Dois modelos de homem e dois modelos de Igreja
Leonardo Boff
Acabei de assistir o filme do consagrado cineasta brasileiro Fernando Meirelles: Dois Papas.
Considero o filme tecnica e esteticamente bem elaborado, feito nos próprios espaços grandiosos do Vaticano. Sua base é fundada em fatos históricos, evidentemente, com a criatividade que este tipo de arte permite, particularmente na construção dos diálogos. Mas neles se entrevê suas respectivas teologias e afirmações conhecidas.
O que digo é opinião estritamente pessoal. Tive o privilégio de conhecer a ambos os Papas pessoalmente e com os quais entretive e entretenho relações de certa proximidade e até amizade.
O Papa Ratzinger: finíssimo e rigoroso
Com o Prof. Joseph Ratzinger tenho uma dívida de gratidão por ter apreciado minha tese doutoral sobre “A Igreja como Sacramento Fundamental no Mundo secularizado”, volumosa, mais de 500 páginas impressas. Ajudou-me financeiramente com uma soma considerável de marcos e encontrou um editora para sua publicação, pois ninguém queria assumir o risco de lançar um livro desta proporção. A acolhida na comunidade teológica internacional foi grande, considerada uma obra fundamental, especialmente pelo renomado especialista em Igreja Jean Yves Congar, dominicano francês.
O Prof. Ratzinger é uma pessoa finíssima no trato, extremamente inteligente e nunca o vi alçando a voz; mas é muito tímido e reservado.
Ao saber de sua eleição a Papa, logo pensei: “É um Papa que vai sofrer muito, pois talvez jamais tenha abraçado pessoas, mesmo uma mulher e se exposto às multidões”.
Nossa amizade se fortaleceu porque durante cinco anos, a partir de 1974, toda semana de Pentecostes (por volta de maio) cerca de 25 teólogos e teólogas progressistas, renomados do mundo inteiro, nos encontrávamos em Nimega na Holanda ou em outra cidade europeia. Durante uma semana discutíamos ecumenicamente, acompanhados por um pequeno grupo de cientistas, inclusive de Paulo Freire, sobre temas relevantes do mundo e da Igreja. Editávamos uma revista Concilium que se publicava em 7 línguas que ainda continua a ser publicada (no Brasil pela Editora Vozes). Ai colaboraram as melhores cabeças mundiais, nas várias áreas do conhecimento que vai da sexualidade, da Teologia da Libertação, à moderna cosmologia.
O Prof.Ratzinger sentava-se quase sempre ao meu lado. Depois do almoço enquanto quase todos tiravam uma sesta eu e ele passeávamos pelo jardim, discutindo temas de teologia, nossos preferidos, Santo Agostinho e São Boaventura dos quais li praticamente toda obra.
Cada um com seu papel sem perder a relação
Feito Cardeal e Presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, teve a ingrata missão de me interrogar sobre o livro Igreja: carisma e poder em 1984. Ele cumpria institucionalmente sua função de interrogador e eu de defensor de minhas opiniões. Foi um diálogo firme, mas sempre elegante da parte dele, mesmo quando, após o interrogatório, tivemos um encontro já mais duro com ele e os Cardeais brasileiros Dom Paulo Evaristo Arns e Dom Aloysio Lorscheider que me acompanharam em Roma e testemunharam a meu favor. Éramos três contra um. Devo reconhecer que ele se sentia constrangido.
Depois de um ano, recebi a solução do processo doutrinário com a deposição da cátedra de teologia, de minhas funções na Editora Vozes e a imposição de um “silêncio obsequioso” que me impedia de falar, de ensinar, de dar entrevistas e de publicar qualquer coisa. A decisão final após o interrogatório foi feita por 13 cardeais (13 para desempatar). Soube mais tarde, através de um emissário de seu secretário particular que ele, Card. Ratzinger, votou a meu favor mas foi voto vencido. Cabe dizer que sempre que jornalistas perguntavam a ele sobre mim, respondia, com certo humor, que sou “ein frommer Theologe”( um teólogo piedoso) que um dia vai aprofundar seu verdadeiro caminho teológico.
O filme não retrata a figura fina e elegante que o caracteriza. Em certa cena, levanta a voz e quase grita, o que, me parece, totalmente inverosível e contra seu caráter.
Apesar de estarmos agora em situações diferentes, ele Papa e eu um um teólogo promovido a leigo, nunca perdemos a amizade. Por seus 90 anos, ao ser organizada uma Festschrift (um livro de homenagem), na qual muitos notáveis escreveram, a pedido dele solicitaram-me que escrevesse meu testemunho a seu respeito, o que fiz, prazerosamente. A amizade é mais forte que qualquer doutrina sempre humana.
O Papa Francisco: terno, fraterno e inovador
Com referência ao Jorge Mario Bergoglio, agora Papa Francisco, diria o seguinte: Conhecemo-nos em 1972 no Colégio Máximo de San Miguel em Buenos Aires, cada um discorrendo sobre a singularidade do caminho espiritual de Santo Inácio de Loyola (ele) e o caminho espiritual de São Francisco (eu). Ai discutimos a vertente da teologia da libertação de tipo argentino (do povo silenciado e da cultura oprimida) e a nossa brasileira e peruana (sobre a injustiça social e a opressão histórica sobre os pobres e afrodescendentes). Deste encontro há uma foto que ele, desde Roma, teve a gentileza de me mandar, onde aparecemos, todo um grupo de teólogos e teólogas, a maioria não mais entre nós, alguns perseguidos e torturados pela repressão bárbara dos militares argentinos ou chilenos. Depois nos perdemos de vista.
(Ele é o terceiro da esquerda para a direita e eu o segundo da esquerda)
O Papa Francisco: teólogo da libertação integral
Soube pelo seu professor de teologia, recentemente falecido, Juan Carlos Scannone, o representante maior da teologia da libertação argentina. que Bergoglio entrou para a Ordem Jesuítica como vocação adulta (era químico antes, como aparece no filme). Entusiasmou-se logo com a teologia da libertação e aí mesmo fez um voto que cumpriu sempre, mesmo como cardeal de Buenos Aires: toda semana passar uma tarde ou mesmo um dia numa favela (villa miseria), sempre sozinho, entrando nas casas e conversando com todo mundo.
Foi Superior Maior da Província dos Jesuitas da região de Buenos Aires. Era muito rigoroso. Aqui teve que enfrentar uma situação gravíssima que carregou no coração até os dias de hoje: dois jesuitas, o padre Jalish e o padre Yorio (que conheci pessoalmente em Quilmes) viviam numa favela, apoiando os pobres e marginalizados. Quem trabalhava com o povo, como no Brasil de 1964 (e talvez também hoje sob o novo governo) seriam considerados marxistas e subversivos. Eram vigiados pelos órgãos de segurança dos militares. Bergoglio soube que seriam sequestrados com as torturas que se seguiam. Tentou salvá-los até apelando ao voto de obediência, típico de sua Ordem, no sentido de abandonaram a favela para não serem vítimas da repressão.
Eles argumentaram de forma evangélica: “um pastor não abandona seu rebanho, seu povo; participa de seu destino; vale mais obedecer ao Deus dos pobres do que obedecer a um superior religioso”.
Efetivamente foram sequestrados e duramente torturados. Jalish se reconciliou com Bergoglio e vive na Alemanha, enquanto Yorio se sentiu abandonado e distanciou-se dele (morreu no Uruguai, anos atrás). Pude sentir sua amargura pessoal, ao mesmo tempo que procurava entender o impasse que uma autoridade religiosa, com responsabilidade, enfrenta em situações-limite. Mesmo assim, Bergoglio escondeu a muitos no Seminário Maior de San Miguel ou os levou até a fronteira de outro país para fugirem da morte certa.
O Papa Francisco: o cuidado da Casa Comum
Ao ser eleito Papa, voltamos a nos comunicar. Sabendo que havia me ocupado intensivamente com o tema da ecologia integral, envolvendo a Casa Comum, a Mãe Terra, solicitou-me subsídios, coisa que fiz com assiduidade. Mas logo me advertiu:”não mande os textos para o Vaticano, pois, não me serão entregues (o famoso sottosedere da Cúria: sentar em cima e esquecer) mas envie-os diretamente ao embaixador argentino junto à Santa Sé, especialmente aquele que todos os dias, bem cedo, toma o chimarrão (el mate), comigo”. Assim fiz sempre, mesmo com textos sobre o Sínodo Panamazônico de 2019. Respondeu várias vezes agradecendo.
Ao escolher o nome de Francisco sob inspiração de seu amigo brasileiro, o Card. Dom Cláudio Hummes que lhe sussurou logo fazer uma opção clara pelos pobres, ele se transformou. O rigor jesuítico se uniu com a ternura franciscana. Com os problemas internos da Cúria, a pedofilia, a corrupção financeira dentro do Banco do Vaticano é extremamente rigoroso. Contrariamenete, com o povo é visivelmente terno e fraterno.
Nenhum Papa anterior castigou tão duramente o sistema que perdeu a sensibilidade, a solidariedade com os milhões de pobres e famintos, a capacidade de chorar e que são adoradores do ídolo do dinheiro. Depredam a natureza e são anti-vida e anti-Mãe Terra. Não precisamos declarar a que sistema se refere. Sua opção pelos pobres é altisonante. Tornou-se por suas posturas corajosas face à emergência ecológica da Terra, ao aquecimento global e à desumanização das relações humanas, um líder religioso e político. Sua voz é ouvida e respeitada pelo mundo afora.
Dois modelos de homem e dois modelos de Igreja
O propósito do filme é mostrar dois modelos de personagens religiosas e dois modelos de Igreja.
Primeiramente mostra como ambos, Ratzinger e Bergoglio. são humanos, profundamente humanos. Nesse sentido: ambos possuem seu lado luminoso e também seu lado sombrio. O Papa Bento XVI sua leniência com os pedófilos. Não devemos esquecer que escreveu a todos os bispos, sob sigilo pontifício que jamais deve ser quebrado, de não entregar os padres e os bispos pedófilos aos tribunais civis. Isso desmoralizaria a instituição Igreja. Deviam, sim, confessar-se do pecado e ser transferidos para outro lugar. O Papa não se deu conta suficientemente de que não tinha a ver apenas com um pecado perdoável pela confissão. Tratava-se de um crime contra inocentes que a justiça comum deve investigar e punir. Não se pensou nas vítimas, apenas na salvaguarda da imagem da instituição-Igreja.
O Papa Bento XVI colocou-se na esteira do João Paulo II que era moral e doutrinariamente conservador. Procurou relativizar o arggiornamento do Concílio Vaticano II (1962-1965). Via a Igreja como uma fortaleza sitiada por todos os lados por inimigos, vale dizer, pelos erros e desvios da modernidade. A solução que se propunha era a de voltar à grande disciplina anterior, vinda do Concílio de Trento (século XVI) e do Concílio Vaticano I (1870). A centralidade era a ortodoxia e a sã doutrina, como se fossem as prédicas que salvassem e não as práticas. Nesta linha o Card. Joseph Ratzinger foi rigoroso: mais de 110 teólogos ou teólogas foram condenados, depostos de suas cátedras, silenciados (no Brasil Yvone Gebara e eu pessoalmente) ou de alguma forma punidos. Um deles, excelente teólogo, foi condenado sem recebernenhuma explicação. Ficou tão deprimido que pensou em suicidar-se. Só se curou quando foi à América Central A trabalhar com as comunidades eclesiais de base.Viveu-se um inverno eclesial severo.Toda uma geração de padres foi formada nesse estilo doutrinário e com os olhos voltados ao passado, usando os símbolos do poder clerical. Igualmente, toda uma plêiade de bispos foram sagrados, mais autoridades eclesiásticas ortodoxas que pastores no meio de seu povo.
Outro modelo de personalidade religiosa é o Papa Francisco. Ele vem do fim do mundo, de fora da velha e quase agônica cristandade europeia. Ele trouxe uma primavera para a Igreja e para o mundo secularizado.
Primeiramente inovou os hábitos. Ao negar-se de vestir a “mozzeta” o pequeno manto branco, cheio de brocados que os papas carregam aos ombros, símbolo do absoluto poder dos imperadores romanos pagãos, diz o filme claramente : “acabou-se o carnaval”. Não aceita a cruz dourada, continua com sua cruz de ferro; rejeita o sapato vermelho (Prada) e continua com o seu velho sapato preto. Não se anuncia como Papa da Igreja, mas como bispo de Roma e somente a partir daí, Papa da Igreja universal. Animará a Igreja não com o direito canônico, mas com o amor e com a colegialidade (consultando a comunidade dos bispos). Em sua primeira fala pública diz “como gostaria uma Igreja pobre para os pobres”. Não mora no palácio papal, o que seria uma ofensa ao poverello de Assis, mas numa casa de hóspedes. Come na fila como os outros e comenta, com humor:”assim é mais difícil que me envenenem”.
Dispensa um carro especial e um corpo de proteção pessoal. Mistura-se no meio do povo, dá as mãos a quem as estende e beija as crianças. É pai e avô querido das multidões.
Seu modelo de Igreja é o de “um hospital de campanha” que atende a todos, sem perguntar de onde vem e qual é sua situação moral. É uma “Igreja em saída” para as periferias humanas e existenciais. Respeita os dogmas e doutrinas mas diz claramente que prefere colocar-se vivamente diante do Jesus histórico, opta pelo encontro direto com as pessoas e a pastoral da ternura. Insiste que Jesus veio para nos ensinar a viver o amor incondicional, a solidariedade e o perdão. Central para ele é a misericórdia infinita de Deus. Vai mais longe ao dizer :”Deus não conhece uma condenação eterna pois perderia para o mal. E Deus não pode perder. Sua misericórdia não conhece limites”. Por isso chama a todos, uma vez purificados de suas maldades, para a casa que o Pai e Mãe de bondade preparou para todos desde toda a eternidade. Morrer é sentir-se chamado por Deus e vai-se alegre para o Grande Encontro.
Eis outro tipo de pontificado, outro modelo de ser humano que reconhece que perdeu a paciência quando uma mulher o puxou e apertou longa e duramente sua mão. Irritado, bateu-lhe a mão por duas ou tres vezes. Mas no dia seguinte pediu publicamente perdão.
Dois Papas: diferentes e complementares.
O Papa Francisco abriu sua inteira humanidade, dando-se o direito à alegria de viver, de torcer pelo seu time de estimação o San Lorenzo, de apreciar a música dos beatles até conquistar o Papa Bento XVI a dançar um tango, impensável a um severo acadêmico alemão. Aqui aparece não o Papa mas o homem Bergoglio que desentranha humanidade recolhida do homem Ratzinger. Ambos são diferentes mas se integram na dança de um tango de pessoas anciãs.
O filme é uma bela metáfora da condição humana, de dois modos diferentes de realizar a humanidade, que não se opõem mas se compõem e se completam, uma com a ternura e a outra com o rigor. Vale ver o filme, pois nos faz pensar e nos oferece lições de mútua escuta, de verdades ditas sem rebuços e de uma amizade que vai crescendo na medida em que a relação se descontrai de encontro a encontro. O perdão que um dá ao outro e o abraço final, longo e carinhoso, engrandece o humano e o espiritual presentes em cada um de nós.
Leonardo Boff é teólogo,filósofo e membro da Comissão Internacional da Carta da Terra
Influenciado por vários textos do caríssimo Leonardo Boff, eu formei uma imagem muito ruim do Papa Ratzinger. . . Agora, ao ler este texto, fico aliviado, por um lado; e com remorso, por outro. . . Aliviado por ver que a minha intuição sobre a humildade e o bom caráter do Papa emérito, estava correta. . . Com remorso, por ter cultivado durante todo esse tempo, pensamentos nada positivos sobre ele. . . Obrigado Professor Leonardo Boff por este texto justo e redentor. . .
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Luiz, o Papa Bento XVI apesar de ter que presidir o interrogatório doutrinal nunca perdeu a ligação comigo e, de passagem, sua admiração pela minha produção teológica. Quando lhe fiz chegar o livro sobre São José que escrevi depois de uns 20 anos de pesquisa, ficou muito contente, pois ele se chama Jose, Joseph Ratzinger. Embora de índole alemã, que poderia ser mais dura, sempre conservou a gentileza e a elevação do espírito. Lboff
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Como te admiro, homem! Como te vejo; santo, separado, ungido. Deus é bom.
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Por favor, urge la traducción al español!!!!
Gracias y feliz Año Nuevo!
Sergio
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Sergio, dentro de unos pocos dias aparecerá la traducción española que ya está siendo hecha por María José Gavito, desde Londres.
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Sensacional. Parabéns pela belíssima explicação.
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Muito obrigado por este texto interessante. Sou jornalista do semanário católico polonês Tygodnik Powszechny. Podemos traduzir e publicar seu texto em nosso jornal e nos sites? Entre em contato comigo por e-mail. Atenciosamente
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Edward, já lhe respondi por e-mail autorizando-o a publicar meu texto. Se quiser aproveitar a versão com fotos, ela está no blog de hoje, sábado. abraço lboff
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[…] Fonte: Dois Papas: dois modelos de homem, dois modelos de Igreja […]
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Com todo o respeito que devoto ao Papa, sinto que não é verdade ele acolher igualmente a todos. Seu rosto feliz com Cristina Kirchner, cujo marido o enfrentou e face zangada em foto com Macri. As mesmas feições fechadas com Trump. Não parabenizou o presidente eleito do Brasil. Alegra-se com um tipo de governantes que nao foram bons e fieis à economia da ns nações que governaram. Sim, ama os pobres. Faz discursos pelas mulheres e contra a violencia, mas da palmadas em uma asiática ávida do encontro com o Vigário de Cristo. Seria melhor desculpar-se face a face com a agredida.
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Maria Matilde, vc deve entender as posições corajosas do Card.Bergoglio e depois Papa Francisco de sempre lutar pela justiça social, defender os mais desvalidos (grande parte da humanidade) e fazer sentir aqueles que produzem tais iniquidades a sua desaprovação como a Macri e o faria tb a Bolsonaro. É aberto a todos, mas não à custa da verdade, pois nem tudo vale nesse mundo. A mulher que o puxou e quase lhe fez perder o equilíbrio, pois tem 84 anos e lhe apertou fortemente a mão, levou palmadas, pois não se trata desta forma uma pessoa, mesmo sendo Papa. Mesmo assim no dia seguinte ele publicamente se desculpou, coisa que nenhum outro Papa o faria. Sabe reconhecer sua humanidade que pode mostrar fraqueza e por isso é humilde ao fazer isso. Tal fato vc não tomou em conta…Acha sensato andar por ai procurando a asiática para pedir-lhe perdão? Antes é ela que deveria dirigir-se ao Papa e desculpar-se pela indelicadeza. lboff
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Achei o filme muito interessante. Mas parece que existe uma tentativa de amenizar ou até suprimir o lado “negativo” de Ratzinger, claro que tudo é feito com muita elegância. Também não consigo imaginar um dos apóstolos de Jesus vivendo em condições tão confortáveis.
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Excelente texto, sua experiência de conhecê-los abrilhanta a análise do filme, que já assisti e gostei, principalmente, do andamento e dos diálogos.
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Tudo que podemos dizer é que ambos estão corretos em suas linhas de pensamento, que a verdade está naquilo em que o homem acredita. Todos os dois merecem nosso respeito e apoio, mesmo daquele de quem divergimos.
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O Papa Francisco é uma luz especial que o Espírito Santo acendeu no meio da Igreja, não por ser diferente dos demais (pois há membros do clero com esse caráter aberto de pastor), mas por ter se dedicado a abrir os olhos dos fiéis para as coisas mais próximas ao cotidiano de uma maneira simples, fazendo com que o Evangelho seja lembrado e vivido a cada momento, e não meramente nos minutos em que se participa da liturgia da missa ou celebração da Palavra. Quem me dera que ele tivesse sido papa antes, bem antes, e muitos abusos de autoritarismo do clero já estariam superados e curados pela sua linha de trabalho e pregação proféticas. Longa vida ao Papa Francisco!
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Bom dia Leonardo Boff. é um prazer poder ler seu texto. Amei ler seu relato com os Papas. Vi o filme no dia 01. E completar o filme com a sua leitura foi fundamental para continuar a reflexão sobre a humanidade de dois seres importantes na nossa história. Muito obrigada por ajudar nessa reflexão.
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Que maravilha de Texto, Leonardo!Muito grata!bjQue em 2020, a Paz e a Justiça nos inspirem a todos nas nossas ações e caminhos.Inez
Maria Inez Padula AndersonMédica de Família e ComunidadeProfessora AdjuntaDepartamento deMedicina Integral, Familiar e Comunitária-FCM/UERJCoordenadora Geral – Residência emMedicina de Família e Comunidade -UERJ email: inezpadula@yahoo.com.brCel: 55 XX 21 999560748 / Tel: 55 XX 21 2868 8496
Immediate Past Regional President World Organization ofFamily Doctors – Wonca Iberoamericana-CIMF – 2013/2018
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Inez querida, que vc possa concretizar seu sonho de uma medicina voltada para a família, a comunidade e à assistência preventiva, numa perspectiva holística que ve o ser humano, inserido no processo global das coisas, perspectibs que vc e seu marido Dr.Ricardo tem defendido e conseguido a aprovação e o seu lugar no meio acadêmico da medicina. Sigamos resistindo, sem perder a alegria de viver, apesar dos absurdos políticos que estamos observando. bjs lboff
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Magnífico! Muito obrigado por mais esta brilhante mensagem .
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Não assisti mas sempre procurando me atualizar e aprender mais.Pretendo assistir.
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Obrigado por este texto interessante. Sou jornalista do semanário polonês Tygodnik Powszechny e gostaríamos de traduzir e publicar este texto em nosso jornal. Serei grato por sua resposta por e-mail. Atenciosamente
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Impecável, como sempre!!!!
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Maravilhoso!
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Excelente depoimento de uma pessoa que conhece os dois Papas tão intimamente. Estou ansioso para ver o filme.
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Com o olhar de Leoonardo Boff, preparada para assistir ao filme.
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Gostaria de saber se a monja beneditina (?), de pé, na fileira de trás, é a Irmã Luzia, abadessa do Mosteiro N. Sra. das Graças, de Belo Horizonte. Obrigado!
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João Resende, sim era a irmã Luzia que sempre participava das reuiniões vestida como religiosa. Era boa teóloga e profundamente espiritual. Éramos amigos desde o começo de nosso trabalho na comissão teológica da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).
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Texto deslumbrante, impactante, emocionante mesmo! Vai fundo na observação sobre as características intelectuais, pessoais , inclusive teológicas e morais, enfim tudo aquilo que define o ser humano na sua essência.
Através do testemunho de Leonardo Boff podemos compreender melhor alguns posicionamentos de Bento XVI , revendo nossas idiossincrasias a respeito de seu pontificado.
E continuamos cada vez mais admiradores respeitosos e felizes de nosso amado Papa Francisco, desejando longa vida e felicidades na difícil condução da Igreja.
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Não sou católica, sou o que comumente se chama sem religião e sem Deus, embora possa viver a espiritualidade, apesar do Outro. O filme me cativou pela humanidade dos diferentes, cada qual com sua problemática vivencial e as opções de qualquer ser humano, ainda que sob o mesmo teto e as mesmas regras. Pude tirar lições.
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[…] Por Leonardo Boff […]
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Vi o filme e essa análise é maravilhosa. Estou emocionada
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[…] PUBLICADO NO BLOG DE LEONARDO BOFF […]
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Cbes a volta da esperança
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Excelente!!!! Complemento necessário e eficaz juntamente com o parecer do Mauro e Léo em um momento especial do 247. Recomendo: live (Mauro e Léo), o Filme e o artigo acima.
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[…] PUBLICADO NO BLOG DE LEONARDO BOFF […]
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Exatamente análise!
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Excelente análise!
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Admiro muito Leonardo Boff, apesar de conhecer pouco suas obras. O q ele retrata aqui complementa a beleza e a humanidade do filme, que devem inspirar toda a vida, mesmo a daqueles que não têm religião (como eu), mas acreditam na potência e na singularidade de cada ser humano para o bem da coletividade, sempre!
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Texto perfeito como todos os outros escrito por Leonardo Boff. Parabéns! Muito bom conhecer um pouco melhor nossos Papás.
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👍👍
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Meu Irmão Leonardo, gostei muito quando assisti o filme Dois Papas. Aí, lendo seu texto, gostei mais ainda do filme.
O Papa Francisco é uma fonte de Luz, um Amor infinito que enche nossos corações, nos encoraja para o desafio da nossa caminhada cotidiana.
O Ratzinger/Papa Emérito Bento XVI, torna-se mais leve no filme e no seu texto, nos trás um novo olhar sobre este irmão, que sempre nos pareceu frio e distante.
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Que texto maravilhoso e rico de informações! Muito bom conhecer mais sobre os nossos Papas. Obrigada por compartilhar suas experiências e conhecimento.
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Texto belíssimo do meu ex-professor de teologia fundamental no Instituto Filosófico Teológico Franciscano (IFTF) de Petrópolis em 1983, há um ano antes da sua condenação pela Sagrada Congregação para Doutrina da Fé.
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Assisti o filme e ainda não saiu da minha mente e coração belíssima obra. Caríssimo e brilhante Leonardo Boff obrigada por compartilhar conosco suas experiências tão importantes. Como espírita acredito piamente na misericórdia de Deus. Admiro muito o papa Francisco, é uma luz para nosso mundo de tanta dificuldade.
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Due papi: Papa Ratzinger (prima) e papa Francesco (il nuovo papa dei poveri) hanno fatto la storia della chiesa! Farà luce per molti: cristiani e non credenti, sulla teologia della liberazione!
Sono italo-argentino e ne sono onorato di averlo come papà!
Sarà un film carismatico, per questi tempi burrascosi che vive: la chiesa e l’umanità!
Antonio Felix Pellicer Yocca
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Boff é compassivo com Ratzinger, mas quem conviveu naquele periodo autoritario da igreja Institucional, ligada aos poderosos deste mundo, creio que seria mais duro e critico com o cardeal Alemao, pois nunca me representou como Igreja de Jesus de Nazaré. Jesus jamais se alinharia ao imperio Romano e perseguiria alguem que se dedica aos pequeninos! Sou pecador mas procuro ter lucidez e separar Jesus de Nazare de poderosos dentro da Igreja que dificulta a muitos de entrar no Reino de Deus, Deus de infinita misericordia, mas que ficou sempre junto com os pobres, dando sua vida por eles.Jesus de Nazare jamais pisaria no Vaticano ou qualquer lugar que oprime consciencias e tira a liberdade.
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Lindíssima reflexão! O filme é realmente uma metáfora sobre a condição humana. Somente alguém desprovido dos sensos de razão e sensibilidade para desaprovar o trabalho de Fernando Meirelles. Obrigado Leonardo Boff pelo seu texto cheio de elogios e de esclarecimentos de questões que não foram bem equacionadas no filme. Aconselho que todos(as) os(as) intelectuais de esquerda e de direita vejam o filme. Erisvaldo Santos.
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la verdad hermano Leonardo, recién cuando vi la película, cerré un ciclo de incertidumbre y rechazo de mi corazón , por aquel alemán rudo y distante que fué elegido Papa, por quien sabe qué designio de la voluntad de Dios, hoy si siento que estoy en paz con mi querida Iglesia, justamente ví la película en navidad, agradecida por la paz que me deja. Gracias hermano por tus palabras siempre, con cincuenta y seis años de vida, he sido una practicante de la doctrina de la liberación en la historia tan doliente que tienen los pobres. gracias por tus palabras siempre.
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Prezado Leonardo Boff: Admiro-o e respeito-o muito. Dito isso considero um erro de sua parte narrar sua percepção pessoal como sendo a realidade. É até triste ver alguém de sua estatura “passar o pano” na imagem de uma pessoa tão nefasta à Igreja e à humanidade. Pode ser bom no seu plano pessoal, como atitude verdadeiramente cristã; mas não é bom para a história. Por favor, dê uma olhada no texto do jornalista Moisés Mendes a esse respeito: https://www.blogdomoisesmendes.com.br/quem-foi-joseph-ratzinger/ . Caro Irmão Boff, continuo te admirando e te respeitando. Fraterno abraço, Leninson
ps. se considerar este comentário inconveniente, por favor, não o publique. Mas insisto para que leia os artigos do jornalista Moisés Mendes, São ricos em argumentos.
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[…] muito condescendente com o papa alemão (Bento XVI) e bem mais duro com o papa Francisco. Eu vi um artigo do Leonardo Boff defendendo ele, e eu não sabia das qualidades do Ratzinger antes de ler o artigo, e quando o Boff diz você tem […]
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[…] muito condescendente com o papa alemão (Bento XVI) e bem mais duro com o papa Francisco. Eu vi um artigo do Leonardo Boff defendendo ele, e eu não sabia das qualidades do Ratzinger antes de ler o artigo, e quando o Boff diz você tem […]
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[…] muito condescendente com o papa alemão (Bento XVI) e bem mais duro com o papa Francisco. Eu vi um artigo do Leonardo Boff defendendo ele, e eu não sabia das qualidades do Ratzinger antes de ler o artigo, e quando o Boff diz você tem […]
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Amigo Frei Boff! Muito obrigado pela partilha, novamente suas palavras acalentam meu coração. Tive a ocasião de lhe abraçar em Porto Alegre em uma de suas palestras. Sou seminarista diocesano, mas apesar disto sou discípulo do Frei Susin, que me ajuda a refletir Teologia, ecologia, enfim ..humanidades. Sou bastante criticado e questionado sobre minhas posições teológicas e sobre minhas influencias, por vezes ouço que não deveria ser padre diocesano pelas minhas posições. Faço votos que o Deus da vida, o Pai de nosso maninho Jesus Cristo possa lhe dar muitos mais anos de vida, e que o senhor possa transmitir sempre com carinho e vigor profético àquilo que acredita e vive. Obrigado por fazeres parte da minha vida. Fraterno abraço!
Darton Calsing Junior, 4° ano da etapa da configuração
Seminário Maior de Viamão, RS.
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