça ao vencedor em que pese a derrota da seleção.
    O Sr. me perdoe, mas com este artigo foi profundamente infeliz.
    E, finalmente, não misture futebol com política, ok ???
    VSorry

    Sinceramente

    Jose Severiano

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  47. Entendi perfeitamente o que foi, muito bem, explanado. Entretanto, existem muitos outros motivos, além dos citados. Deixando a Copa do Mundo de lado, e deixando claro que aplaudirei o vencedor, embora prefira que a ARGENTINA o seja, por se tratar de um País da América do Sul, nossos vizinhos, gostaria de saber e isto me preocupa, como serão as OLIMPÍADAS de 2016? Estarão os nossos atletas olímpicos em constante treinamento? Os governantes deste País estão dando total apoio a eles? Existe uma ” arena olímpica ” onde eles possam praticar para seu aperfeiçoamento e treinos necessários. Ou o governo está de braços cruzados, pensando só nas próximas eleições e carnaval? Na copa a CBF E FIFA ditaram as regras e outras cositas más, falo de DINHEIRO que desceu pelo ralo. Teremos mais uma GRANDIOSA HUMILHAÇÃO EM 2016? Temo que SIM.

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  48. Quero lembrar a todos que quem perdeu o jogo foi a seleção da CBF e não o povo brasileiro. Aliás, triste é o povo que espera ser feliz com um time de futebol.

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  49. Excelente texto Sr. Boff, me parece que a maioria dos seus leitores, me permita dizer, não compreendeu a mensagem por detrás da mensagem. Na verdade pude perceber que o comentário sobre o futebol serviu apenas de mera ilustração para se fazer “um recorte” da nossa sociedade, de um absurdo desnível de poder aquisitivo tanto monetário quanto de capital cultural, despreparada, inocente, submissa, suscetível a mídia e cruel.

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  50. Leonardo,
    Concordo com muitas coisas que disse, mas esse papo de “elite” tem que ser revisitado assim como a maneira como se joga futebol no Brasil. Não dá mais para engolir!

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  51. Prezado Leonardo, não seria o caso de promover uma autocrítica coletiva a respeito da maneira como torcemos? A mim parece claro que a maioria dos torcedores está perdido num afã exagerado de competição, de uma vontade de vencer que não é uma vontade de ver uma superação por um futebol mais eficiente e bonito, e sim uma vontade de afirmar sua superioridade sobre os outros, alimentando a exaltação egóica e promovendo, muito frequentemente, a humilhação alheia — um gosto por futebol exageradamente yang, por assim dizer, nocivo aos outros e a si, em especial em casos de derrota. É possível uma apreciação do futebol saudável, que valorize o esporte ao mesmo tempo nos seus aspectos lúdicos (de recreação, encantamento, diversão) e competitivos (de superação, desafio). Mas isso exige uma reflexão sobre nosso fazer.
    Um abraço,
    Raoni

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  52. Concordo plenamente com a brilhante explanação do Sr. Leonardo Boff, e peço licença para fazer um acréscimo: O que ocorre no Brasil é sobretudo uma inversão de prioridades. Continuamos presenciando a antiga tática do “pão e circo”, da qual grande parte da nossa população ainda não está se dando conta, embevecidas que estão, pela euforia momentânea; Enquanto isso, os grandes problemas nacionais, tão enfatizados por candidatos a cargos políticos, colocando sempre a educação e a saúde à frente das suas campanhas de araque, não passam de simples abordagem de curtíssima duração, pois são sistematicamente “esquecidos” logo após as eleições.

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  53. Infelizmente este esporte, como outros, se tornou um campo de jogo de interesses patrocinados pela mídia e grandes empresas que só querem obter lucro. A “indústria do futebol”, como meu pai dizia, já acabou para nós. Ficaram somente os interesses econômicos. Isto não satisfaz este povo brasileiro.

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  54. Obrigada Leonardo pela clareza de espirito que é apanágio da sua análise.
    Vou apenas tentar acrescentar algo mais a tudo o que está muito bem pensado e escrito por si, pegando no mote:
    “Perdemos por arrogantes e ignorantes”.
    Não é por este binómio vicioso – arrogância e ignorância – que sempre se perde tudo na vida ( não só um joguinho de football)?
    E não é por força desse mesmo vicio da arrogância e ignorância, do qual o mundo está pejado, que vêm sentimentos de humilhação e vergonha na vida de cada um e na vida social?
    Que enorme oportunidade de conscientização que o jogo entre Brasil e Alemanha deu ao mundo.
    Espelho para todos nós, indivíduos e nações , aproveitemos esta dádiva forte do universo para fazer o trabalho interno de crescimento vendo ( qual testemunha externa a nós próprios) a arrogância e ignorância que temos dentro de nós mesmos como individuo e também como povo, responsáveis maiores pelo fracasso que crassa quer na nossa vida individual quer na vida social – fome, guerra, desolação, miséria, enfim humilhação e vergonha para todos nós indivíduos e povos.
    Desporto é apenas desporto, é competição , logo: alguém tem de ganhar e alguém tem de perder e não há volta a dar à questão já que se trata de uma regra.
    O Brasil não precisa de ficar deprimido por coisa tão pouca.

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  55. Parabéns pela análise. O desempenho da seleção brasileira, ao final da competição, se mostrou vergonhoso. Mas, se há alguma coisa boa no desastre, isso consiste na capacidade que ele tem de nos por a refletir, o que geralmente não acontece diante de uma vitória.

    Do ponto de vista tático, não tivemos um time, mas um conjunto de indivíduos que corriam em campo. Em nenhum momento, conseguimos elogiar o conjunto; no máximo, elogiávamos esporadicamente o brilho individual de alguns jogadores.

    Acho que você foi bastante educado ao definir o técnico de nossa seleção como teimoso.
    Enquanto na mídia especializada choviam críticas ao meio-de-campo da seleção, nada foi feito para remediar tamanha lacuna. Após a gloriosa vitória, em entrevista a um jornal germânico, o técnico alemão definiu o nosso meio-campo como um “grande buraco”.

    Enquanto certas coisas se faziam bastante visíveis aos olhos de todos, penso que o técnico brasileiro utilizou um astuto mecanismo de nossa psiquê, a negação, para não observar a miserável condição do time.

    A derrota também nos mostrou que é preciso nos manter humildes para aprender com a evolução do adversário; olhar as suas novas táticas, compreender o seu futebol. As nossas cinco estrelas, se, às vezes, nos enchem de orgulho, também nos provoca, em exagerados momentos, uma lastimável miopia.

    Por outro lado, e nos bastidores, temos uma organização futebolística, a CBF, que é conhecida muito mais pelos seus escandâlos de corrupção, a sua relação espúria com grandes emissoras de televisão, a sua pouca transparência do que pelo seu profissionalismo e seriedade. Quem leu a carta pública do Romário, deveria ao menos desconfiar de que algo muito podre acontece nos bastidores.

    É um momento de refletir sobre mudanças, sobre as nossas atitudes, sobre a nossa capacidade de suportar uma derrota e sairmos dela melhores.

    Por fim, penso que a pior derrota da Copa foi ver uma certa classe privilegiada brasileira gritar em alto e bom tom para a Presidenta da República expressões indizíveis. Isso, para mim, foi a grande derrota, a derrota da falta de educação das pessoas ditas “ricas” deste país.

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  56. AO MEU MESTRE COM CARINHO
    Pois é, professor Leonardo, cresci lendo, ouvindo, aprendendo com o senhor. E, por isto mesmo, te escrevo, tomada pela coragem necessária. Também penso ser seu texto cheio de equívocos e parece querer nos colocar em um lugar que o senhor, em conjunto com tantos outros, os quais falam da consciência crítica nos motivaram a sair: o lugar da submissão, da humilhação. Ora, qual a primeira coisa que é dita para quem joga? O que importa é competir e isto em um sentido saudável é, de verdade, saudável. Eu tenho viajado, pelo mundo, como classe C, assumida e, o que vejo na Europa: uma ideia bizzarra de quem somos, ideias velhas de que somos o país do futebol, das mulatas e da indolência. Claro, na visão daqueles desavisados, digo com conhecimento, pois sou casada com um intelectual italiano e no círculo dele existe, pelo menos, a tentativa de nos entender. Mas o assunto é outro. Passemos ao tema. Mestre:- os melhores jogadores do mundo estavam na nossa seleção. Eles são jogadores de times europeus! O treinador, treinou o time português… faz pouco tempo. Na seleção, nesta copa, errou, duas vezes, e daí? Perdemos? Como aprendi com meus mestres: não, adiamos o sonho. Acabou o nosso orgulho, apagaram-se todas as vitórias?! Assim, vale apagar (Deus nos livre), o passado alemão! Uma vez que o futebol, nestes termos, é marca identitaria. O senhor me ensinou que não existe o outro e o eu, mas todos juntos em fraternidade, no entanto, no seu texto, professor, o senhor nos coloca( povo), como coitados que esperavam… não sabem distinguir verdades…me recuso a acreditar nisto: somos bons sim, no esporte, na educação, com a luta freireana que até hoje faz sentido. O uso de terminologia como humilhados, fracos presentes no seu texto, causou-me estranhamento. Pensei, não pode ser o professor Leonardo Boff que leio sempre. O eu do texto é de um redentor. Um messiânico. Não precisamos mais disto: “tu me disseste”, mestre! E agora? O que eu faço com isto que aprendi, contigo? Realmente, concordo com a pessoa que afirma ser o seu comentário semelhante ao dos comentaristas esportivos: é de um senso comum…Trabalho com memória, arquivo e diante de suas palavras parei e pensei: deleto tudo que dialogo com meus estudantes? Didi, Garrinha, Pelé, Tostão, Jairzinho, Sócrates, Romário, um menino de 22 anos que joga um bolão é “ARQUIVO MORTO”? Eu prego, todos os dias, aos meus educandos, que isto não existe, o que existe é ARQUIVO PERMANENTE, memória que devemos preservar e com ela aprender, porque um segundo a menos ou um segundo a mais, não nos pertence. É História. Assim é. Temos futebol sim, não fomos humilhados. Não jogamos o bastante, para passar de fase, como outros tantos. Tristes porque perdemos sim, mas “com muito humor”, inclusive. Tenho um netinho de sete anos. É um belo italiano e, como a vovó, este ama futebol. Certa vez, jogando com ele em sua casa (Milão), a cada gol que ele fazia eu o gritava: -bravo Cacá!Ronaldinho! Neymar!…) ele me disse:- vovó me chama daquele, daquele… que me disseram ser o melhor do mundo: eu parei pensei e ele impaciente… vai vovó. Eu gritei, golllllll de Pelé!,.. Nossa! Guardo o sorriso dele até hoje, na minha lembrança. E pensei: ideologias, à parte, o novo e o velho, ou antigo e o que apareceu de repente, são nossas marcas e as marcas são pistas… sigamos à pista fraterno, mestre… somos como somos, avisados, juntos e misturados: vencedores!

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  57. Veja a seleção como um grande retrato do que vivemos no Brasil ultimamente. Estamos sempre esperando que as coisas se organizem por si só. Estamos acostumados a responsabilizar outrem por fracassos que, muitas vezes contaram com nossa ineficiência. Estamos vivendo a época das redes sociais, quando postamos nossos comentários livremente, mas não nos preocupamos em dar o que temos de melhor; até queremos receber, é claro.

    Acho que está na hora de assumirmos, todos nós, nossas falhas e lutarmos para melhorar nossa contribuição para a melhoria do todo. Em campo, precisamos contar com o esforço dos jogadores, mas em nosso dia a dia não. Não precisamos ficar esperando que os japoneses venham limpar as sujeiras que produzimos. Não precisamos que os alemães venham nos ensinar a construir a estrutura para nós mesmos, não apenas ficar esperando que as autoridades governamentais façam tudo sozinhos. Cito estes entre muitos outros ensinamentos que tivemos chances de aprender com nossos visitantes, como retribuir as gentilezas recebidas quando lá estivemos. Receber bem nossos visitantes é o mínimo que temos a fazer, além de mostrar respeito tratando nossas autoridades locais como se devem tratar as autoridades, locais ou não, com muita educação. Nada de vaias ou xingamentos em cerimônias internacionais, roupa suja se lava em casa.

    Acho que a derrota para a Alemanha foi apenas um resultado que estávamos esperando a qualquer momento. Acredito que quase todos nós brasileiros ficamos surpresos em ver nossa seleção, com tantos problemas, chegar tão longe. Um quarto lugar é muito mais do que mereceu o futebol pífio exibido por nosso time. Devemos comemorar.

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  58. Caro Leonardo Boff

    Induibavelmente esta copa foi uma das melhores de todos os tempos. Com coração enlutado em parte, pois a perdemos, mas ao mesmo tempo dentro das quatro linhas do campo o Brasil provou :
    -que é um país do qual cada verdadeiro brasileiro deve se orgulhar;
    -de que somos capazes de organizar e levar a termo um evento de tal magnitude;
    -que a humanidade,sim, a humanidade pode resolver suas diferenças sem guerras, através do diálogo;
    -tirando a dita “elite” de todos os países (não só do Brasil) que o povo é muito mais forte que qualquer um.

    É o momento, agora sim, de olharmos para outros irmãos que estão sofrendo, na Palestina, no Afeganistão, no iraque, na Ucrânia, na Líbia, na América Latina e outros outros tantos paises, devemos e temos o dever de fazer renascer a águia que existe dentro de cada um de nós, seja uma Águia LB.
    Baruch Spinoza, era judeu, mas era acima de tudo humano e um grande homem e um grande pensador. Estava além de sua época como tantos outros.

    Sinceramente

    José Severiano

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  59. LB

    Esqueci de incluir ainda, em tempo, Egito, Síria, Cuba, Venezuela, aliás a América Latina toda, veja o caso do Paraguai, Marrocos, e por ai vai.
    E por falar nisso, já fez uma estatisica dos presidentes latino-americanos :
    -Fidel, com câncer;
    -Kirschner, com câncer;
    -Lula, com câncer;
    -Dilma Roussef, com câncer;
    -Lugo, com câncer;
    -Hugo Chavez, com câncer;
    -Christina Kirschner, com câncer;
    -Basselet, com câncer.

    Já pensou nas probabilidades ???

    Jose Severiano

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  60. Yo non creo en brujas, pero que las hay, las hay!
    Se “não vai ter copa” foi um exagero, perder dessa maneira foi o nosso merecimento.
    Por que? Ora, foram (e são) tantas as denúncias de superfaturamento, favorecimento, corrupção – sem falar nas cenas de covardia e violência nas ruas – que perder de 7 x 1 saiu barato!

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  61. Parece ter muita gente cega lendo esse texto e tecendo comentários sem pensar. Sem pensar em qual classe social brasileira teve maior acesso aos ingressos, sem enxergar que a mídia é sim manipuladora, sem ver a verdade de que o BRASILEIRO não se sente bom em nada, mas no futebol se acha o melhor (pelo menos). Sim! Existem muitos brasileiros bons em muita coisa, as a imagem que se passa para fora é que este é o país do futebol e que o rei do futebol é brasileiro. A deficiência em educação leva a maioria da população brasileira a pensar assim também e a mídia manipuladora reforça isso.

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    • Totalmente de acordo!
      A Mídia está a serviço da elite; elite que pôde comprar os ingressos, quer seja pelo poder financeiro, quer seja pelos “acessos” escusos.

      Muitos brasileiros são bons, mas a elite (e a Grande Mídia a tiracolo) não querem passar os bons exemplos pra frente, somente querem impor (ou re-impor) o complexo derrotista, mantendo o povão alienado

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  62. Realmente foi um desastre, um massacre, uma aula.
    Não somente de futebol, mas também de cidadania alemã; pois não quiseram impingir uma derrota pior, homérica, que seriam capazes de impor a nós brasileiros.

    Vários foram os comentários de humildade e de exaltação ao nosso ego pós-jogo e pós-título dos alemães.
    Não merecíamos. É preciso realmente reformular e agir como equipe, pois este esporte é um esporte coletivo!

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